Editorial: OS BENEFÍCIOS DE ABAIXAR O VOLUME VÃO MUITO ALÉM DE PRESERVAR SUA AUDIÇÃO

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Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br

Os amigos e leitores que conhecem nossa Sala de Referência, sempre se surpreendem com o volume que escutamos e trabalhamos nesse local. Quando trabalhei na revista Audio News, e comecei a realizar avaliações subjetivas de equipamento, entendi que nessa existência esse seria meu ganha pão até o final e, portanto, tomei a decisão de que precisaria ao máximo cuidar de minha audição, e fui pouco a pouco me ‘trabalhando’ para ouvir sempre em volumes cada vez mais seguros. Quando escrevo que as audições nesta Sala nunca passam de picos de 92 dB por microssegundos, falo literalmente a verdade. A média sempre se encontra entre 70 a
82 dB, e quanto mais nosso Sistema de Referência atinge o ápice do Equilíbrio Tonal, mais e mais essa média continua diminuindo. Não vou, nesse editorial, repetir o que escrevo sempre, que o primeiro degrau que devemos conquistar é dar ao nosso sistema o melhor equilíbrio tonal possível, pois é ele que irá nos proporcionar a maior inteligibilidade e conforto auditivo! Quero, neste espaço, falar de um avanço significativo que um estudo recente concluiu: de que ouvir música e qualquer som, em volumes baixos, pode ajudar a reduzir a dor. Isso pelo fato da música, em volumes baixos, reduzir a atividade neuronal entre o córtex auditivo e o tálamo, o que contribui de maneira efetiva em resposta à dor. Mas o interessante é que só em volumes baixos esse efeito benéfico ocorre. Particularmente não precisei esperar pela comprovação científica, para constatar essa verdade. Pois lembro de um artigo que saiu na revista Seleções, nos anos 70 se não me engano, em que o jornalista relatava uma experiência feita em consultórios odontológicos em que os dentistas colocaram música clássica em baixos volumes em procedimentos cirúrgicos, e constataram que os pacientes reagem melhor ao tratamento. E também vivenciei por anos, através da musicoterapia, o quanto o tempo de recuperação de pacientes submetidos a cirurgias invasivas, eram menores em relação a pessoas não habituadas a ouvir música regularmente. Tanto que me levou não só a estudar os efeitos da música nos anos 80, como a colocar em prática em mim, meus familiares e amigos. E a cada nova descoberta nessa direção da neurociência, sinto-me no dever de compartilhar com nossos leitores a importância de ouvir música regularmente, e a necessidade de ouvirmos nossos discos em volumes seguros! E sabendo dos benefícios adicionais de se ouvir música em volumes baixos, eis o melhor motivo que muitos dos leitores necessitam, para fazer o dever de casa e buscar, junto com o tratamento acústico e elétrico, o equilíbrio tonal de seu sistema. É esse equilíbrio tonal que nos permite ouvir por mais horas em volumes seguros, e sair dessas audições sem nenhuma fadiga auditiva.

Quando seu sistema lhe permitir essa dádiva, você chegou lá!

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