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Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br

Para você, que está iniciando sua jornada por fones de ouvidos com melhor qualidade sonora, os chamados fones hi-end, saiba que existe uma topologia que difere dos fones dinâmicos, mas que é imensamente admirada e desejada no mundo audiófilo: os fones eletrostáticos.

Esses fones, em vez de imãs e bobinas móveis para criar o som, utilizam um diafragma extremamente fino, de vários materiais ultraleves como o mylar, que é disposto entre duas placas carregadas eletricamente e que são conhecidas como estatores.

Quando uma corrente elétrica passa pelos estatores, cria-se uma força eletrostática que move o diafragma, transformando esses movimentos em sons.

Os fones eletrostáticos existem desde o final da década de sessenta, e o que entrou no mercado ganhou rapidamente uma legião de admiradores. Pois os fones eletrostáticos têm uma série de qualidades, como:

  • Uma resposta de transientes muito correta, já que a leveza do diafragma responde de maneira muito precisa e detalhada.
  • Uma menor distorção, por existir um controle mais rigoroso do diafragma em seus movimentos e, ‘teoricamente’, uma resposta de frequência mais plana e mais estendida.

Parece, descrito assim, ser o melhor dos mundos, não é verdade?

O problema central de um fone eletrostático é que ele necessita de um amplificador dedicado com uma fonte de alimentação para o fone, para que este amplificador seja capaz de gerar a tensão necessária para fazer o diafragma vibrar.

E, inevitavelmente, sempre haverá comparações dos fones eletrostáticos com os fones dinâmicos e magnetoplanares. Os fones dinâmicos de qualidade, possuem uma robustez e resposta de graves realmente referenciais. E os melhores magnetoplanares conseguem uma reprodução muito similar aos eletrostáticos nos dias de hoje, porém são fones pesados, grandes e que também necessitam de bastante potência para soarem corretamente.

O que temos percebido nos últimos dois anos, é que os fones eletrostáticos estão se tornando mais acessíveis, mais confortáveis com o uso de materiais que diminuíram seu peso final consideravelmente, com amplificadores para gerar a energia necessária melhores e mais baratos, e até a sua maior limitação – na resposta de graves – parece ter sido resolvida.

Com esse ‘pacote’ de melhorias, não tenho dúvida que os fones eletrostáticos serão cada vez mais apreciados, e terão um forte apelo até para audiófilos e melômanos que não os tinham em seu radar de desejos, por seu alto custo.

Acredito que esse seja um dos primeiros fones eletrostáticos que irá quebrar com esse paradigma, testado nesta edição.

Se você tem a curiosidade de conhecer a sonoridade de um fone eletrostático, não deixe de ler – e ouvi-lo no nosso próximo Workshop em abril de 2025!

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