Editorial: E NÃO É QUE CHEGAMOS AOS 25 ANOS!

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Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br

Se alguém, em 1996, me dissesse que eu estava entrando em uma jornada que chegaria a um quarto de século, eu iria duvidar de que tal feito pudesse ocorrer! Não digo isso por achar que, no meio do caminho, me sentiria desmotivado, e sim por vivermos em um país que tudo é tão instável e crítico. E por ser um segmento tão dependente de câmbio, e de ter que brigar diariamente com o contrabando, as chances de chegar até aqui eram realmente duvidosas. Mas, já que chegamos, a hora é sim de comemorar e olhar para essa longa jornada e agradecer cada dificuldade e cada êxito, pois tivemos muito de ambos nesses 25 anos! Mas quando eu penso em tudo que passamos e fizemos, eu sei que temos muito do que nos orgulhar, pois somos a única publicação do gênero em toda a América Latina, e com a maior longevidade já alcançada. Claro que não somos unanimidade (e quem é?), mas o fato de termos ainda essa enorme legião de leitores e parceiros comerciais, nos faz seguir em frente sempre pensando em nos adaptar às novas realidades, e atender um público tão distinto do que encontramos nos primeiros anos da revista. Tudo mudou tão rapidamente, que às vezes me pergunto como será este segmento daqui 5 anos. Às vezes acho que, na essência, continuará sendo o segmento hi-end de sempre, buscando oferecer ao seu público o melhor da alta fidelidade, independentemente da plataforma que será utilizada. E, às vezes, tenho a impressão que haverá uma ruptura, fazendo com que o hi-end seja um nicho de um segmento maior e mais lucrativo chamado “hi-fi”, ou apenas “consumer”. Ainda que este seja o futuro do hi-end, sempre haverá um audiófilo que não se contentará em abrir mão de sua coleção de mídia física, e continuará sua jornada almejando uma reprodução com alta fidelidade. O vinil está aí para nos lembrar que essa é uma possibilidade viável, e não apenas um desejo deste velho editor. E acredito piamente que o mesmo irá ocorrer com o CD, que se tornará um pequeno nicho, talvez até menor do que do LP (quem diria!). Quando estava esboçando essa Edição Especial de Aniversário, me perguntei como poderíamos expressar da melhor forma este feito? E me veio a ideia de realizar uma edição que simbolizasse nossa resistência, e também da mídia, que foi enterrada por tantas décadas e bravamente resiste a todos os prognósticos dos “futurologistas”.

Então, fomos atrás de um sistema analógico de nível superlativo para testar, e que pudesse mostrar às novas gerações o motivo do analógico ainda hoje ser uma referência absoluta em termos de alta fidelidade. E para todos os que não podem ter um sistema deste porte, procuramos um toca-discos de nível intermediário que possa ser o pontapé inicial de um setup analógico.

Para facilitar a leitura e compreensão do nível que este setup analógico superlativo atingiu, desmembramos o teste em três, e acreditamos que assim ficará mais fácil acompanhar o desempenho de cada produto, separado e em conjunto.

Quando perguntavam ao meu pai o que ele via de tão fascinante em um belo setup analógico, ele sempre respondia: “É como uma amante exigente, faça todos os seus desejos e será recompensado com o maior prazer do mundo”. Se ele estivesse vivo e escutado este sistema, ele certamente abriria um enorme sorriso, e balançaria a cabeça positivamente!

Espero que consigamos passar em palavras um pouco do que foi testar este setup.

A todos vocês o meu mais profundo agradecimento por todos esses anos de apoio e fidelidade!

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