AUDIOFONE – Editorial: POR QUE SÃO TÃO DIFERENTES AS CONCLUSÕES SOBRE UM MESMO FONE?

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Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br

Essa pergunta me foi feita pela leitora Lais Ramos, que interessada em dar um fone de ouvido de qualidade para o seu marido, começou a ler a Audiofone e vários canais dedicados, e me confessou que ficou ainda mais confusa com as opiniões tão “divergentes”! Expliquei a ela que também ficaria, pois os critérios são muito “subjetivos”, levando a conclusões muitas vezes antagônicas. Aí ela me fez a pergunta óbvia, em um segundo e-mail: “em quem confiar então?”. Em quem tenha uma Metodologia e possa repetir o teste infinitamente com os mesmos resultados, respondi. E que os critérios estabelecidos para a análise possam também ser utilizados pelo leitor, pois o objetivo é que o consumidor, depois de entender o que ele tem que “avaliar” para escolher seu fone, ande com suas próprias pernas. O passo seguinte foi mostrar a ela como usar o CD que disponibilizamos em nosso site para ser usado na avaliação de qualquer fone, e aí ela compreendeu que existem critérios que, se seguidos corretamente, tornarão a escolha muito mais segura e prazerosa. Passamos este “sufoco” aqui e na Áudio & Vídeo Magazine todos os meses, pois sempre ocorre de muitas vezes nossas observações não baterem com a de muitos outros revisores de áudio. Mas tenho que confessar que no caso de fones a situação é muito mais “dramática”, pois as conclusões muitas vezes são opostas às de outros veículos.

Este mês, por exemplo, no teste do fone HD 660S, discordamos integralmente das conclusões de dois revisores quanto ao equilíbrio tonal geral e, principalmente, em relação às duas pontas (graves e agudos). Eu já levantei a origem deste problema em diversos artigos, mas acho que vale a pena voltar ao assunto. Um dos revisores tem a brilhante ideia de avaliar os fones detectando os problemas que ele julga existir e, depois, oferece um gráfico com a curva de equalização que ele acredita ser o ideal para “corrigir” os defeitos do fone avaliado! Um outro, que também discordamos na totalidade, utiliza músicas eletrônicas e sempre reclama que a maioria dos fones falta “sub grave”! E se olharmos o equipamento que grande parte dos revisores críticos utilizam, muitas vezes eles estão muito abaixo da qualidade dos fones testados. Claro que o leigo terá dificuldade de observar nas “entrelinhas” os motivos para tantas conclusões opostas, mas o nosso “novo” leitor já deve estar começando a entender o quanto é importante haver critério e Metodologia. Pois sem essa “base” é tudo puro chute, ou pior, apenas uma questão de gosto pessoal!

Espero que você aprecie esta nova edição encartada na mais antiga revista de áudio e vídeo da América Latina.

E saiba que todo o nosso expertise adquirido com a Áudio & Vídeo está sendo também utilizado aqui. Para lhe dar “segurança” em todo novo upgrade que você for realizar!

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