Teste 5: CABOS LIGHTING I RCA & LIGHTING II XLR DA VIRTUAL REALITY
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Teste 3: AMPLIFICADOR INTEGRADO LEBEN CS-300F
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Juan Lourenço
revista@clubedoaudio.com.br

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A Alpha AV trouxe para o Brasil mais um toca-discos de vinil da alemã Reloop. Em outras edições da revista, foram testados dois modelos muito bons, dentro de suas respectivas faixas de preço. Os reviews podem ser vistos nas edições 244 e 247 da revista.

O modelo em questão é o RP-2000 Mk2, um toca-discos direct-drive por quartzo, pensado para DJs iniciantes que queiram se aventurar na cena eletrônica ou em casa mesmo, além de nós meros apreciadores da primeira arte. Ele possui visual clássico, um pré de phono interno que pode ser desligado para o uso de um pré de phono externo, saída USB para utilizar em uma mesa eletrônica ou digitalizar suas músicas, e até utilizar em sample no futuro, e todos os cabos de alimentação.

O braço balanceado em forma de S possui levantamento hidráulico e ajuste de anti-skating. Não possui ajuste de altura da base do braço, porém vem com o ajuste para cápsulas Ortofon. O TD vem equipado com uma cápsula Ortofon OM Black com faixa de frequência de 20Hz a 22kHz, saída de 4mV com o logo da Reloop. Sim, a empresa alemã mantém uma excelente parceria com a maior fabricante de cápsulas do mundo, a Ortofon – ou seja, cápsulas é o que não vão faltar para fazer upgrades, principalmente com a facilidade e conveniência do headshell tipo baioneta SME, universal.

O chassi já consagrado pesa 6 kg, é robusto e vem evoluindo com o RP-2000 anterior e com outros modelos da marca que utilizam o mesmo gabinete, com pequenas modificações – mantendo-se praticamente inalterado interna e externamente, exceto pelo novo painel metálico preto profundo e botões metálicos de acionamento, e regulagem de velocidades 33 1/3 e 45 RPM. O prato continua o mesmo, fundido em alumínio e usinado com precisão. O motor DC de duas velocidades não utiliza escovas, o que evita dores de cabeça com manutenção. Os pés em borracha reduzem a vibração e fazem um bom desacoplamento da base do toca-discos com a prateleira em que estiver apoiado, isto se traduz em uma qualidade sonora superior, uma imagem de palco sonoro mais definida e um silêncio de fundo melhorando toda a apresentação musical.

Para o teste foram utilizados os seguintes equipamentos. Amplificador integrado: Sunrise Lab V8 MkIV Signature Special. Pré de phono: Sunrise Lab The PhonoStage II SE. Cabos: força, caixa e interconexão RCA da Sunrise Lab Premium e Reference Magic Scope. Caixa acústica: Dynaudio Evoke 30.

O RP-2000 Mk2 chegou lacrado e muito bem protegido em sua embalagem. Dentro dela vem o toca-discos com algumas partes separadas e protegidas individualmente. Gabinete, prato, contrapeso, cabos e acessórios estão acondicionado em isopor injetado. A cápsula está unida ao headshell, bastando rosquear ao braço, e pronto.

O único trabalho é o ajuste do contrapeso – para o que é preciso uma balança própria para toca-discos. O ajuste ficou em 2g, e o anti-skating em 1,6g.

Após o amaciamento de cerca de 40 horas, iniciamos os trabalhos com o disco Bozzio Levin Stevens, Black Light Syndrome, todo o lado B do disco 2. Gosto de começar por este disco por ser bastante complexo e exigir do toca-discos um bom compromisso do material e geometria do braço, e de sua fiação interna, além da interação com a cápsula. Como era de se esperar, a Reloop mantém seu histórico intacto com um ótimo compromisso entre braço e cápsula. Bom equilíbrio tonal e conforto auditivo é quase uma regra para o vinil, é preciso ser um projeto propositadamente mal-feito para que um toca-discos de vinil não tenha estas características acentuadas – ter tudo isso e uma ótima extensão nos dois extremos e timbres muito bonitos.

