Teste 2: CAIXAS ACÚSTICAS MOFI SOURCEPOINT 10

Espaço Aberto: O TÍMPANO ‘TURBINADO’ DA TELARC
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TESTE 3: CABO DIGITAL COAXIAL VIRTUAL REALITY LINHA ARGENTUM
outubro 6, 2023

Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br

Fico impressionado quando questiono os participantes do nível básico de nosso Curso de Percepção Auditiva, quantos respondem não saber por onde começar a montagem de um sistema hi-end.

E mais surpreso ainda ao perceber a cara de espanto, quando respondo que todo sistema hi-end deveria começar a ser escolhido pela caixa, antes de tudo!

E explico a razão, confirmando que será a caixa que dará a assinatura sônica final do sistema. E se não soubermos o que desejamos de uma caixa acústica, tampouco saberemos decifrar as peças que irão se encaixar melhor na montagem desse quebra-cabeça.

A caixa acústica para o audiófilo e o melômano, é como o instrumento musical para o músico!

E assim como um músico iniciante pode cometer erros na escolha de seu primeiro instrumento de estudo, o audiófilo/melômano também certamente o cometerá, se não souber exatamente o que precisa buscar em termos de sonoridade em uma caixa hi-end.

Sem querer assustar os nossos leitores que irão começar sua trajetória, o fato de ter tantas opções no mercado mais atrapalha do que ajuda o iniciante. Por isso que insisto com eles que é preciso ouvir todas as opções possíveis, com seus discos e sem nenhuma pressa. Seja em lojas, casas de amigos, eventos.

E se possível na sua própria sala com seu sistema. Pois são inúmeras variáveis que precisam ser levadas em conta, como: acústica da sala, compatibilidade com o sistema, gosto musical e se a assinatura sônica da caixa lhe agrada ou não.

Meu pai tinha uma frase ótima – para todos que pediam sua opinião sobre caixas acústicas, ele respondia: “esposa e caixas acústicas, de nada serve a opinião dos amigos”.

E se na época eu achava graça de como ele saia pela ‘tangente’, para não ter essa responsabilidade sobre os ombros, hoje eu acho que ele realmente tinha razão.

Pois percebo em minhas consultorias o quanto os leitores têm dificuldade em descrever o que eles esperam de uma caixa acústica. Podem falar em detalhes o que desejam da eletrônica, dos recursos que o sistema oferece, design da eletrônica e mobilidade. Porém, descrever o que esperam em termos de sonoridade das caixas é um problema. Podem descrever em detalhes o que agrada ou não em termos estéticos, mas traduzir em palavras suas expectativas sônicas se limita a afirmar se gosta de mais ou menos grave, de um palco sonoro grandioso, e os volumes em que apreciam suas músicas.

Raramente escuto de um leitor que o seu desejo é ter uma caixa com excelente equilíbrio tonal, com um caráter neutro, boa dinâmica, uma enorme ausência de fadiga auditiva e que esteja em harmonia com sua sala de audição.
Pedir a um iniciante que tenha todos esses cuidados é pedir demais, eu sei. Mas para audiófilos rodados que já passaram por inúmeros upgrades em sua trajetória, deveria ser mais comum. E, no entanto, não é.

O que insisto todos os meses nessas páginas é que caixas, com todos os atributos descritos acima, irão durar por vários upgrades na eletrônica, cabos e ajustes acústicos, antes de se tornarem obsoletas.

Então redobrar a atenção na escolha de uma caixa acústica, não só trará benefícios sonoros, como também às nossas finanças, e nos permitirá ir fazendo os ajustes finos necessários em torno do componente que dá o ‘caráter’ sonoro final de nosso sistema.

O que é mais empolgante nesse processo, é o fato das caixas terem evoluído tanto nos anos recentes, que agora temos opções excelentes em várias faixas de preço. Basta uma consulta às três últimas edições Melhores do Ano, para constatar esse fato.

