AUDIOFONE – Editorial: NÃO EXISTEM FONES BARATOS E BONS?

AUDIOFONE: CPB ANUNCIA PARCERIA COM EDIFIER PARA FORNECER FONES DE OUVIDO À DELEGAÇÃO BRASILEIRA PARALÍMPICA QUE VAI A TÓQUIO
julho 15, 2021
Discos do Mês: ART-ROCK, TRILHA SONORA & JAZZ
julho 15, 2021

Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br

Interessante que essa também foi uma pergunta recorrente nos primeiros anos da revista Áudio e Vídeo. Pois muitos dos leitores que nos conheceram neste período, ficavam indignados com os preços dos produtos testados e nos cobravam testes com produtos mais ‘compatíveis’ com nossa triste realidade. À medida que o mercado foi se ampliando com novos importadores, as opções ditas de entrada também cresceram, e tínhamos grandes fabricantes com enorme histórico, como: Sony, Philips (que detinha a marca Marantz no meio dos anos 90), JVC, Sharp, Technics e Yamaha, que nos ajudaram a diminuir um pouco da indignação dos nossos novos leitores, que tinham como referência ainda a insana reserva de mercado.

Na Audiofone já conseguimos testar alguns fones bons e baratos, como o Sony modelo WH-CH510 na edição 261, o TCL modelo Elit 400NC na edição 260, e Onkyo modelo ES-FC300 na edição 268 – mas temos que concordar que é muito pouco em termos das opções que o mercado oferece. Porém, mantemos também na Audiofone a política de não testar produtos que não tenham importação oficial, e no caso específico de fones de ouvido, o que mais se encontra (bom e barato) é produto falsificado ou de contrabando, o que mostra a enorme dificuldade que é escolher o que iremos testar mensalmente aqui. Mas sabemos que é uma questão de tempo até que os importadores ‘oficiais’ percebam o enorme mercado ainda a ser explorado, e se animem a trazer seus modelos mais ’condizentes’ com a nossa realidade.

De nossa parte, acredite, amigo leitor, fazemos esforços diários para mostrar a todos esses parceiros comerciais as vantagens de se posicionar corretamente no mercado, oferecendo produtos de boa qualidade e performance, e que caibam no orçamento da grande maioria. No entanto, assim como fizemos por quase uma década na Áudio e Vídeo, vale a pena lembrar que, por se tratar de um bem durável, é o tipo de investimento que precisa ser avaliado a longo prazo – e se pegarmos um bom fone na faixa de 1000 reais, que tenha excelente equilíbrio tonal, para se ouvir em volumes seguros, confortável e bem construído, isso não justifica o investimento? Um fone de ouvido de boa qualidade é o tipo de produto para ser usado por muitos e muitos anos, e a manutenção é de muito baixo custo, com espumas ou couro sintético. Então, a todos que nos cobram testes com fones bons e baratos, só posso pedir para terem paciência, pois os fones que atendem aos nossos requisitos metodológicos e da OMS, de baixo custo, ainda são a exceção e não a regra. Infelizmente!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *