AUDIOFONE – Editorial: SERÁ O FIM DO BLUETOOTH?

Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br

Agora que finalmente os fones Bluetooth começam a dar sinais de ‘maturidade’ tecnológica, estará ele com seus dias contados? Se depender da descoberta de dois pesquisadores da Universidade de Sussex, no Reino Unido, sim! Robert Prance e Daniel Roggen, apresentaram na última semana de novembro uma tecnologia mais eficiente em termos energéticos e com melhor qualidade para a transmissão de dados. E essa descoberta visa substituir o Bluetooth, por ser uma maneira mais efetiva de conectar dispositivos e melhorar substancialmente a vida útil da bateria. Essa revolução tecnológica tem como base ondas elétricas em vez de ondas eletromagnéticas, criando uma forma de transmissão de dados de baixa potência a curtas distâncias, sem perder alto rendimento e qualidade na transmissão de sinal para todos os tipos de aplicações multimídia. E como o Bluetooth, 5G e Wi-Fi são baseados em modulação eletromagnética, serão as primeiras tecnologias a serem substituídas pela modulação de campo elétrico. Segundo os dois pesquisadores, as vantagens são significativas pois, segundo eles: “Poderemos melhorar a vida útil de qualquer tecnologia que utilize transmissão por modulação de campo magnético, tornando nossas vidas muito mais eficientes, abrindo novas oportunidades de dispositivos para que nossas casas fiquem ainda mais inteligentes”. Eles comprovaram que a modulação de campo elétrico oferece maior segurança e eficiência ao conectar diversos equipamentos, e com maior eficiência para transmitir música para fones de ouvido, atender chamadas, usar rastreadores de fitness ou interagir com qualquer dispositivo doméstico. Será possível criar pulseiras personalizadas com essa nova tecnologia, permitindo que com um simples gesto de aperto de mãos, passar números telefônicos ou mensagens de texto. E até mesmo abrir maçanetas de portas e janelas. Outra vantagem, segundo os pesquisadores que apresentaram a nova tecnologia, é que sua implementação é toda de baixo custo, o que significa poder ser implementada de forma rápida e em curto espaço de tempo. Pois quando for produzido em alta escala, um único chip irá custar alguns centavos de dólares por dispositivo! Sendo esse único dispositivo o comando central de todos os equipamentos eletrificados do ambiente! O impacto dessa descoberta já chamou a atenção de grandes investidores e da indústria de tecnologia de ponta. O próximo passo será miniaturizar o chip para começar a ser imediatamente implementado em futuros dispositivos pessoais.

Qual fabricante de fones será o precursor a lançar um produto com transmissão de sinal por ondas elétricas?

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