E isso é animador, meu amigo, pois permite que todos dentro de seus orçamentos busquem a melhor solução para o seu sistema.

Mas, e quando temos quebra de paradigmas tanto em termos de tecnologia como de performance, como devemos divulgar esses avanços? Como faremos agora no teste da MoFi SourcePoint 10. Então sente, coloque uma boa música e relaxe, pois temos novidades bastante interessantes para compartilhar!

Antes de falar do produto, preciso falar do homem por de trás do produto, pois ainda que seja um projetista bastante conhecido e respeitado, não falar de sua importância no mercado de caixas hi-end, seria uma enorme injustiça. Estamos falando de Andrew Jones, o veterano projetista inglês que, por onde trabalhou deixou sua marca com caixas que se tornaram referências, e deram uma enorme dor de cabeça para a concorrência. Na KEF, Infinity, TAD, Pioneer, Elac e, agora, na Mobile Fidelity.

Nós testamos os dois modelos que Andrew projetou para a Pioneer, e cinco modelos lançados pela Elac, e lembro muito bem da ‘desconfiança’ que causou a chamada de capa da coluna da Pioneer na edição 231, em que escrevi: ‘Sim: Uma caixa hi-end com preço de mid-fi’. O que importa é que dezenas de leitores e amigos compraram, e estão felizes ainda hoje com o produto!

A linha Debut da Elac, ainda que tenha causado uma desconfiança menor, também foi motivo de muita discussão em inúmeros fóruns pelo mundo.

O que eu admiro no Andrew Jones, é sua capacidade de aceitar desafios de qualquer ordem e encontrar soluções dentro do orçamento proposto, que resultam em produtos altamente corretos dentro de sua faixa de preço!

As Pioneer (book e coluna) custando menos de 200 dólares, são as caixas corretas mais baratas que testamos nos 27 anos da revista. E ainda que tenham limitações, conseguem um grau de performance impressionante, que levou a concorrência a ter que correr atrás, para não ficar comendo poeira!

Com um orçamento mais flexível, ele produziu na Elac três séries excepcionais, e a de entrada a Debut, foi um novo salto na faixa acima de 200 dólares, com books tão bem ajustadas que são usadas como monitores de mixagem em muitos estúdios de gravação. Além de estar em centenas de salas de audiófilos e melômanos pelo mundo!

E as colunas Debut, com sua bela resposta nos graves, podem ser a caixa definitiva de muitos audiófilos que buscaram por anos um par estéreo nessa faixa para seus sistemas.

Casos de usuários satisfeitíssimos com essas caixas do Andrew Jones, no planeta, não faltam, amigo leitor.

Desde que Andrew Jones saiu da TAD, em que ele pode desenvolver caixas acima de 20 mil dólares, sua trajetória foi na direção oposta, de caixas de entrada. Então a pergunta que sempre ficou no ar, foi: quando ele novamente irá trabalhar com o nicho de maior fatia no segmento hi-end, o de 3 a 6 mil dólares?

Que cartas na manga ele terá para apresentar ao mercado?

E a resposta finalmente está sendo dada com dois modelos: a SourcePoint 10 e, agora, a 8, lançada em maio na feira de Munique. E pelos prêmios (a 8 acabou de receber o prêmio EISA) e os excelentes reviews de todas as mais renomadas publicações, temos a resposta da carta da manga de Andrew.

Quando um projetista bem sucedido nesse mercado acha uma fórmula bem ‘azeitada’, é de se imaginar que independente do próximo lançamento, ele mantenha essa fórmula. E as ‘sacadas’ que ele lançou nas séries desenvolvidas para a Elac, se mostraram tão promissoras, que era de se supor que ele manteria também nos primeiros lançamentos pela MoFi.

No entanto, Andrew mais uma vez inovou e nos trouxe uma caixa com um alto falante coaxial de 10 polegadas em que o falante de grave/médio tem um tweeter de 1,25 polegadas de domo macio no centro.

O gabinete segue o padrão vintage tão em moda, e que pelas suas proporções é difícil admitir que possa ser denominado de book, mas isso falaremos mais adiante.

Continuando a observar os detalhes, chama a atenção que o falante de 10 polegadas de cone de papel não utiliza borracha à sua volta, tendo um contorno ondulado que remete aos falantes dos anos cinquenta. Ser assim foi absolutamente pensado, pois Andrew precisava que um cone com esse diâmetro não tivesse muito movimento ao reproduzir baixas frequências.

Em inúmeras entrevistas após o lançamento, perguntaram a Andrew os motivos para essa escolha e design, e suas respostas sempre foram que todos os seus designs de projetos concêntricos eram caixas de três vias (com o tweeter no centro do falante de médio), e com esse seu primeiro projeto concêntrico de duas vias apenas, o falante de 10 polegadas não pode se mover muito. Pois com muito movimento a frente de onda do tweeter (reflexão) atrasada do cone causa interferência na resposta de frequência.

Por isso a necessidade de um driver de 10 polegadas, e não de 4.5 ou 5 polegadas que ele usou em seus projetos anteriores – pois com uma área muito maior é possível reduzir o movimento do cone pela metade.

O outro obstáculo a ser superado por essa escolha, era do falante de 10 polegadas começar a responder em 40 Hz e ir até 1600 Hz. Como combinar a dispersão mais ampla do tweeter?

E a sacada foi projetar o tweeter de baixa frequência de ressonância, para reduzir sua atuação até 1.6kHz, e ter uma passagem limpa e sem sobreposição de frequências nessa faixa tão crítica.

E como o cone do falante de 10 polegadas funciona como um guia de ondas, é preciso projetar esse cone em 3D para ver quais seriam as características de diretividade e estudar os diversos materiais para ele.

O papel, depois de diversos estudos com inúmeros materiais, se mostrou o mais eficaz e correto. Pois para Andrew, o cone de papel não sofreu deformação com baixas frequências, respondendo linearmente até 3kHz.

Resolvido a questão do falante de grave/médios, Andrew e sua equipe se debruçaram no projeto do tweeter. Tentaram diversos tweeters de mercado, e nenhum se encaixou como deveria. A única coisa que ele queria era que o diâmetro fosse maior que 1 polegada, para uma dispersão mais homogênea e uma capacidade de resposta extra abaixo de 1.8kHz (que é a faixa que muitos tweeters estão ainda começando a operar).

Sua obstinação por um tweeter maior que 1 polegada se mostrou correta. Aí partiu-se para o passo mais complicado: desenvolver o campo concêntrico e estabilizar esse campo de modo que o sinal em todo o espectro audível da caixa tivesse o limite mais ampliado possível, para a quantidade de energia magnética que você precisa para uma resposta linear do tweeter até acima de 20kHz.

A solução foi criar uma estrutura onde os imãs do woofer e do tweeter somassem o campo magnético um do outro, resultando em uma densidade de fluxo maior do que qualquer falante alcança individualmente.

À princípio, Andrew batizou essa sua ideia inovadora de ‘estrutura magnética composta’, mas a direção da MoFi sugeriu por Twin Drive.

Os leitores veteranos devem estar se perguntando, que diabos tem de novidade se inúmeros outros fabricantes também fazem a décadas falantes concêntricos?

O resultado meu amigo. O pulo do gato certamente está em dois pontos: os falantes e suas características e a solução dos imãs para um único campo magnético, pois isso na prática resultou em uma melhora substancial na diminuição da distorção dos falantes, o que em termos sonoros resultou em uma apresentação de microdinâmica assustadora!

Suas dimensões estão mais para uma JBL L100 Classic do que para uma Harbeth LS7 DX.