Seguindo em frente, passamos para Patricia Barber, Café Blue, que mantém a performance do RP-2000 Mk2 em bom nível com um contrabaixo desembolado e agudos com boa limpeza e arejamento. O conjunto braço e cápsula formam uma dupla bastante sinérgica. Pode parecer óbvio, mas não é. Algumas marcas consagradas se descuidam deste detalhe quando se fala em toca-discos de entrada e insistem em cápsulas que não possuem boa sinergia com seus braços, o que se traduz em um sistema que o usuário utilizará poucas vezes. Neste ponto, a Reloop faz direitinho o seu dever de casa.

CONCLUSÃO

A Reloop parece dar muita importância para os materiais empregados em seus projetos, e à sinergia entre eles, e com uma cápsula reconhecidamente amigável – como são as Ortofon. Não dão chance para o azar, revisando de tempos em tempos seus produtos de forma sistemática. A prova disto é o RP-2000 Mk2, que está melhor que o anterior, mantendo a sonoridade intacta.


PONTOS POSITIVOS

Excelente casamento entre braço e cápsula. Motor robusto e confiável. Ótimo acabamento com a nova base superior.

PONTOS NEGATIVOS

Os pés de apoio não possuem regulagem de altura.


ESPECIFICAÇÕES
TipoToca-discos direct-drive
TraçãoMotor direct-drive controlado por quartzo
MotorDC sem escovas
Velocidades2 (33 1/3, 45 RPM)
Torque1 kg/cm
Wow & flutter<0.15% WRMS
Relação sinal/ruído ratio50 dB (DIN-B)
Material do pratoAlumínio fundido
Diâmetro332 mm
Tipo do braçoEm S, shell universal
Comprimento efetivo230.5 mm
Overhang16 mm
Peso aplicável3.5 a 8.5 g (incluindo headshell de 13 a 18 g)
Anti-skating0 a 7 g
AlimentaçãoAC 115/230 V, 60/50 Hz
Consumo13 W
Dimensões (L x A x P)450 x 144 x 352 mm
Peso6.75 kg
TOCA-DISCOS RELOOP RP-2000 MkII (usando pré de phono interno)
Equilíbrio Tonal 7,0
Soundstage 7,0
Textura 7,5
Transientes 7,0
Dinâmica 7,0
Corpo Harmônico 7,0
Organicidade 7,5
Musicalidade 7,5
Total 56,5
TOCA-DISCOS RELOOP RP-2000 MkII (usando pré de phono externo)
Equilíbrio Tonal 8,0
Soundstage 7,0
Textura 7,5
Transientes 7,0
Dinâmica 7,5
Corpo Harmônico 7,5
Organicidade 7,5
Musicalidade 8,0
Total 60,0
VOCAL
ROCK, POP
JAZZ, BLUES
MÚSICA DE CÂMARA
SINFÔNICA
PRATAREFERENCIA



Alpha Áudio e Vídeo
(11) 3255.2849
R$ 2.990

2 Comments

  1. Julio disse:

    Excelente matéria!
    No início de Abril/21, adquiri um par das Reloop RP2000 MK2 USB, no qual conectei à um mixer Numark M6 USB (4 canais).
    Fiquei satisfeito com a qualidade dos toca discos, e atendem perfeitamente à minha necessidade.
    Saí de um par de pickups Stanton T.60, que para meu uso atendia muito bem.
    Como estes equipamentos são para uso residencial (hobby), não achei necessário investir em um par de toca discos mais caro, pois observei que existe alguns fóruns onde usuários deste modelo elogiaram o desempenho do equipamento, e este aqui à época foi decisivo para que eu optasse pela RP2000 MK2.

  2. Ulisses disse:

    Excelente matéria, me tirou muitas dúvidas. Eu tinha um Audio-Technica AT LP60 e fiz o up-grade para o Reloop RP 2000 MKII, o que foi uma escolha muito pensada. Tenho uma dúvida, comprei um Clamp de 450g e tenho receio de estragar o motor do TD, com esse peso corre risco de estragar ou danificar o TD? Sempre que vou usar dou uma leve impulsionada antes de apertar o start para não forçar o motor na saída. Forte abraço!

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