PARTE 2: DESTAQUES EM SISTEMAS E SALAS
Por Roberto Diniz, com fotos de Fred Bonatto
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Além dos tópicos e algumas salas comentadas na AVMAG de julho, aqui está a segunda parte dos destaques da feira. Lembramos que se trata de evento gigante e lotado, com múltiplos sistemas, músicas e ambientes acústicos, público falando alto e outros fatores fora de controle, que impedem comparações mais estruturadas, como se busca nos testes da revista.
Por outro lado, este é o show onde se concentram as marcas e personalidades relevantes do segmento de áudio high-end. Lá se pode aprender muito sobre o Estado da Arte atual, e como esse mercado está evoluindo.
Seguem abaixo outros destaques de salas, por ordem de marcas, focando sempre que possível em fontes analógicas, as nossas preferidas – por mais que seja prático, agradável e cada dia mais hi-fi escutarmos música via streaming.
SALA 1: ALSYVOX, LAMPIZATOR, PILIUM, TAIKO, OMEGA
Dizem alguns audiófilos que painéis não reproduzem bons graves. Tipicamente, as salas não são grandes o bastante, comparadas ao comprimento de onda dos sons mais graves. Como painéis são dipolos, parte dos graves irradiados para trás se mistura e cancela com os projetados à frente, num fenômeno acústico bem conhecido. Então deve-se ouvir painéis longe de paredes, ou trabalhar para minimizar a interferência. Os painéis Raffaello da espanhola Alsyvox vão na segunda opção, e afastam preconceitos. A sala deles estava com som de primeira linha, dinâmico, envolvente, com peso e graves surpreendentes, mantendo médios e agudos limpos. Um dos truques é o sistema de crossovers externos, altamente customizado. Outro diferencial é a combinação de ribbons em diferentes posições do painel. A amplificação Pilium, o servidor Taiko e o DAC Lampizator estavam excelentes, e o conjunto brilhou, com cabos da Omega.
SALA 2: ARIES CERAT, TAIKO, SIGNAL
As caixas Aurora são tão intrigantes e atraentes, que o visitante leva um tempo até perceber que são cornetas de cone moldado, com quatro woofers em volta, num cubo open-baffle, mais um tweeter ribbon instalado a 45 graus, parecendo um filhote agarrado à mãe. A pintura em tom cobre perolado remete à origem cipriota da marca, lembrando que a ilha de Chipre foi a principal fornecedora de cobre ao império romano. O resto do sistema também é Aries Cerat, modelos Talos Signature, Ageto, Ithaka e powers Quintessence, exceto o toca-discos Primary Control Kinea com cápsula Lyra Atlas Lambda, o servidor digital Taiko Extreme e cabos Signal Projects. A eletrônica usa vários circuitos híbridos de válvulas e FETs, regulações à válvula, acoplamento por transformadores, designs proprietários de ‘inverted triodes’ e construção caprichada. De som grande, articulado e dinâmico, surpreende muito além do visual exótico.
SALA 3: AUDIO PHYSIC, ELECTROCOMPANIET, CLEARAUDIO
A fabricante alemã Audio Physic mostrou suas caixas premium Avantera, em parceria com os eletrônicos noruegueses com CD-Player EMC 1 MkV SE, streamer ECM 1 MkII, phono, pré EC 4.8 MkII e os novos monoblocos AW 800 M – o sistema tocando muito bem e sem passar qualquer sensação de esforço. A Electrocompaniet tem o perfil de lançar poucos e ótimos produtos que evoluem ao longo dos anos, em vez de inventar um ‘revolucionário’ por ano. Havia também o lindo toca discos Clearaudio Reference Jubilee, de desenho compacto em forma de bumerangue, em conjunto com braço e cápsula top da marca.
