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Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br

Nossos leitores mais novos, que conheceram a revista através da Audiofone, têm nos questionado se não existe espaço nessa revista para produtos mais ‘pé no chão’, para a realidade deles.

Costumo responder que difícil é convencer os fabricantes e importadores a nos enviar esses produtos, pois temem que não daremos a devida atenção, por sermos uma publicação de produtos hi-end.

Porém, de vez em quando algum fabricante se anima e nos envia seus produtos de entrada, para avaliarmos e aí conseguimos atender a essa legião de leitores ávidos por saber nossa opinião a respeito desses produtos mais simples.

Das poucas soundbars que essa revista testou, uma que se destacou muitos anos atrás, tanto que uso ainda hoje em nossa sala de home-theater em casa, e meus filhos vivem pegando para utilizá-la em seus quartos, é justamente uma da Yamaha, a SRT-1000. Enorme, pesada, e capaz de surpreender tanto com filmes, como com games e ‘música’.

E esse é o grande entrave para as soundbars mais simples: reproduzir música de maneira convincente, sem distorção e com um bom equilíbrio tonal. Não se trata apenas uma questão de projeto, mas do material utilizado em seus gabinetes, que precisam ser leves e práticos de instalar, levando a esmagadora maioria dos fabricantes a utilizar plástico no gabinete.

A Yamaha possui uma sólida credibilidade no mercado de soundbars, e muitos desses lançamentos são referência de mercado em suas categorias. Acredito que a SR-B20A pode, pelos seus recursos e benefícios, ser uma opção segura para os que necessitam de uma soundbar que não seja tão ‘volumosa’ em termos de tamanho e peso, e se encaixe bem em telas de até 55 polegadas.

Seus pés de silicone permitem uma boa aderência em uma base firme de um bom rack, ou ainda ser fixada diretamente na parede, se assim o usuário desejar.

A SR-B20A é compatível com Dolby Audio, DTS Digital e o DTS Virtual X, para uma impressão mais ‘audível’ de um som 3D – independente do posicionamento da soundbar no rack ou preso na parede.

No total, são seis falantes: dois tweeters de 25 mm apontados para a frente, dois falantes de médio de 55 mm que são colocados em cima do gabinete, assim como os dois falantes de grave de 75 mm. O fabricante indica a potência de 120 Watts, com amplificação classe D. A conectividade para ouvir música é via Bluetooth 5.0, além de entradas óticas para imagem.

A Yamaha também disponibilizou, nesse seu modelo, uma saída para um subwoofer dedicado, com dois falantes de grave de 75 mm e potência de 30 watts. Nós não recebemos esse sub dedicado, então todo o teste foi feito apenas com a barra de som.

Existem várias predefinições de EQ, como: Padrão, Estéreo (a que usamos na avaliação de música), Filme e Jogo. Com o efeito Clear Voice para assistir filmes, os médios se tornam mais proeminentes. O efeito 3D para ouvir os efeitos sonoros dos filmes, cria a sensação de estarmos realmente imersos na trilha sonora.

Além de acesso ao controle existente na própria barra, o usuário pode por meio do aplicativo de controle remoto Sound Bar, pode comandar a SR-B20A via iOS e Android.

A melhora em relação à inteligibilidade de filmes usando o SR-B20A foi notória, permitindo o que sempre defendo, melhorar a inteligibilidade com volumes muito mais baixos. Nesse quesito, todos em casa aprovaram a SR-B20A. E também o maior envolvimento com as imagens e efeitos sonoros dos filmes, sem ter que aumentar o volume excessivamente.

Sua variação dinâmica em trilhas sonoras é surpreendente pelo seu tamanho.

Outra qualidade que muito nos surpreendeu foi que os agudos, ao contrário de muitas soundbars mais de entrada, não são duros e muito menos brilhantes. Permitindo audições livres de fadiga auditiva, mesmo em filmes de ação e cheios de variação dinâmica.

E para os apaixonados pela imersão 3D, com sons vindo de todas as direções, a SR-B20A consegue essa façanha com efeitos para muito fora da barra. Claro que não será um som Dolby Atmos, evidentemente, mas o resultado alcançado é surpreendente.

Para games, segundo meu filho, não foi tão impressionante quanto a Yamaha que temos há tantos anos (também é um projeto muito mais sofisticado e com o triplo de tamanho e peso). Mas ele gostou justamente pelo fato de os graves em volumes seguros não distorcerem ou tornarem-se cansativos muito rapidamente.

E para ouvir música, Andrette?

Aí vem a notícia não tão satisfatória. Se você deseja colocar música ambiente para entreter os amigos em um final de semana, não fará feio (desde que não se extrapole o volume). Mas não é a melhor opção para se ouvir música seriamente. Pois falta envolvimento emocional e imersivo em reprodução estéreo. Claro que, se a opção é seu fone unicamente, e você deseja compartilhar sua playlist com os amigos, família ou par romântico, ok!

Mas jamais substituirá um sistema simples estéreo, mas bem ajustado, e com um par de books bem posicionadas.
Mas se o seu interesse é melhorar a apresentação do áudio ao assistir seus filmes e jogar vídeo game, meu amigo, ela pode ser sua soundbar definitiva. Principalmente se você não tem muito espaço e deseja uma solução objetiva e funcional.

Nesse aspecto, essa Yamaha continua sendo uma das melhores referências em sua faixa de preço!


PONTOS POSITIVOS

Excelente tamanho e construção e cumpre com seu maior objetivo, que é melhorar a inteligibilidade nos filmes.

PONTOS NEGATIVOS

Limitação para se ouvir música estéreo com maior imersão.


ESPECIFICAÇÕES

Potência120 W (30 Wx2 soundbar + 60 W sub embutido)
Drivers2 woofers de 3”, 2 mid-woofers de 2,16”, 2 tweeters de 1”
DecodificadoresDolby Audio, DTS e DTS Virtual:X
Conexões(somente áudio), 2 óticas, RCA mono (subwoofer ativo), USB (para atualização de firmware), Bluetooth 5.0
Dimensões (L x A x P)91 x 5.3 x 13 cm
Peso3.2 kg
PRATAREFERENCIA



YAMAHA
www.yamaha.com
R$ 2.385

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