E para se extrair toda sua beleza em termos de soundstage é essencial, ou melhor: obrigatório o uso de seu pedestal.
Pesando mais de 20 Kg, sugiro ajuda ou muito cuidado ao colocá-la no seu pedestal. E sugiro que se teste tanto ela em pé, como deitada, para ver qual imagem em termos de planos mais se adequa a acústica da sala. As mudanças podem parecer sutis, mas em termos de altura são bastante relevantes.

Para o teste utilizamos os seguintes equipamentos. Amplificadores integrados: V8 Aniversário, Gold Note IS-1000 e Line Magnetic LM-805IA (ler teste na edição de agosto de 2023). Powers: Elipson A2700, Gold Note PA-10 , Mark Levinson Nº5302 e Nagra HD. Prés de linha: Mark Levinson Nº5206 (leia Teste 1 nesta edição), Nagra Classic, e Elipson P1. Fontes analógicas: toca-discos MoFi StudioDeck +M (leia teste edição de outubro), Pro-ject X8, e Origin Live
Sovereign. Fontes digitais: streamer Innuos ZENmini Mk3, DAC Merason DAC 1 Mk2, e Nagra TUBE DAC. Transporte CD: Nagra. Cabos de caixa: Virtual Reality Trançado, Dynamique Apex.

Se você não possui uma sala maior que 20 metros, minha sugestão é que ouça a versão 8, pois a versão 10 é para salas acima de 20 metros quadrados. Na nossa sala, com 50m, ela tocou sem nenhuma necessidade de um subwoofer.

Mas é uma ‘book’ que precisa de respiro em relação às paredes, principalmente às suas costas. Pouco toe-in, diria que o mínimo apenas (a não ser que esteja a menos de 20 cm das paredes laterais. Distância mínima da parede atrás das caixas de 1 metro, e entre as caixas de pelo menos 2.50m.

Aqui ela trabalhou melhor em pé, pois deitada parecia que todos os músicos e cantores estavam sempre sentados.
Seu foco, recorte e planos são impressionantes desde o primeiro minuto, mas ela precisa de rodagem para soltar os graves e melhorar a extensão nos agudos. De resto, você pode sentar e ouvir desde o início, pois ela já irá colocar todos seus atributos na mesa.

Prepare-se, pois você irá descobrir detalhes nas gravações que você jamais escutou em caixa alguma! Não estou blefando! Todos que já a adquiriram aqui no Brasil, já relataram esse feito! Isso é certamente consequência da diminuição de distorção dos falantes.

Não consigo imaginar um engenheiro de gravação, depois de trabalhar uma tarde com esses monitores, abrir mão dessa ferramenta. Assim como melômanos e audiófilos, que desejam ‘destrinchar’ suas gravações, voltarem a seus sonofletores anteriores após uma audição em condições corretas com a SourcePoint 10.

Todos que ouviram excelentes caixas concêntricas sempre falam do prazer de perceber a posição exata de cada instrumento no imaginário palco sonoro. Porém muitos reclamam que muitos projetos concêntricos têm dificuldade de manter o foco e recorte quando a música tem muitos instrumentos soando na mesma frequência.

Na MoFi isso não ocorre: passamos gravações encardidas, complexas, com enorme variação dinâmica e de tempo, e sua conduta foi simplesmente exemplar!

Outra queixa de muitos que entendem o quesito sonoro, é que falantes concêntricos tendem a deixar os instrumentos agudos como flautim, trompete, violino, com um tamanho reduzido ao de um triângulo. Novamente, a SourcePoint 10 não comete esse deslize.

Depois de 200 horas de amaciamento, seu equilíbrio tonal é magnífico, e não há como ter fadiga auditiva mesmo em gravações que não sejam um primor técnico. Claro que erros grosseiros serão apresentados, mas não de forma que você não consiga escutar o disco.