SALA 4: CESSARO, DOHMANN, ALIENO, ACUSTICA APLICATA, KONDO, KOETSU
As marcas italianas mostraram excelente som com o superlativo toca-discos australiano Dohmann Helix One, braço Graham Elite, cápsula Koetsu Blue Lace, pré de phono Kondo e eletrônica Alieno, incluindo um belo amplificador de válvulas 300B em classe A, num design híbrido OTL/OCL e 250W/canal. O visual luminoso da Alieno tem a estética ‘neon’ do fim dos anos 70 e início de 80. Usando drivers de corneta, as caixas Cessaro tocaram com textura e organicidade espetaculares, tanto Miles Davis quanto o clássico LP da Decca – La Fille Mal Gardée. Outra coisa interessantíssima são os absorvedores e controladores de ressonâncias Acustica Aplicata, modelos DaaD, Polifemo, Volcano e Halifax, com regulagem de bandas de frequências e intensidades de atuação.
SALA 5: CLARISYS, SOULUTION, DE BAER, XQUISITE
Desde 2012 reparando e fazendo upgrades em painéis da fabricante americana Apogee, a Clarisys desenvolveu em Cingapura modelos próprios na tecnologia ribbon e agora os fabrica no Vietnam. No show demonstrou o Auditorium, seu maior painel, alimentado pela família 700, topo de linha Soulution. Apesar do pobre tratamento acústico da sala, os painéis produzem um som gigante e de alto impacto, ajudados pela eletrônica suíça de alta qualidade e baixíssimo ruído, além de excelentes fontes. O toca-discos De Baer Topas 12/12 abrigava dois braços Onyx, um com cápsula moving coil Xquisite e outro com a ótica DS Audio Grand Master, mas ambas ligadas ao mesmo pré de phono Soulution 757. É mais um fabricante de ponta que fortalece a alternativa de cápsula ótica para phono high-end. O 757 é um ‘hub analógico’ e ainda aceita cápsulas MM e saída de cabeças de gravador de rolo. Também ótimo o som com o servidor Antipodes Oladra alimentando DAC Soulution.
SALA 6: CONSTELLATION, WILSON AUDIO, TECHDAS, DCS E TRANSPARENT
Um gigantesco amplificador stereo Constellation Hercules II chamou a atenção dando dinâmica, definição e naturalidade às ótimas Wilson Audio Alexx V, com os LPs Black Acid Soul de Lady Blackbird e Belafonte at Carnegie Hall. Com graves presentes, mas bem controlados, a música fluía sem esforço do toca discos TechDAS Airforce III, braço Graham Elite e a nova cápsula TDC-01 Ti, pré de phono Andromeda, pré Virgo II, cabos Transparent e racks Artesania. Alternativamente havia a fonte digital dCS Rossini. Enquanto isso se mostrava, desligado, o lançamento Constellation Statement, um monobloco na casa dos quilowatts.
SALA 7: DARTZEEL, STENHEIM, CSPORT, HEMINGWAY
As marcas suíças de eletrônicos e caixas demonstravam som de fontes analógicas e a darTZeel lançou cápsulas high-end FS01 preta e FS02 vermelha, com cantilevers em diamante ou rubi e agulhas de perfil quadrado, buscando copiar o formato do diamante de corte na fabricação dos discos. Montadas em toca-discos da japonesa CSPort, braços Reed 3P, Schröder LT ou CSPort tangencial, as cápsulas produzem menos de 0,1 mV, mas o sinal é bem resolvido pelo alto ganho e baixo ruído dos prés NHB-18NS. Com os poderosos monoblocos NHB-468 e cabos Hemingway Audio, o som das caixas Stenheim Ultime Two estava vigoroso e emocionante. A parceira ANA Mighty Sound mostrou competência nos ajustes de phono e levou ampla coleção de vinil, em vários estilos musicais e complexidades sonoras, saindo do típico repertório limitado de alguns expositores. Havia também um gravador de rolo Metaxas Tourbillon T-RX, mas não pudemos estar nessa demonstração.
SALA 8: EGGLESTONWORKS, J.SIKORA, DOSHI, SKOGRAND
O fabricante americano Eggleston mostrou a última encarnação de suas clássicas caixas Andra, agora na versão Mk III SE. O som na sala estava um dos melhores do show, super articulado, dinâmico, de texturas palpáveis e envolventes. Os fatores têm sinergia: o espetacular front end analógico J.Sikora Reference com braço KV12 Max e cápsula Aidas Mammoth Gold, com eletrônicos valvulados e monoblocos Doshi Audio, mais cabos Skogrand.
