MUSICIAN – Bibliografia: ANDRÉ GERAISSATI – O MAGO DO VIOLÃO

MUSICIAN – Discografia: VOLUME 2 – ANDRÉ GERAISSATI
novembro 15, 2019
Melhores do Ano 2019: VÍDEO
janeiro 16, 2020


Mariana Sayad
revista@clubedoaudio.com.br

André Geraissati é paulistano e do ano de 1951. Apesar da pouca idade, já tocou com muita gente e já realizou muitos projetos. Na década de 1970, apareceu com o trio de violões D’Alma, que tinha uma sonoridade brasileira, mas diferente da tradicional, por isso, chamou muito a atenção. Paralelamente, tocou com Egberto Gismonti em duas grandes turnês e, ainda, arrumou tempo para lançar seus trabalhos solos, que mostram novos caminhos para o violão brasileiro. Além de músico e compositor, Geraissati é um grande produtor. Um dos projetos mais importantes de sua carreira e para a história da música instrumental foi o Banco do Brasil Musical, que realizou pela produtora e também selo Tom Brasil Produções Musicais. Ainda menino, almejava estudar piano para tocar igual ao Ray Charles. Logo em sua primeira aula, sentou-se ao instrumento e começou a arriscar a música ‘What’d I Say’ (Ray Charles), mas sua professora fechou a tampa do piano e disse: ‘antes de tocar, precisa aprender teoria musical’. Conclusão: nunca aprendeu nem teoria e muito menos a tocar piano. Porém, sua avó escutava em sua vitrola de 78 rotações os discos de Altamiro Carrilho, Dilermando Reis, Debussy e outras, que foram se tornando as referências musicais de Geraissati.

Geraissati é muito estudioso em seu instrumento, o violão, até hoje. Mesmo depois de considerado o ‘mago das cordas’, estuda de três a quatro horas por dia. Estudou harmonia, contraponto e muito mais sobre música, mas o curioso é que não lê partitura musical, nadinha. Quando começou seus estudos no CLAM do Zimbo Trio, pedia para a filha do Amilson Godoy, Janaina, ainda com seus oito anos de idade, mas já leitora nata de música, para tocar as partituras dos livros que precisava estudar. Então, Geraissati gravava, confirmava o conteúdo executado com o pai da menina e, a partir disso, estudava o conteúdo necessário. Como recompensa, a pequena Janaina ganhava um sorvete. Geraissati é autodidata, a sua grande formação sempre foi tocar. Seu desejo de tocar piano foi saciado quando aprendeu a técnica two hands, que consiste em tocar o violão ‘teclando’ ou batendo com as duas mãos, como se fosse um piano. Apesar do violão ser seu instrumento, foi na guitarra que ele começou seus estudos: primeiro tocando rock, depois foi migrando para o jazz. Seu interesse pela música aumentou depois que conheceu a música dos Beatles, que passou a ‘tirá-las de ouvido’. Talvez, um divisor de águas na vida musical de Geraissati tenha sido o contato com Antônio Álvaro Assumpção Filho, pai do baixista Nico Assumpção e, segundo ele: ‘Ele me transmitiu a audiofilia e o refinamento que se pode extrair e oferecer à vida’ (site Músicos do Brasil – Uma enciclopédia instrumental).

Em 1987, marco do início da carreira de Geraissati, ele trabalhava no estúdio Vapor. Neste mesmo ano, aconteceu o Festival São Paulo Montreux, onde tocaram grandes nomes, entre eles um duo formado pelos violonistas Larry Coryell (Estados Unidos) e Philip Catherine (Bélgica). Este último estava sem seu violão e foi pedir para Geraissati emprestar um e, com isso, eles tocaram juntos e Geraissati até gravou uma faixa para o disco de Catherine. Depois da gravação chegou Coryell, e os três começaram a tocar juntos. Neste momento, Geraissati percebeu como era boa a sonoridade de três violões. Depois disso, foi procurar Cândido Penteado, que era professor do CLAM, e seu melhor aluno Rui Saleme, para propor montarem um trio de violão chamado Claf, mas que mudou de nome depois para Trio D’Alma. Antes de falar mais sobre este grupo, é importante ambientar seu surgimento, pois sua história se mistura com o cenário musical de São Paulo do fim dos anos 1970 e começo dos anos 80.

