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RECORD CLAMP MOLEKULA DA HEXMAT

Fernando Andrette

Desde que tive meu primeiro toca-discos, aos 18 anos, eu me interesso por clamps. Tive e testei com certeza mais de trinta ao longo dessa jornada, e acho que todo audiófilo deveria em sua busca pelo aprimoramento de seu setup analógico, se dedicar com afinco a escolher o clamp mais adequado para o seu toca-discos e seu gosto pessoal.

Pois clamps possuem diferenças audíveis, assim como um upgrade de cápsulas ou troca de braços.

Por muitas décadas, fabricantes deste acessório abordaram que o ideal é ter um clamp pesado, e que tenha uma longa superfície de contato com o disco. E o mercado então foi invadido por clamps feitos de diversos materiais, como metais fundidos, madeiras tropicais, estruturas cilíndricas com esferas, e também peças em que o usuário podia acrescentar massa ou tirar, para ver qual obtinha o melhor resultado.

Por uma década tive um Stillpoint, que se caísse no meu pé ou em um disco, acabaria com ambos. E por mais que em determinados setups, e com gravações tecnicamente piores, ele tivesse a tendência de secar o corpo das gravações, e os graves ficarem parcialmente ‘difusos’, achava que este era o preço a se pagar para manter um clamp que em gravações de qualidade tinha uma boa performance.

E em relação a todos os outros clamps que testei nesse período, ele foi o de melhor performance.

Ficou claro para mim que o uso de um clamp era uma escolha com perdas e ganhos, era necessário. Até que recentemente ao adquirir o toca-discos da Origin Live com o braço Enterprise C Mk4 de 12 polegadas, decidi ouvir o clamp Gravity One da marca (leia teste na edição 278), e comparar com o meu Stillpoint e ver se tudo que falavam a respeito do Gravity One era fato.

Pois bem, não só era, como para mim ficou claro que havia uma nova abordagem de como utilizar este acessório, que mudava radicalmente de direção. Com muito mais benefícios do que problemas, fazendo com que as gravações tecnicamente mais limitadas, ganhassem o direito de serem apreciadas novamente!

E achei que a jornada de busca pelo clamp ideal havia terminado (desde que com o setup todo Origin Live). Aí entra a Hexmat que, ao nos enviar seus tapetes para teste, nos fez a gentileza de enviar junto seu clamp Molekula, que acabara de ser lançado! E veio para balançar o coreto novamente.

Com apenas 17 gramas de peso (ele consegue ser mais leve que o Origin Gravity One), e seis esferas de contato com a superfície do selo do disco, esferas translúcidas com um revestimento especial de alguma resina, que têm apenas 7 mm de diâmetro. O clamp é feito da mesma mistura de polímeros que o tapete Eclipse usa, para que o melhor coeficiente de amortecimento seja alcançado.

E, ao contrário de qualquer clamp que possui uma área de contato maior com o selo do disco, o Molekula assenta no disco apenas nesses seis pontos, através das esferas, para transferência do torque, mas amortecendo eficientemente as ressonâncias e frequências prejudiciais causadas por todo tipo de contato e atrito mecânico, que ocorre na leitura do disco.

Segundo o fabricante, o seu clamp pode ser usado com qualquer tapete do mercado, com os mesmo benefícios. E ainda segundo a Hexmat, as melhorias são similares às dos seus tapetes: dinâmica aprimorada, maior inteligibilidade em todo o espectro audível, um som muito mais relaxado e uniforme, e precisão inigualável na resposta de transientes.

E lá fomos nós fazer a avaliação do Molekula. Eu e o nosso colaborador internacional, Tarso Calixto – leia o Segunda Opinião na sequência.

Para o teste utilizei nosso setup analógico de referência, com os dois tapetes da Hexmat, mais o tapete da Origin Live e o de feltro antiestático. E, claro, fiz a comparação diretamente com o nosso clamp de referência Gravity One.

Com o tapete de feltro antiestático, as diferenças entre os clamps existiram, porém não foram tão evidentes. Diria que o que torna o Molekula mais adequado e eficiente é na recuperação da microdinâmica, e na organização dos planos em passagens com enorme quantidade de informação (com muitos instrumentos). Mas em termos de equilíbrio tonal, apresentação de texturas e transientes, seria uma questão de gosto a escolha de um ou outro.

Com o tapete da Origin Live, imaginei que o resultado seria inteiramente favorável ao Gravity One – e, pasmem, não foi! Aqui as diferenças em alguns quesitos (com gravações tecnicamente mais limitadas), penderam claramente para o Molekula. Tornando a música mais fluida, orgânica e prazerosa de se acompanhar. Isso graças ao grau de descongestionamento alcançado pelo Molekula, com o tapete da Origin Live – as qualidades inerentes aos produtos da Hexmat ficaram bem mais evidentes e audíveis aqui.

E com os dois tapetes da Hexmat, as diferenças só aumentaram vertiginosamente. Com todos os quesitos da Metodologia audivelmente melhores. O equilíbrio tonal ganhou maior extensão em ambas as pontas, os médios maior transparência e organicidade, o soundstage foi aprimorado em termos de planos e largura e profundidade, se ampliou o silêncio de fundo em volta dos instrumentos solistas, vieram texturas muito mais precisas e um grau de intencionalidade que foi como se tivéssemos trocado de cápsula e não de clamp! Transientes assustadoramente mais incisivos e precisos, e micro e macro totalmente descongestionados!

E o Gravity One, se beneficia ou não do uso dos tapetes da Hexmat? Sim amigo, se beneficia e muito, e pode ser uma opção muito interessante, desde que você o tenha (como eu e como o Tarso), e opte por primeiro adquirir o tapete da Hexmat (esse no meu modo de ver obrigatório). Mas não tenham a ilusão que seja o mesmo resultado que fazer o upgrade para o Molekula, pois não é.

Todo conjunto Hexmat no toca-discos é a opção mais sensata e o upgrade mais seguro e barato que se pode fazer.

Afirmo que será como trocar de cápsula ou de pré de phono, para que o amigo leitor tenha uma ideia do impacto positivo que foi conhecer esses acessórios.

Se desejas extrair o sumo do sumo de seu analógico sem gastar uma fortuna com um upgrade de cápsulas, braços e prés de phono, o caminho é esse!

AVMAG #284
Hexmat

info@hexmat.net
www.hexmat.net
€ 120

TAPETE PARA TOCA-DISCOS YELLOW BIRD DA HEXMAT

Fernando Andrette

Confesso que nunca me interessei com afinco a tapetes de prato de toca discos, como me debrucei e investi tempo e dinheiro atrás de bons clamps.

Claro que tive tapetes distintos de borracha (geralmente os originais que vieram nos toca discos da Thorens), cortiça (nas experimentações feitas por amigos), feltro e, que eu me lembre, o mais recente foi o tapete da Origin Live que veio no toca-discos.

Até o nosso colaborador internacional, Tarso Calixto, me ligar e perguntar se eu teria interesse em testar os tapetes do sr. Zsolt Fajt, empresário de Budapeste que desenvolveu dois modelos de tapetes ‘revolucionários’, e que ele havia lido dois excelentes reviews a respeito dos benefícios dos mesmos colocados em bons toca-discos. Como o Tarso é um apaixonado por analógico, achei que deveria seguir sua dica e entrar em contato com a Hexmat, e solicitar o envio para teste de ambos os tapetes.

O que não esperava era estar no lugar certo e na hora apropriada, e junto com os dois tapetes a Hexmat nos enviou gentilmente seu primeiro clamp, que recebeu o interessante nome de Molekula (leia teste 5 na edição 284), e sua régua de ajuste de VTA-Azimuth e ONP que em breve será utilizada pelo nosso colaborador para o ajuste da cápsula ZYX Ultimate Astro, que está chegando para teste. E aí certamente pedirei ao Maltese que nos dê seu parecer sobre sua eficiência e precisão de ajustes tão determinantes para extrairmos o máximo de um setup analógico.

Mas, agora, voltemos ao tapete ‘Pássaro Amarelo’ (que sugestivo nome). Porém antes queria compartilhar com vocês um pouco da interessante trajetória de Zsolt Fajt, que nos conta que foi, como muitos de nós, influenciado pelo profundo conhecimento e amor do seu pai por sistemas de áudio de alta-fidelidade. Essa motivação levou-o a estudar engenharia, e acabou por escolher se tornar um engenheiro de gravação em Budapeste, possuindo na atualidade seu estúdio de gravação e mixagem.

Ele nos conta que, há cerca de 25 anos, comprou seu primeiro toca-discos, um Thorens TD 320 MkII, e começou a estudar como o toca disco se comportava em cada um de seus upgrades com braços e cápsulas. E lhe chamou atenção como os assobios dos sons eram gravados com ‘SH’, ‘S’, ‘TZ’, ‘CH’, variações na reprodução dos graves, instabilidade no foco e recorte do espaço, tolerância a baixo volume com frequências sumindo, e começou a desconfiar que alguns fenômenos não poderiam ser o conjunto braço/cápsula.

E, como engenheiro de gravação, ele sabia que existem regras que, quando seguidas ‘religiosamente’, permitem que o som seja estável também no disco analógico, o que o deixou ainda mais intrigado com os efeitos que escutava, independente da qualidade de gravação. Ele começou por estudar as vibrações geradas na sala de audição, com o aumento do volume em suas audições e, como essas vibrações passam por portas e janelas e toda essa energia volta em ondas para o próprio toca-discos, ao sair na velocidade do som, voltando com algum microssegundo de atraso, e se manifesta como distorção de fase, e que aumenta na mesma proporção que se aumenta o volume.

Consequentemente, o rastreamento da agulha fica mais impreciso no sulco do disco. Teoricamente, a regra utilizada é: à medida que o peso aumente, as vibrações do dispositivo são melhor absorvidas quando ouvimos música em nossos sistemas e por tanto a solução é utilizarmos plataformas pesadas, com pratos pesando quilos e mais quilos, como se precisássemos, para contornar os problema de vibração, grudar o disco no prato.

Porém, para Zsolt Fajt, essa abordagem estava equivocada e levando a deixar a reprodução analógica cada vez mais analítica e menos musical. E ele nos conta que, a partir desse insight, percebeu que deveria trilhar um caminho oposto ao que todos seguiam. E ele começou a abordar o problema tentando diminuir o tamanho da superfície, se aproximando ao máximo do contato zero entre o disco e o prato.

A superfície de um prato, em contato direto com um LP, é de vários decímetros quadrados, mas com o seu tapete Hexmat esta superfície é próxima de zero, chegando a apenas 1-2 milímetros quadrados, deixando o LP quase que flutuando sobre o prato.

Mas faltava resolver uma outra questão: descobrir o material ideal de toda estrutura do tapete, para isolar as vibrações prejudiciais que voltam ao braço/cápsula e prato. O tapete isolador Hexmat (ambos os modelos), isolam essas vibrações, gerando total transferência de potência entre prato e disco, utilizando amortecimento colocado estrategicamente no tapete. O isolador em forma de pequenas esferas é um mecanismo de fixação, que separa o disco da massa do prato e permite que o vinil flua livre de qualquer vibração.

O resultado, segundo o fabricante, é um som mais preciso, transientes mais corretos, notas mais definidas e claras, mostrando detalhes das gravações até antes distorcidos ou mascarados.

Ainda, segundo o fabricante, medições instrumentais provam a eficiência do tapete/isolador melhorando em +0,2dB em média o controle do volume (relação sinal/ruido que sempre é muito mais crítica no analógico). Com isso também a dinâmica é favorecida.

Seus últimos quatro anos foram no aperfeiçoamento dos dois tapetes/isoladores e, agora, no recém lançado clamp. O tapete/isolador mais sofisticado, o Eclipse, publicarei minhas impressões junto com o segunda opinião do Tarso, na edição 285.

Antes de descrever minhas impressões, gostaria de finalizar a ‘odisseia’ do sr. Zsolt Fajt, contando que ele construiu mais de 100 protótipos, com as mais incríveis e malucas composições de materiais, como: polímeros, madeiras estabilizadas, árvores tropicais, metais industriais, cerâmica, ouro, prata, cristais, pedras e revestimento diversos. E descobriu, antes de chegar ao material utilizado (e guardado a sete chaves), que a combinação de materiais tem um impacto dramático no som e, por isso, ele almeja no futuro lançar versões dos tapetes com materiais distintos, considerando essa primeira leva serem tapetes/isoladores de nível básico, para mostrar ao mundo que sua forma de abordar o problema das vibrações não está de maneira nenhuma errada – pelo contrário!

Assim que recebi os produtos, montei uma estratégia para entender e comparar o produto. Então peguei o ‘Pássaro Amarelo’, que é o mais barato, e o comparei com dois tapetes que tenho e utilizo: um de feltro antiestático, e o original da Origin Live que também é comercializado isoladamente e muito bem cotado no mercado, com benefícios citados em diversos fóruns internacionais.

E usei, nessa primeira fase de teste, para conhecer o tapete, apenas o clamp da Origin Live, já testado por mim na revista, e que desbancou meu Stillpoints, que foi meu clamp oficial por mais de uma década!

Escolhi dez LPs, e iniciei o teste. Felizmente a altura do tapete foi compatível com o dos outros dois tapetes, então não precisei reajustar o VTA, pois se precisasse seria um parto fazer o teste A x B. Assim que ouvi o primeiro LP, do grupo Shakti, tanto a voz dos percussionistas na primeira faixa, marcando a divisão das tablas, e a entrada das mesmas, já mostrou uma diferença considerável em termos de precisão, velocidade e componente harmônico. Permitindo um acompanhamento dessa introdução de maneira muito mais confortável.

Percebi ali que seria divertido o teste, e enviei uma mensagem para o nosso colaborador Christian Pruks, e perguntei se ele não gostaria de fazer uma Segunda Opinião em seu setup analógico – que é muito mais simples que o meu – e vermos se as mesmas melhorias ocorreriam em um setup mais modesto.

Ele topou na hora!

As melhorias não são apenas pontuais – ao contrário: com o maior grau de inteligibilidade, com o descongestionamento alcançado, a música flui com maior precisão e folga. Este tapete/isolador faz literalmente uma ‘descompressão’ do que estava submerso em todas as gravações, isso pode ser bom e ruim (se tecnicamente a gravação for de baixa qualidade), mas depois de experimentar seu efeito nas medianas, boas e ótimas gravações, desculpe, mas não tem como voltar atrás.

O tapete antiestático de feltro não sobreviveu ao primeiro LP utilizado para o teste. O da Origin Live chegou ao terceiro round, até colocarmos as gravações mais complexas, como Sagração da Primavera de Stravinsky, ou a Sinfonia Fantástica de Berlioz.

Como brinco faz anos, com vocês leitores, foi o ‘Massacre da Serra Elétrica’ em gravações como esses dois exemplos – a sensação que nos passa é que a organização do acontecimento musical se ajusta de maneira que ouvimos mais extensão nas duas pontas, o foco e recorte dos solistas ganham aquele importante silêncio de fundo à sua volta, e o corpo dos naipes dos instrumentos se tornam sólidos em seus planos e muito mais verossímeis.

Os benefícios foram tão consistentes, que foi nesse momento que resolvi ver se seria possível extrair ainda mais deste tapete, trocando o clamp da Origin Live pelo Molekula da Hexmat. Aí a coisa se complicou de vez, tanto para os meus dois tapetes de referência, quanto para o meu clamp Origin Live (mas deixo os detalhes para o Teste 5, OK?).

