AUDIOFONE – Editorial: GRAVAÇÕES PARA A COMPRA DE UM FONE HI-END

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Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br

O leitor Carlos Zacuri solicitou uma gravação que o ajudasse a escolher seu fone hi-end definitivo. De preferência uma gravação de big band, pois ele é apaixonado pelas big bands dos anos sessenta (gosto que ele herdou de seu pai). Para ajudá-lo, fui ouvir uma dezena de CDs antes de buscar no Tidal para passar a ele. E, claro, ouvi todas as gravações nos meus dois fones de referência: Sennheiser HD 800 e o Grado SR325, e achei pelo menos meia dúzia que poderiam servir para o pretexto. Porém, sentia que faltava “aquela gravação”, que não deixasse dúvidas na avaliação dos quesitos mais importantes: equilíbrio tonal, transientes, textura, dinâmica e musicalidade! Teria que ser uma gravação em que o equilíbrio tonal não se alterasse em volume baixo ou mais alto. Que todas as frequências e a inteligibilidade fossem as mesmas em qualquer volume. Assim como as texturas e o tempo, precisão e ritmo (tão essenciais neste estilo musical). A dinâmica fosse, no volume seguro para fones, totalmente audível desde a micro até a macro da orquestra tocando no fortíssimo! E o conforto auditivo da gravação fosse exemplar! Com uma gravação dessas, com certeza sua escolha será muito mais segura e ele poderá perceber com muita facilidade as diferentes assinaturas sônicas de cada fone. Antes que você me pergunte, amigo leitor, se esta gravação existe, respondo com um sonoro: sim! Mais uma vez fui salvo por uma gravação da big band do trompetista Wynton Marsalis, a Jazz at Lincoln Center Orchestra com o cantor porto-riquenho Rubén Blades, em uma gravação ao vivo de 2018. O disco chama-se: Una Noche Con Rubén Blades! Já escrevi na seção Playlist à respeito da Lincoln Center Orchestra, e indiquei o disco em que a orquestra se apresentou em Cuba. São gravações com um nível técnico e artístico impressionantes, e podem ajudar não só na escolha de fones hi-end, como também no ajuste fino de qualquer sistema. As exigências para se extrair o máximo dessas gravações são grandes, e não dá para sair pela “tangente”, culpando a gravação se não soar bem no seu fone ou sistema. Espero que o leitor Carlos Zacuri goste da dica, e este disco o ajude a comprar seu fone hi-end definitivo. Uma última dica à ele e à qualquer um dos nossos leitores que deseje usar essa gravação: comece
ouvindo em volumes moderados. Se for possível ouvir perfeitamente a cozinha (baixo, bateria e percussão) como “cama” da orquestra, sem nenhuma dificuldade, pode aumentar o volume um pouco mais. Não há nenhum instrumento que espirre ou endureça em nenhum momento. Se você perceber que a flauta, o trompete ou a última oitava da mão direita do pianista endureceu, esqueça este fone, pois o equilíbrio tonal não é bom. E a região média precisa ter total transparência, apresentando todo o naipe de metais e a voz de Rubén Blades sem nenhuma agressividade. Se o fone ou seu sistema passar no quesito equilíbrio tonal (tão crítico neste disco), você está no caminho certo. Boa sorte e depois nos conte qual foi o fone que você escolheu, OK?

Espero que vocês apreciem esta nova edição, e se cuidem por favor!

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