Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br
Interagir com leitores na faixa de 18 a 25 anos tem sido uma das experiências mais educativas que a Audiofone tem me proporcionado. Eles são curtos e diretos, não deixando margem alguma para extrair informações adicionais na troca de mensagens. Demorei para entender que nesses casos, o que eles esperam é apenas resposta objetiva a sua dúvida, sem nenhum interesse em estender essa conversa para outros temas. Agora que entendi, criei uma pasta em que anoto as dúvidas mais pertinentes e começarei a usar nossos Editoriais para responder coletivamente. Essa, no topo, é sem dúvida a pergunta mais recorrente que recebemos nos últimos meses. Suponho que essas dúvidas estejam surgindo pela nossa ‘insistência’ em alertá-los sobre os riscos de exposição diária por longos períodos a volumes excessivos em fones de baixa qualidade. Começarei respondendo que não existe o ‘Fone Perfeito’, e sim o que irá atender a grande parte de nossas necessidades e expectativas. E o mais interessante é que os fabricantes de renome têm investido muito em tecnologia, ergonomia, conforto e performance. Hoje é possível se comprar bons fones a partir de 400 reais! Algo inimaginável cinco anos atrás! Então, escolher o fone ‘ideal’ para o seu orçamento só exigirá: paciência em pesquisar e buscar informações precisas sobre os fones escolhidos na faixa de preço que você deseja investir. Eu costumo sempre dar a dica para, antes de decidirmos a compra, buscar ouvir o fone e jamais escolher sem ouvir pelo menos duas ou três opções similares. Outras informações importantes são: durabilidade no manuseio no dia a dia, se o fone possui um case de proteção que possa ser transportado, a ergonomia do fone, se ele se ajusta bem na sua cabeça, peso, e o essencial – como soa? Nesse quesito, você já sabe nossa opinião, nos leia esporadicamente ou sempre: o melhor fone será aquele que tem a melhor inteligibilidade com a menor fadiga auditiva e que permita ouvir todas as frequências sempre em volumes seguros! Então, ao chegar na loja ou pegar o fone emprestado do amigo, faça todas as avaliações que indicamos, mas redobre sua atenção a se a sua música fica ‘agradável’ em volumes seguros. Não necessitando passar do limite de segurança para se ouvir os graves, e se ao fazê-lo os agudos não se tornarão brilhantes e desagradáveis. São observações simples, mas que se aplicadas, permitirão escolher fones mais seguros, mais corretos tonalmente e que não colocarão sua audição em risco. Todos podemos fazer essa avaliação. Ninguém precisa ser um especialista em Percepção Auditiva, para aplicar essas regras.
Se você seguir todos esses passos, antes de definir o fone ‘ideal’ para o seu orçamento, garanto que você estará realizando a escolha certa e segura.
Vamos tentar?