CONCLUSÃO

Meu amigo, se você tem um bom toca-discos e deseja extrair o sumo de seu setup, sugiro que ouça os acessórios Hexmat. Eles não são apenas acessórios que pontualmente entrarão em seu sistema para lapidar um detalhe que falta. Eles são upgrades consistentes e valem tanto como fazer um upgrade caro na sua cápsula, braço ou pré de phono.

Altamente recomendado!

Um produto Estado da Arte sem dúvida alguma, e que estará entre os melhores de 2022!

Espero que algum distribuidor, ao ler esse teste, se anime em distribuir o produto no Brasil.

AVMAG #284
Hexmat

info@hexmat.net
www.hexmat.net
€ 150

TAPETE PARA TOCA DISCOS ECLIPSE DA HEXMAT

Fernando Andrette

Se você tem preguiça de ler, dessa vez não haverá alternativa meu amigo.

Pois para você entender a ‘magnitude’ do resultado do tapete Eclipse da Hexmat, você terá que ler o teste publicado na edição 284 do tapete Yellow Bird, escrito a quatro mãos, e também do clamp Molekula, para compreender a ‘revolução’ que o sr Zsolt Fajt conseguiu com o seu conceito de desacoplamento do LP do prato do toca-discos!

Sem compreender o que está por trás dessa inovadora ideia, que vai na contramão de tudo que você e eu imaginávamos ser ‘consenso’ em termos de tapetes e clamps, não será possível acompanhar a descrição do que eu, e o nosso colaborador Tarso Calixto, ouvimos ao colocar o tapete Eclipse em nossos setups analógicos.

Pois se já havíamos ficado impressionados com as melhorias do Yellow Bird, o nível de performance no uso do Eclipse foi ainda mais contundente!

Segundo o fabricante, a superfície de contato deste novo tapete foi reduzida ainda mais entre o corpo do tapete e as esferas, para um controle ainda melhor de vibrações. Consequentemente, os planos de fundo (na microdinâmica e planos), são ainda mais transparentes que no Yellow Bird.

As esferas utilizadas no tapete Eclipse têm 15,3 mm de diâmetro, e são mais sofisticadas que as usadas no Yellow Bird. A espessura do tapete Eclipse é de 3 mm. O corpo do tapete é uma mistura de polímeros, extrudados de 2 mm, desenvolvido para aumentar drasticamente o coeficiente de amortecimento. Segundo o fabricante, essa mistura é proprietária da marca.

Após um longo processo de limpeza e polimento, as esferas são montadas manualmente nos orifícios com uma ferramenta projetada especificamente para esse processo.

O tapete vem embalado em um estojo para sua total proteção e transporte. Então não jogue fora essa embalagem, pois algum dia fatalmente será preciso transportar ou guardar o tapete.

Para sua manutenção, o fabricante aconselha o uso de um pano macio e úmido, para limpar, sempre com movimentos suaves.

Uma dúvida que alguns leitores levantaram em relação ao tapete Yellow Bird, é se necessariamente o único clamp a ser utilizado é o Molekula? Não, você pode usar até clamps pesados se desejar, mas aviso que o resultado será sempre inferior ao uso do Molekula.

Mas você pode usar qualquer clamp que tiver à mão, ou apreciar!

No teste do Eclipse utilizamos o mesmo setup do Yellow Bird, pois infelizmente a cápsula ZYX Ultimate Astro G, sofreu um atraso na produção e não chegou a tempo. Mas quando eu publicar o teste da ZYX, se houver algo de relevante em relação ao tapete e o clamp, certamente comentarei.

Novamente, para o teste do Eclipse, usamos os seguintes tapetes: o original da Origin Live, um de feltro antiestático, e o Yellow Bird. Os clamps foram: o Origin Live e o Hexmat Molekula.

A maior diferença em relação ao Yellow Bird é em relação à recuperação de detalhes, que é ainda mais impressionante. Mas ouvindo as mesmas gravações por diversas vezes, à medida que nos acostumamos com a maior inteligibilidade da microdinâmica e sua apresentação, pudemos observar que em gravações de maior qualidade técnica havia algo a mais em termos de apresentação de extensão, decaimento e ambiência.

E o equilíbrio tonal de todas as gravações se tornou ainda melhor. Consequentemente as texturas também foram favorecidas.

A sensação é que com o Eclipse, e o clamp Molekula, tudo fica mais uniformemente resolvido, seja em termos de planos, folga e conforto auditivo. Para ter certeza que de fato esse era o maior diferencial, fui buscar gravações de música instrumental brasileira dos anos oitenta, muitas tecnicamente limitadas, mas de altíssimo valor artístico, que provaram que a sensação de maior conforto auditivo era um fato irrefutável e totalmente audível.

Ouvindo com os outros tapetes (mesmo o Yellow Bird), as deficiências técnicas ainda sobressaíram, fazendo com que a atenção e acompanhamento fossem necessárias, para abstrairmos os defeitos e ouvir a música.

Discos do pianista Luiz Eça, do guitarrista Hélio Delmiro, que estão comigo há mais de quatro décadas, e sempre os escutei, independente do nível do meu setup analógico, ganharam finalmente um ‘alento’ com o tapete Eclipse, pois ele amenizou as deficiências técnicas o suficiente para eu poder apreciar apenas a música!

Animado fui buscar gravações do início do selo GRP e da ECM, muito mais bem gravadas, e descobrir o que o tapete Eclipse nos ‘revelaria’! Só posso dizer que foi um misto de surpresa e enorme alegria em ouvir gravações que conheço nota por nota, e ter a sensação que estava ouvindo uma ‘remasterização’ feita com esmero e sem acrescentar nada ao original. Literalmente a sensação foi de se tirar uma névoa das gravações e deixá-las ali para serem apreciadas, com seus detalhes audivelmente mais presentes!

Se o uso do tapete Yellow Bird é semelhante a realizar um upgrade seguro, como subir um ou dois degraus na escolha de uma nova cápsula, o Eclipse é como realizar um salto significativo (daqueles que tanto desejamos e que financeiramente é sempre um entrave), para o topo final!

Pois o que o Eclipse proporciona a um excelente setup analógico, é fazer esse sistema extrair dos sulcos todas as informações existentes, sem colorir ou alterar o que foi captado, mixado e masterizado! Pois comparado aos tapetes que tenho, no mesmo setup, nenhum extraiu tanta informação e organizou tão plenamente o acontecimento musical como o Eclipse!

Para os amigos que ouviram, todos foram unânimes em concordar que o resultado se parece muito mais com um upgrade de cápsula, braço ou pré de phono, do que com a mudança de um tapete apenas!

E esse resultado é ‘potencializado’ com o uso do clamp Hexmat Molekula!

Então, meu amigo, se deseja extrair toda a beleza de seus discos, pense seriamente se não é mais interessante e menos dispendioso realizar primeiro esse upgrade, antes de trocar sua cápsula, braço ou pré de phono. Pois financeiramente é muito mais vantajoso, creia!

CONCLUSÃO

É impossível ficar sem este tapete Eclipse e o clamp Molekula, pois o resultado foi muito acima de qualquer acessório concorrente que tive ou testei. E olhe que estou faz tempo nessa estrada analógica.

E garanto, aos que nos leem, que em termos de acessórios jamais ouvi nada similar ao que essa dupla faz!

Certamente será Produto do Ano, receberá o Selo do Editor e recomendação do mais indicado acessório para sistemas analógicos definitivos!

Trata-se sem dúvida de um Estado da Arte de nível Superlativo!

AVMAG #285
Hexmat

info@hexmat.net
www.hexmat.net
€ 280

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