Fernando Andrette
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Eu ia escrever este editorial falando dos desafios que é manter viva uma publicação de cunho tão específico em um nicho de mercado tão restrito. Aí veio a notícia, ainda que de maneira confusa e envolta em grandes mistérios, do desenvolvimento pelo produtor musical T-Bone Burnett, de uma nova tecnologia que irá transcender a qualidade do som de CD e vinil, como uma espécie de “mídia híbrida entre os dois formatos”(?), na forma de um LP prateado. As únicas informações abertas até o momento, além de confusas, não dão nenhuma pista de como o som é gravado nessa mídia, a razão dela ser de metal, e o quanto custará para o consumidor quando for lançada. De concreto, apenas, é que será um novo disco do cantor/compositor Bob Dylan, revisitando seus grandes sucessos!
Então, veio a melhor notícia do ano (e se for comprovada, deste século): “Cientistas do MIT dizem ter inventado tratamento que reverte perda auditiva”. Eles afirmam ter descoberto uma terapia regenerativa que reverte a perda de audição, sem implantes cocleares ou outros tipos de ações externas. O método consiste em trabalhar com células progenitoras, que são capazes de se transformar em qualquer célula, como ocorre com células tronco, com a diferença que essas células progenitoras se dividem em número limitado de vezes. Os cientistas as usaram para fazer as células ciliadas se regenerarem – essas células são responsáveis pela percepção do som e vão morrendo com o tempo, quando expostas a barulhos excessivamente altos, ou com certos tratamentos como quimioterapia e uso de alguns antibióticos, e não se regeneram. Com o tratamento pelas células progenitoras, verificou-se uma melhora dos pacientes em sua habilidade de compreender e falar. As melhoras foram notadas em alguns participantes após uma única injeção no ouvido interno, sendo que a melhora durou até quase dois anos. Mais de 200 pacientes já receberam uma dose, e as melhoras de percepção foram constatadas em três estudos clínicos distintos. Para Jeff Karp, um dos cientistas envolvidos na descoberta deste revolucionário tratamento, ele afirma ver um futuro promissor com essas novas descobertas, e acredita que o tratamento auditivo possa se tornar, no futuro, um procedimento tão simples quanto a cirurgia a laser nos olhos. O paciente entra no consultório e, em duas horas, sai ouvindo bem melhor! Como escrevi no título deste editorial, em um mundo tão incerto e conturbado, avanços clínicos como esse, em um problema de saúde que afetará mais de 1 bilhão de pessoas na próxima década, é sem dúvida alguma uma notícia excelente!
Nessa edição especial meu amigo leitor, inserimos uma pesquisa de mercado, para podermos conhecê-los melhor. Agradeceria imensamente se todos perdessem alguns minutos do seu dia, para preencher e nos enviar. Com essas informações em mãos, poderemos melhorar ainda mais nossa linha editorial e cumprir nosso papel de ajudar a todos na busca das melhores soluções para os seus setups de áudio e vídeo hi-end.
Conto com vocês!