Também no rosário de queixas em relação a falantes concêntricos está que são muito criteriosos com os volumes em variações dinâmicas muito intensas. A MoFi adora ser ‘cutucada’ – não haverá alteração de comportamento se a dinâmica exigir o melhor dela (desde que os volumes da gravação sejam respeitados, óbvio).

Os graves, depois de 200 horas, são exemplares – e só me lembro de ter uma resposta tão semelhante com a JBL L100 Classic. Nenhuma outra book desce com tanta autoridade e precisão. Deixando inúmeras colunas ruborizadas e encostadas na parede, literalmente.

A região média é tão ‘realista’, que vozes (que são as referências mais fáceis que todos temos de memória) levam alguns segundos para entendermos o que estamos ouvindo de ‘diferente’. É tão real, que podemos sem esforço detectar a técnica vocal de cada cantor ou cantora. É possível, por exemplo, observar quando o cantor mantém a nota no peito ou como ele modula para cantar em falsete a mesma nota. Ou entender como a voz, com os anos, vai sendo remodelada, como no caso da Ella Fitzgerald.

Ou no caso de instrumentos, ver a evolução técnica e de qualidade de instrumentação de virtuoses como Yo-yo Ma ou Wynton Marsalis, nos seus primeiros anos de carreira e na atualidade.

Pode, para muitos de vocês, parecer algo irrelevante, no entanto é importante lembrar que essas ‘qualidades’, até alguns anos atrás, eram descritas como recursos só existentes em caixas acima de 100 mil reais – e estamos falando de uma caixa que, com o pedestal, custa menos de 40 mil reais!

Os agudos da MoFi, ainda que não sejam os mais estendidos em comparação com essas referências de 100 mil reais, têm a capacidade de serem muito corretos, e nos proporcionarem sermos transportados para as salas de gravação sem nenhum esforço.

Suas texturas são inebriantes, e capazes de mostrar em detalhes intencionalidades que inúmeras outras caixas, passam ao largo. Tudo será exposto de maneira tão clara, que ficamos nos perguntando a razão da MoFi fazer essas ‘revelações’ de forma tão simples e natural. Para uma apresentação de intencionalidades nesse nível em book, a única outra caixa que ouvi foi na W5SE da Boenicke – que custa o dobro da SourcePoint 10.

Velocidade, precisão, tempo e ritmo, é a coisa mais simples para ela – faz com tanta desenvoltura que você irá querer ouvir muito mais melodias que tenham uma marcação de tempo e ritmo bem vincado. Pois ela nos faz querer acompanhar com o corpo o que estamos escutando.

E aí chegamos na pedra do sapato de qualquer book: macrodinâmica. Ouço um burburinho no fundo da sala, de alguns incomodados em classificar essa caixa com esse tamanho de book. Em minha defesa, só posso dizer que ela não é a primeira e nem será a última a causar essa dúvida. Mas se ela precisa de um pedestal para estar apta a dar seu melhor, não tenho como dar outra designação a ela.

Sua apresentação de macrodinâmica é tão surpreendente quanto a JBL L100 Classic!

Não precisa que o ouvinte se desespere em ter que baixar o volume nos últimos 5 minutos de Bolero de Ravel, ou nos fortíssimos do Pássaro de Fogo de Stravinsky. Se o volume for o correto desde o início, os sobressaltos virão no ‘gran finale’ com o impacto e deslocamento de ar da obra, e não de sustos com o volume clipando!

E a microdinâmica, essa é realmente a ‘cereja do bolo’ dessa book. Impressionante a recuperação de detalhes extraídos de gravações que, em quase todas as caixas, independente do preço, não reproduzem.

Quem possui a gravação Bach de The Goldberg Variations, do Glenn Gould (a de 1981), irá ficar paralisado com a quantidade de sussurros e grunhidos típicos desse virtuose, que simplesmente não se escuta em outras excelentes caixas. É tão impressionante que você consegue mentalmente ‘ver’ os sussurros mais distantes do teclado e dos mais próximos, e como sua modulação, ao cantar junto as notas, se altera progressivamente.