Em outubro de 1979, surgiu em São Paulo o Lira Paulistana, um pequeno teatro, com capacidade para 250 pessoas, em um porão da Praça Benedito Calixto, em Pinheiros. Em pouco tempo, o teatro virou o ponto de encontro e o símbolo da vanguarda paulistana, onde aconteciam shows, peças teatrais, exibição de filmes e tudo mais relacionado à arte e cultura. Muitos grupos musicais e artistas surgiram ou se projetaram no Lira, como era conhecido, entre eles estão: Itamar Assumpção, Tetê Espíndola, Ná Ozetti, Luiz e Paulo Tati, Suzanna Salles, Cida Moreira, Nelson Ayres, Jorge Mautner, Laura Finochiaro, Paulo Caruso, Passoca, Língua de Trapo, Premê, Rumo, Paranga, Ultraje a Rigor, Titãs, Ratos de Porão, Mercenárias, Paulo Barnabé, Kid Vinil, Lanny Gordin etc.

Com o passar do tempo e o grande público, o Lira passou a virar uma marca, então aconteciam shows no TUCA, shows no bairro do Bixiga ou na Praça Benedito Calixto com o mesmo pessoal do Lira. Com pouco mais de um ano de existência, o Lira Paulistana virou selo, gravadora e editora, comandados pelo produtor Wilson Souto Jr. O Lira Paulistana existiu durante sete anos, entre 1979 e 1986, e movimentou não só a música de São Paulo, mas do Brasil. Dentro deste cenário é que o Trio D’Alma surgiu com a proposta de tocar Música Instrumental Brasileira com três violões Ovation, que foi criado na década de 1960 com o sistema Lyrachord, feito com um material mais resistente, que transmite a vibração de uma forma mais eficiente e, consequentemente, produz um som melhor do que os violões fabricados de madeira porosa. Na época do surgimento do grupo, este violão não era muito comum no Brasil.

O primeiro disco do trio foi ‘A quem possa interessar’, que surpreendeu a todos, pois era um som completamente diferente do que se ouvia da música brasileira na época. Tiveram os que adoraram e os que nada entenderam daqueles três jovens tocando arpejos e trinados em seus violões. Uma das coisas que mais agradaram, e poucas pessoas entenderam, foi a diversidade das influências do trio, como o próprio Geraissati sempre diz: ‘sou paulistano, então, ouço de tudo’. Esta é uma definição para o trio, pois não era bossa-
nova, nem choro, nem samba, nem blues, nem rock e nem jazz, mas tinha um pouco de cada um destes estilos na música do trio. Atualmente, a sonoridade de Geraissati também pode ser definida assim, um pouco de tudo. Em algumas ocasiões, ele se apresenta com regionais de choro, ou o pessoal do jazz, mas a essência de sua música é muito paulistana, da cidade onde tudo passa. A gravação do primeiro disco do trio (‘A quem possa interessar’) aconteceu graças à intervenção de John McLaughlin, a quem Geraissati entregou uma fita demo do D’Alma para ele apresentar a alguma gravadora no exterior e, com isso, conseguiu que o disco saísse pela norte- americana Mayflower.

Os dois discos seguintes do Trio D’Alma foram lançados pela gravadora Som da Gente, que foi fundada no início dos anos 1980, pelos sócios Walter Santos e Tereza Souza. O selo e a gravadora Som da Gente eram dedicados exclusivamente à música instrumental independente, e em 11 anos de atuação lançaram 46 títulos, entre eles discos de Hermeto Pascoal, Heraldo do Monte, Hélio Delmiro, Medusa, Metalurgia etc.

Depois, em 1981, o trio lançou mais um disco, D’Alma, mas com nova formação: Ulisses Rocha, Geraissati e Rui Saleme, que foi contemplado com o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte como melhor grupo de música instrumental de 1980. Em 1983, o último da carreira, com os violonistas Ulisses Rocha, Mozart Mello e Geraissati. Este último resultou em uma turnê pelo norte e nordeste do Brasil, em que o grupo teve o apoio do Banco Bamerindus, da Transbrasil e da Microdigital. Esta parceria de música instrumental e banco seria o embrião para o Projeto Banco do Brasil Musical, que marcou a história desta manifestação musical e da carreira de Geraissati.