SALA 9: FOCAL, NAIM
A inglesa Naim lançou neste evento os eletrônicos da 300 Series: streamer NSS 333, pré NAC 332, powers monobloco NAP 350, pré de phono NVC TT e sua fonte NPX TT. O streamer digital e a amplificação estavam tocando muito bem com caixas Stella Utopia EM, da marca irmã Focal. Por outro lado, não havia toca-discos ligado aos novos componentes phono. Informaram que os novos modelos são compatíveis com ‘power supplies’ de séries anteriores. Para upgrades, sugerimos que o cliente Naim confirme antes tais compatibilidades.
SALA 10: GÖBEL, CH PRECISION, KRONOS, WADAX, GIGAWATT
A alemã Göbel impressionou com um par de caixas Divin Marquis, empregando tweeter AMT em corneta de alumínio, além do médio 8” e woofer 12”, mais um par de subwoofers Divin Sovereign e seus cabos Lacorde Statement, alimentados por CH Precision, pré L1+X1 e um par de powers M10. O som estava grande, mas natural e relaxado, ao contrário do que se imagina de uma configuração tão grande. Um conjunto Wadax Reference com servidor, DAC, power supplies e condicionadores GigaWatt ocupava dois racks. Já o toca-discos Kronos Discovery, com o sistema de dois pratos girando em sentidos opostos, tinha seu novo modelo de braço, cápsula ZYX e ocupava outro rack inteiro. O pré de phono Kronos usa duas fontes com supercapacitores que se alternam em recarga, mantendo a operação desconectada da rede.
SALA 11: KONDO, SME, JENSEN
A japonesa Kondo é um paradigma de excelência artesanal, focada em elementos de pré e amplificação à válvula, clássicos ou modernizados, mas de altíssimo desempenho e custos correspondentes. Montaram uma sala usando caixas Jensen G-610C, dos anos 50, ou monitores Graham BBC LS 5/9. Também demonstravam ao vivo os tratamentos acústicos feitos em madeira por Nihon Onkyo Engineering (não é a Onkyo dos receivers). O pessoal colocava e retirava panos pretos sobre os difusores Acoustic Grove, um par em cada uma das 3 dimensões da sala, com o mesmo disco tocando. O público podia perceber as melhorias em tempo real. Muito bacana essa demonstração. O jazz big band estava um dos melhores sons do show, macio e quente, mas super detalhado em todas as frequências – não dava vontade de ir embora. Era toca-discos Kondo Ginga, braço SME V12, cápsula Audio Note IO-XP, phono GE-7i, pré G-700i e monoblocos Kagura 2i de 50W com válvulas 211. Não levaram som digital.
SALA 12: MARTEN, MSB, TECHDAS, REED, DS AUDIO, JORMA, E A SALA MARTEN/MSB
A empresa sueca Marten mostrou seu modelo de caixas Mingus Septet, com um excelente sistema de monoblocos MSB M500, pré Reference Director e MSB Reference DAC, alimentado por servidor Antipodes Oladra, cabos e filtros Jorma. Em analógico o toca-discos TechDAS Air Force 3 PS, braço Reed 5T e cápsula óptica DS Audio Grand Master Extreme com o respectivo pré/equalizador. Lançada no evento, tem cantilever de diamante que forma monobloco com a agulha. O vinil estava um espetáculo, graves poderosos, grande dinâmica e ao mesmo tempo articulação convincente em médios e agudos. O digital não tocou na hora, mas sabemos que fica ótimo Antipodes com MSB. A Marten estava em três outras salas com modelos e configurações diferentes, inclusive numa com os espetaculares valvulados da Engström.
SALA 13: MBL
Numa das salas do formato grande encontramos uma instalação bem diferente da média, com atmosfera relaxada, som arejado, imagem sonora grande e texturas naturais, que dá vontade de ficar. As caixas topo de linha Radialstrahler 101 X-Treme MKII, com duas colunas de woofers mais duas com os tradicionais drivers de dispersão 360 graus, em formatos ovais, deixam a gente meio sem saber de onde vem o campo sonoro, um fenômeno muito interessante. Decoraram a sala com muitas plantas e folhagens que dispersam o som e quebram o visual típico. Usaram somente fontes digitais: CD 1621 A, DAC/streamer 1611 F, pré 6010 D e quatro powers 9008 A. Podem ter acabamento em preto ou branco.