Em todas as gravações ao vivo de qualquer disco que ouvi nas SourcePoint 10, teve surpresas. E nos discos de estúdio, as ‘revelações’ são ainda mais impactantes, principalmente em passagens longas de temas em pianíssimo de naipes de cordas ou metais.
O corpo harmônico era minha maior dúvida, pois em toda caixa concêntrica que ouvi ou testei, a diminuição dos instrumentos na região aguda é realmente um problema. Andrew resolveu isso com maestria, pois ainda que os instrumentos possam soar menores que no real, em gravações analógicas (LP), que ainda são os melhores exemplos para esse quesito, o trompete, violino, flautim e sax soprano, soaram muito convincentes!

Com todos esses recursos e qualidades, materializar o acontecimento musical é a coisa mais ‘natural’ para a 10. Os músicos estarão à sua frente, e em muitas gravações de música clássica bem feita você será transportado para a sala de concerto!

CONCLUSÃO

É enriquecedor testar produtos tão relevantes, que mudam de patamar o atual estágio em que as books se encontram. O mesmo ocorre cada vez que testamos um novo integrado e vemos o quanto eles podem ser o substituto de um pré e power Estado da Arte.

É preciso entender que o mercado precisa evoluir, e encontrar soluções que atendam aos atuais e futuros audiófilos.
E o caminho é esse: dar a oportunidade de mais e mais consumidores, com uma book desse nível de performance com um integrado semelhante, ter um sistema definitivo mais minimalista, objetivo e impressionante!

Andrew Jones foi tão assertivo em sua nova proposta, que até os amantes de valvulados de baixa potência poderão ter uma caixa de boa sensibilidade para fazer par com seus amplificadores.

Altíssima compatibilidade com todos os amplificadores testados e, o mais importante: uma sonoridade cativante e integralmente convincente!

Que o mercado de caixas se inspire nas ideias de Andrew Jones, e tenhamos mais opções tão relevantes e com preços cada vez mais condizentes com a nova realidade mundial.

A caixa da MoFi é um nítido divisor de águas em termos de bookshelfs: ‘Antes da SourcePoint 10’ e ‘Depois da SourcePoint 10’!

Se você é daqueles leitores que não aceitam sequer a ideia de ouvir uma book, pois acham que elas jamais poderão superar uma coluna bem feita, crie coragem e escute a MoFi SourcePoint 10.

Conheço audiófilo que fez e reviu esse preconceito integralmente!

E hoje está a espalhar aos quatro cantos a magia que essa caixa possui!


PONTOS POSITIVOS

A melhor book já testada por nós.

PONTOS NEGATIVOS

Precisa do mínimo de 20 metros quadrados para ter respiro.


ESPECIFICAÇÕES

TipoBookshelf 2 vias com midwoofer de 10 polegadas concêntrico com tweeter de 1.25 polegadas de domo de tecido
Resposta de frequência42Hz a 30kHz
Impedância nominal8 Ohms (6.2 Ohms mínimo)
Sensibilidade91dB (2.83V/1m)
Frequência de crossover1.6kHz
Potência mínima recomendada30W
Potência máxima de pico200W
Dimensões (L x A x P)368 x 572 x 422 mm
Peso21kg cada
CAIXAS ACÚSTICAS MOFI SOURCEPOINT 10
Equilíbrio Tonal 12,0
Soundstage 12,0
Textura 12,0
Transientes 12,0
Dinâmica 11,0
Corpo Harmônico 12,0
Organicidade 12,0
Musicalidade 12,0
Total 95,0
VOCAL                    
ROCK, POP                    
JAZZ, BLUES                    
MÚSICA DE CÂMARA                    
SINFÔNICA                    
ESTADODAARTE



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comercial@germanaudio.com.br
(+1) 619 2436615
preço com pedestal: R$ 36.600

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