Depois de shows no Canadá, em 1985, o Trio D’Alma participou do Free Jazz Festival no mesmo dia do Zimbro Trio, Joe Pass, Toots Thielemans e Sivuca no Anhembi, em São Paulo, sendo que tudo foi gravado pela TV Bandeirantes. Nos outros dias, tiveram shows de Egberto Gismonti, Pat Metheny, Bobby McFerrin, Pau Brasil, Gilson Peranzzetta, Ricardo Pontes e Toninho Horta. A direção deste festival foi realizada por Zuza Homem de Mello, que escolheu, em parceria com mais 15 especialistas em música brasileira, apenas ‘unanimidades’ no jazz mundial. Além do Trio D’Alma, entre os anos de 1982 e 1985, Geraissati saiu em turnê com Egberto Gismonti com os discos ‘Fantasia’ e ‘Cidade Coração’. Neste mesmo período, Gismonti participou da gravação do primeiro disco solo de Geraissati: ‘Entre Duas Palavras’.

Na última música do segundo disco do Trio D’Alma, ‘Lagoa do Silêncio’, Geraissati começou a esboçar o que seria o disco ‘Insight’ (1986), composto mais por ideias musicais do que composições fechadas, ou seja, as músicas são mais abertas e soltas. São quase experiências musicais. Em sua carreira solo, Geraissati fez do violão com cordas de aço (resquícios da sua fase de guitarrista) seu maior parceiro musical e, por isso, sempre se deu ao luxo de experimentar diversas afinações diferentes. O mais interessante de tudo é que gosta de compartilhar suas descobertas com todos. Um exemplo disso é o disco duplo ‘Solo’ (1987), lançado pela WEA, que marca sua troca de violão, de Ovation para o cobiçado norte-americano Martin, levemente ‘desafinado’, ou para os entendidos, com afinações diferentes da convencional (E B D G A E).

Por exemplo, na música em homenagem a Naná Vasconcelos, ‘Nana Naná’, ele utilizou a afinação FACCGBb; na música ‘Fogo Eterno’, utilizou a afinação DADGAD, onde conseguiu harmônicos muito interessantes, assim como na música ‘África’ e ‘Nogueira’, todas na mesma afinação acima, mas com diversas possibilidades de harmônicos e arpejos diferentes. Estas informações e todos os detalhes de como se afinar os violões encontram-se no encarte do disco ‘Solo’. Geraissati é contra a ‘venda de informações’, por isso, sempre faz questão de disponibilizá-las. A sua peculiaridade de explorar várias afinações em violões de diversos tamanhos tornou-se uma de suas marcas que ele ‘selou’ com o disco DADGAD, onde o nome significa exatamente a afinação utilizada. Em uma entrevista recente, Geraissati disse que algumas de suas afinações têm nome, como a afinação Baden (DADGBE), Raimundo Saraiva (DADbGbAGb) e Ray Charles (DACDAD), que consegue tocar a música ‘What’d I Say’ com as cordas soltas.

Em 1989, Geraissati gravou o disco ‘Brazilian Image’ com o flautista norte-americano Paul Horn (1930-2014), que é considerado o criador da música New Age, e foi indicado na categoria jazz do Grammy. Seu quinto álbum saiu em 1989, chamado 79-89 com nove músicas, sendo todas com títulos remetidos à natureza, ao campo e temas mais profundos, todos seguidos da afinação utilizada: Fazenda – D G D G B D; Trilha – D G D G B D; Agreste – C A C G C E; Canto das águas – C G D Eb Bb Eb; Oriente – C A D G A D; Paz – D A Db Gb B Db; Com o sol nas mãos – D A Db Gb B Db; Eclipse – C Bb C F Bb Eb; e Alvorada – C A C G C E. Apesar da ingenuidade dos títulos, o conteúdo sonoro é de uma maturidade incontestável de Geraissati. A exploração do som do violão e suas diversas afinações (uma para cada título) formam mais do que uma suíte, dando a sensação do disco ser uma única composição se modificando, se montando. Na contracapa do disco, o jornalista Luis Carlos Lisboa fez uma definição do resultado sonoro: ‘é um convite aos que sabem que a voz dos golfinhos, as ondas do mar e as cordas do violão entoam o som do mundo’.