SALA 14: NAGRA, WILSON
Noutra sala grande, a Nagra mostrou seu sistema top, cujas principais atrações eram o toca-discos 70th Anniversary Reference e a nova cápsula Reference MC, o HD PHONO, HD PREAMP, o gravador de rolo Nagra IV-S, um gravador digital Nagra VII Anniversary Edition, cabos Shunyata e, finalmente, HD AMP monos tocando o sistema Wilson Audio: caixas Alexx V com subwoofers LoKe. O som estava excelente, grande e sem dar a impressão de esforço do equipamento, tudo fácil e rápido. Infelizmente só ouvimos digital, com o lançamento Classic DAC II, nas duas vezes em que passamos. Estava ótimo, mas o gravador de rolo e o vinil ficaram para a próxima. Em exposição estática na lateral havia outros modelos da marca em display.
SALA 15: OMA, FLEETWOOD, INNUOS
A Oswald Mills Audio alugou uma das maiores salas do centro de exposições MOC, no andar térreo, demonstrando seus produtos de estilos originais. O som estava excelente, agradável e convincente, em parte beneficiado pelo espaço melhor que outros expositores. As fontes eram Innuos em digital, ou o toca-discos OMA K5, sucessor do K3, também de tração direta e alto torque, com a base toda recheada de galerias de óleo e areia, que controlam ressonâncias. O projetista neozelandês Richard Krebs estava lá dando informações. O K5 conta com um novo braço original de Frank Schröder, em alumínio monobloco usinado com furos, e se apoia numa base de isolação acústica ativa, cápsula Audio-Technica AT-MC2022, step up Consolidated, pré phono OMA PD2, integrado OMA Special K, caixas OMA Museum, Fleetwood DeVille SQ, lindos racks de ferro fundido e as membranas de absorção/difração acústica OMA Woodflex, que permitem composição modular.
SALA 16: SOUNDSMITH, STST, SCHRÖDER
No meio de uma das áreas de stands no térreo, a Soundsmith montou sua sala com dry walls, onde expôs dois sistemas completos no mesmo espaço, um com a nova cápsula Hyperion ES MR, substituindo o diamante OCL por MR, e conseguiu reduzir sua massa móvel mais um pouco. Ao lado estava o sistema baseado na cápsula Strain Gauge, com seu preamplificador dedicado. Ambas as cápsulas estavam montadas em braços Schröder Referenz SQ 10” idênticos sobre dois toca-discos de tração direta Motus STST, cadeias de amplificação Soundsmith e opção entre Dragonfly e Monarch, os dois modelos de caixas fabricados pela Soundsmith. O som foi o melhor que ouvimos nas salas médias e pequenas, musicalmente expressivo, texturas palpáveis, ótima dinâmica e nenhuma fadiga auditiva. Podia-se ficar lá por horas, até pela hospitalidade de Peter Ledermann, mas havia muitos outros stands para visitarmos.
SALA 17: VON SCHWEIKERT, VAC, MASTER BUILT, AURENDER
Escutamos as caixas Von Schweikert Ultra 7 associadas a dois pares de monoblocos VAC Master 300 iQ, prés Statement Line e Statement Phono, streamer Aurender, DACs Esoteric e toca-discos Acoustic Signature Typhoon com cápsula Hana Umami Red. Em digital também o som estava com ótimo palco, profundidade e boas texturas, mesmo com as paredes, janelas e teto sem revestimentos. Foram inteligentes em colocarem o sistema à frente, deixando amplo espaço por trás dos falantes e posicionando a platéia mais recuada.
SALA 18: VTL, WILSON, NORDOST, DCS, GRAND PRIX
Estava entre as melhores salas do show, apresentando som dinâmico, excelentes palco sonoro e textura, enquanto as caixas Wilson Alexia V em cor turquesa conseguiram bom acoplamento acústico ao ambiente, com graves bem definidos mas equilibrados. Amplificação VTL era S-400 II Reference, o pré de linha TL-7.5 III Reference, phono TP-6.5 II Signature, digitais dCS Rossini, cabos Nordost Odin 2, toca discos Grand Prix Monaco, braço Kuzma 4P e cápsula Lyra Etna SL.
SALA 19: WESTERN ELECTRIC
O som na pequena sala da WE estava atraente, mas o principal destaque é o renascimento da famosa marca que vem fabricando as famosas válvulas 300B, entre outras. Agora produz o integrado 91E usando um par daqueles triodos single ended. Também trouxe inovadoras caixas acústicas equipadas com drivers Heil AMT, uma espécie de ribbon enrugado como sanfona, em relevo curvo, que vibra por compressão e tem alto rendimento. Estavam mostrando todos esses processos e tecnologias. Muito interessante, a visita.
20: NO MUNDO DOS TOCA-DISCOS RETRO 1
A japonesa SAEC relançou componentes clássicos dos anos 70 e 80, como o braço 407/23, o aluminum mat e a base de alumínio maciço, opções para o toca-discos Technics SP-10R. Também criou um braço sob encomenda para o novo Luxman PD-191A, de tração direta, que reedita a linha 171. Na outra foto com braço Ikeda 407 de 12” sobre base Zikra Audio e MC step up transformer dinamarquês TONA T20/40, montado num bloco de madeira maciça.
RETRO 2
A Luxman também trouxe o PD-151 Mark II, a correia, que reedita um clássico da marca. O Thorens TD 124 DD, de tração direta, moderniza o clássico 124 movido a polia. Enquanto isso, a Audio-Technica criou um display no formato daqueles antigos baús de viagem, e a JBL apresentou o Modelo TT350 Classic, com cápsula da Audio-Technica.
SUPER PESADOS
Falando em inovações, há de todos os tipos. Uma delas é o acoplamento de massas, formando complexos toca-discos pesados. Dietrich Brakemeier da AS Acoustical Solutions estava mostrando seus gigantescos modelos multicamadas e de bases aerostáticas, Astellar e Apolyt, além dos sofisticados braços Axiom, Titan e Aquilar, que fabrica. Em paralelo, a Thorens mostrou seu modelo Reference, outro gigante, com base ativa da Seismion.
MÉDIO-PESADOS
Outros toca-discos de alta massa vimos no stand da JR Transrotor, que fabrica mais de 20 modelos, mas seus maiores incluem racks integrados, como o Artus FMD na foto. Em formato diferente, mas também pesado, é o TW Raven Black, de tração por correia, lembrando a escola Micro-Seiki. A alemã AMG tem a abordagem modular: você começa menor e cresce. Encaixando partes de alumínio usinado com precisão, o Viella Forte chega a três braços e mais de 55 kg. O Burmester 175 tem quatro motores, vem pronto com braço e pesa mais de 60 kg.
AVANÇADOS 1
Toca-discos podem ser muito bons, mesmo que compactos. Um exemplo é o clássico Linn Sondek LP12, que vem evoluindo há cinco décadas. Entre as novidades, o Thales TTT-Compact 2 é de excelente qualidade e ainda tem um braço duplo pivotado, que lineariza a trajetória da cápsula. Na linha Bergmann, há modelos maiores e mais equipados, ou compactos, mas de qualidade. A italiana Gold Note oferece o lindo Mediterraneo X, cujo painel eletrônico permite ajustes finos de torque e velocidade, tudo gradual e fácil de operar.
AVANÇADOS 2
Da Bulgária vem o Thrax Orpheus, com braço Schröder CB, ocupando pouco espaço e tocando exemplarmente com cápsula MySonicLab. Outra linha de qualidade é a Dr Feickert, com modelos muito bons e versáteis. Uma novidade interessante foi escutar o neozelandês The Wand com braços próprios em fibra de carbono e design inovador. O som é ótimo.
AVANÇADOS 3
Franc Kuzma mostrou seu modelo de tração direta Stabi R e braços Safir, feitos de tubo de safira, com cápsula ZYX, num dos melhores sons do show. Outro de alto nível é o Thiele TT01, com braço tangencial TA01, um espetáculo de mecânica de precisão. Também com modelos de toca-discos e braços pivotados tangenciais, é a lituana Reed.
Obrigado, e boas audições a todos.