O fim dos anos 1980 e começo de 1990 foram muito ruins para a Música Instrumental Brasileira, por diversos motivos: as gravadoras majors não lançavam mais este gênero musical, pois sabiam que as vendas não eram muito significativas; o Lira Paulistana já havia fechado há um bom tempo, deixando muitos músicos ‘órfãos’ de um reduto próprio. Assim, a Música Instrumental Brasileira passou a s er cada vez mais marginalizada. Diante deste cenário, Geraissati decidiu ousar e criou o selo independente Tom Brasil, em sociedade com Solon Siminovich. Fizeram uma parceria com o SESC Pompeia e lançaram uma série com 25 discos, resultado de 22 shows realizados. Para dar o pontapé inicial, André e Solon pegaram um empréstimo de 100 mil dólares. O show de lançamento foi em grande estilo, com André ao violão acompanhado da Orquestra Tom Brasil (formada por 30 músicos), sob a regência de Amilson Godoy, com a participação especial de Nivaldo Ornelas e Egberto Gismonti.

Deste projeto, surgiu a parceria com o Banco do Brasil, que em um primeiro momento lançou a série de CDs Brasil Musical – Música Viva. Em 1993, o banco passou a patrocinar diversos shows pelo Brasil de música instrumental. Para celebrar esta nova fase do projeto, foi realizado um grande show no antigo Palace, com Egberto Gismonti, Alemão e Zezo, Arthur Moreira Lima, Zimbo Trio, Wagner Tiso, Armandinho, Dominguinhos, Ulisses Rocha, Rafael Rabelo, Amilson Godoy, Marco Pereira, Hermeto Pascoal, Paulinho Nogueira, Altamiro Carrilho, Maurício Einhorn, Paulo Moura, Mozar Terra, Nivaldo Ornelas e o próprio André. No ano seguinte, começaram as turnês pelo Brasil, foram ao total 20 shows durante o ano, em dez capitais, todos gravados ao vivo. Para fechar com chave de ouro, a iniciativa ganhou o Prêmio da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) como o melhor projeto de MPB do ano.

Em 1995, foram 120 shows pelo Brasil e mais inovações. A primeira foram as turnês universitárias, onde os músicos realizavam shows em 30 cidades do roteiro do projeto a preços populares. A segunda foi a criação do Ensaio Aberto, destinado às crianças do 1º e 2º grau (hoje, ensino fundamental e médio), em que durante a passagem de som a tarde, os músicos batiam um papo com o público. A terceira foi a organização de duas turnês com a Orquestra de Câmara de Curitiba, uma acompanhada de Gismonti e a outra de Wagner Tiso e Paulo Moura. No ano seguinte, o projeto aprimorou a ideia das turnês com orquestra, com o importante segmento do projeto Banco do Brasil Musical: ‘Orquestras Locais e Solistas Convidados’, que consistia em realizar apresentações com orquestras de cidades, previamente cadastradas, com os seguintes músicos: Nivaldo Ornelas, Altamiro Carrilho, Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Oswaldinho do Acordeon e Wagner Tiso. Em 1997, o projeto realizou 210 shows e ainda colocou a cidade de São Paulo no roteiro e, para fechar o ano, foi realizado na capital paulista e no Rio de Janeiro a edição piloto do projeto ‘Banco do Brasil Musical – Instrumental convida Cantor’, com o show de Toquinho e Paulinho Nogueira. O sucesso foi tanto que o projeto seguiu com Joyce e Quarteto Livre, Zimbo Trio e João Bosco, Wagner Tiso e MPB-4. O que era para ser mais um braço virou seu carro-chefe, e em 1998, o projeto deixou de ser exclusivamente instrumental para ser dedicado à canção também. O projeto durou seis anos, passando por diversas cidades do interior de São Paulo, nordeste, centro-oeste e sul do Brasil.

Depois desta bem-sucedida empreitada, Geraissati realizou outras, como ‘Conversa de Músico’, no SESC Ipiranga (SP) e ‘Cordas Dedilhadas’, que trouxe ao Brasil diversos músicos, como Scott Henderson e Gary Willis. Com este envolvimento em grandes produções, ele fez um intervalo de dez anos entre um disco e outro. Em 1999, lançou o ‘Next’, com a participação de músicos brasileiros e estrangeiros, onde deram outra interpretação ao ‘Trem Caipira’ (Villa-Lobos), e mais outras faixas autorais, levemente (para alguns) e fortemente (para outros) influenciadas pelo new age. Três anos depois, gravou com os baixistas Zé Alexandre e Sizão Machado, além do percussionista Renato Martins e o consagrado Homero
Lotito (técnico de gravação), o CD ‘Canto das Águas’, com músicas autorais. A música que dá o título é um solo de violão, mas parece que possui uns dez tocando. Este efeito é o resultado de seu talento, é claro, mas também do equilíbrio dos harmônicos do violão que André deixa soar entre o breve silêncio entre as notas.

Mais recentemente, Geraissati assumiu a direção musical do Curitiba Jazz Meeting, entre 2008 e 2009, que reuniu artistas representantes de tendências musicais que foram incorporadas ao jazz, como, por exemplo, o dixieland, o rock’n’roll e a bossa-nova. Dentro deste conceito, em 2009 participaram Zimbo Trio com a Orquestra Sinfônica do Paraná, Phillip Catherine Trio (Bélgica) e o pianista Stu Goldberg (EUA). No mesmo ano, realizou a Euro-Arab Tour, onde tocou em Praga, Viena, Bratislava, Copenhagem, Aarhus, Oslo,
Estocolmo, Helsinki, Amsterdam, Bruxelas, Dresden e Berlim. Em 2010, na turnê de mesmo nome, foi para o Oriente Médio e Egito. No total, ele passou com seu violão em 18 Países situados na Europa, Oriente Médio e Egito. Geraissati transforma o violão em um piano, não só por causa do two-hands, e sim, principalmente, pelas suas diversas afinações utilizadas, o que aumenta e muito as possibilidades harmônicas e melódicas do ‘pequeno’ instrumento. Esta foi uma estratégia do músico de alcançar o inalcançável piano, que lhe foi ‘podado’ na infância pela sua professora que o impôs a aprender teoria musical, enquanto o jovem queria apenas tocar a música ‘What’d I Say’. Na verdade, deveríamos agradecer muito a esta castradora professora, que ao impor barreiras intransponíveis ao pequeno Geraissati, nos presentou com um grande músico criativo e talentoso. O lado empreendedor, produtor de Geraissati foi muito influenciado pela convivência com Gismonti durante as turnês e gravações dos discos. André não faz lamentações sobre o pouco espaço que a música instrumental tem na mídia, pelo contrário, decidiu desde cedo ser seu próprio empresário, conduzir sua carreira e tomar muito bem conta dela. Isso fez toda a diferença e, com certeza, foi o que possibilitou a realização de importantes projetos musicais.

Discografia selecionada

A Quem Interessar Possa (1979): Trio D’Alma – CLAM – Brasil – lançado em LP.

D’Alma (1981): Trio D’Alma – produtor: Trio D’Alma – Som da Gente – Brasil – lançado em LP e CD.

Entre Duas Palavras (1982): com Egberto Gismonti – produtor: Egberto Gismonti / André Geraissati / Ary Rogério – independente – 1983 – e depois lançado pela Carmo – Brasil – lançado em LP.
D’Alma (1983): Trio D’Alma – produtor: Trio D’Alma e Som da Gente – Som da Gente – Brasil – lançado em LP.

Insight (1986): solo – independente – Brasil – lançado em LP – Visom.

Solo (1987): solo – disco duplo – produtor: André Geraissati – WEA 38.075/6 – Brasil – lançado em LP e CD.

Dadgad (1988): solo – produtor: André Geraissati – Musician / WEA e Tom Brasil, CD / 2001 – Brasil – lançado em LP e CD.

André Geraissati 7989 (1989): solo – produtor: André Geraissati – Warner – Brasil – lançado em LP.
Brasil Musical – André Geraissati e Egberto Gismonti (1993): série Música Viva, gravado no SESC Pompeia – produtor: André Geraissati – Tom Brasil – Brasil – lançado em CD.
Next (1999): André Geraissati e convidados – Tom Brasil – Brasil – lançado em CD.

Canto das Águas (2002): produtor: Fernando Andrette / André Geraissati – CAVI Records – Brasil – lançado em SACD.



Em comemoração aos 23 anos da revista, selecionamos essa matéria da edição 203

3 Comments

  1. Ibys Maceioh disse:

    Olá amigos maravilhosos
    Fico feliz em tomar conhecimento da trajetória desse músico violonista muito especial.Trabalhamos juntos no CLAM -Zimbo Trio. Abraços! Sucesso sempre!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *