MUSICIAN – Discografia: A ÓPERA NO SÉCULO XIX (II) – VOL. 11

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Christian Pruks
christian@clubedoaudio.com.br

Giuseppe Verdi e Richard Wagner foram, e ainda são, no imaginário dos apreciadores, dois gigantes, cada um sendo o supremo representante de sua escola de ópera, e de seu País, em sua época. Novamente, em vez de um CD para os dois compositores, daria para fazer um CD de cada um deles e ainda deixar de fora exemplos ou trechos de obras significativas. Verdi, por exemplo, compôs quase 30 óperas, sendo que é possível facilmente qualquer fã do gênero enumerar pelo menos 15 títulos que são, até hoje, encenados com alguma frequência. Wagner sempre será lembrado por seu extenso, complexo, denso e inovador Ciclo do Anel do Nibelungo, composto de quatro óperas que, juntas, chegam a quase 15 horas de música – e que são, com frequência, encenadas em sua continuidade, ao longo de alguns dias, para a glória dos adoradores de ópera.

FAIXA 1 – RICHARD WAGNER (1813-1883) – TANNHÄUSER – ATO III: BEGLUCKT DARF NUN DICH – ‘CORO DOS PEREGRINOS’ (1845) – (NAXOS 8.550507, DISCO 1, FAIXA 14)

Baseada na lenda medieval sobre o menestrel que dá nome à obra, e que entra em choque com o torneio de trovadores do Castelo de Wartburg, cuja doutrina defende o amor como algo sagrado, sublime e elevado, ao deixar-se seduzir pela mundana Vênus. Tannhäuser deve, então, ir ao Vaticano pedir o perdão do Papa por seus pecados. Composta em um período de quase dois anos, estreou no Teatro Real de Dresden em outubro de 1845 sob a regência do próprio compositor, com sua sobrinha, Johanna Wagner, no papel de Elizabeth, e a soprano Wilhelmine Schröder-Devrient no papel de Vênus. Não fez, de imediato, tanto sucesso quanto outras óperas de Wagner, o que o levou a revisá-la nos dois anos seguintes e apenas publicá-la em 1860.

FAIXA 2 – RICHARD WAGNER (1813-1883) – LOHENGRIN – ATO I: PRELUDE (1848) – (NAXOS 8.572768, DISCO 1, FAIXA 02)

Ambientada no século X no Ducado de Brabante, atual região da Antuérpia, na Bélgica, e baseado nas obras medievais do cavaleiro e poeta alemão Wolfram von Eschenbach, que fazem parte das lendas arturianas sobre o Santo Graal. O cavaleiro Lohengrin aparece para ajudar Elsa, acusada de matar seu irmão Gottfried, herdeiro do Ducado, mas seus antagonistas Telramund e sua esposa Ortrud têm outros planos. Estreou em 28 de agosto de 1850 em Weimar, sob a direção do compositor húngaro amigo de Wagner e mestre de capela de Weimar Franz Liszt, pois o compositor estava em exílio. Apenas 11 anos depois, em Viena, na Áustria, é que Wagner participou de uma apresentação completa da obra.

FAIXA 3 – GIUSEPPE VERDI (1813-1901) – RIGOLETTO – ATO III: LA DONNA E MOBILE (1851) – (NAXOS 8.660013-14, DISCO 2, FAIXA 15)

Baseada na obra Le Roi S’Amuse, do escritor e dramaturgo francês Victor Hugo, conta a história do Duque de Mantua e seu bobo da corte, Rigoletto, que são amaldiçoados por um membro da corte que teve a sua filha seduzida pelo duque com a ajuda de Rigoletto. Logo, pela maldição, a filha de Rigoletto, Gilda, apaixona-se pelo duque e acaba por dar sua vida por ele. Considerada a primeira das grandes obras de Verdi, apesar de vários problemas com a censura italiana, teve uma estreia triufante no teatro de ópera La Fenice, em Veneza, em março de 1851, em apresentação conjunta com o balé Fausto de Giacomo Panizza.

FAIXA 4 – GIUSEPPE VERDI (1813-1901) – LA TRAVIATA – ATO I: E’ STRANO! E STRANO! (1853) – (NAXOS 8.660011-12, DISCO 1, FAIXA 10)

Com o libreto de Francesco Maria Piave, foi baseada na obra A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho. Ambientada em Paris do século XVIII, conta a história de Violetta, cortesã sustentada por um rico barão, que conhece e se apaixona pelo jovem Alfredo. Mas, o pai de Alfredo tenta separar os dois, pois sua relação é uma mancha na reputação da família. Estreou a 6 de março de 1853 no Teatro La Fenice, em Veneza, em uma apresentação que não foi muito bem recebida pela plateia, graças aos problemas com os cantores e com o fato de que a soprano Fanny Salvini-Donatelli foi, aos 38 anos, considerada pelo público velha e gorda para o papel de Violetta.

FAIXA 5 – RICHARD WAGNER (1813-1883) – O OURO DO RENO – CENA 4: ENTRADA DOS DEUSES NO VALHALLA (1854) – (NAXOS 8.578070-71, DISCO 2, FAIXA 3)

É a mais curta das óperas do Ciclo do Anel, com quatro cenas apresentadas sem interrupção. Baseado na mitologia nórdica, conta o segredo do ouro do Reno: quem se apoderar dele e, com ele forjar um anel, dominará o mundo. O anão Alberich, de posse do segredo, rouba o ouro e foge para seu esconderijo subterrâneo. A estreia de Ouro do Reno foi no Teatro Nacional de Munique em 22 de setembro de 1869, como uma ópera separada, por insistência do Rei Luis II da Baviera. A estreia como parte do ciclo foi em 13 de agosto de 1876, no Teatro do Festival de Bayreuth, na Alemanha.

FAIXA 6 – RICHARD WAGNER (1813-1883) – A VALQUIRIA – ATO III, CENA 3: FEUERZAUBER (FOGO MÁGICO) – WER MEINES SPEERES SPITZE FURCHTET (1856) – (NAXOS 8.660172-74,
DISCO 3, FAIXA 16)

A segunda ópera do Ciclo do Anel tem sua história baseada na mitologia escandinava, na Saga dos Volsungos – descendentes do Rei Volsung – e nos poemas nórdicos antigos da Edda Poética, nos quais parte da mitologia nórdica e dos heróis lendários germânicos são derivados.

A obra fala das Valquírias, que decidiam quais soldados morreriam em combate e quais não. Também estreou separadamente, por insistência do Rei Luis II, no Teatro Nacional de Munique, em junho de 1870. Depois, em 14 de agosto de 1876, estreou no Festival de Bayreuth como parte do Ciclo do Anel dos Nibelungos. Sua estreia norte-americana ocorreu no ano seguinte, em Nova York.

FAIXA 7 – RICHARD WAGNER (1813-1883) – TRISTÃO E ISOLDA – ATO III, CENA 3: MILD UND LEISE WIE ER LACHELT (1859) – (NAXOS 8.660152-54, DISCO 3, FAIXA 12)

Com libreto do próprio Wagner, baseado no romance do escritor medieval Gottfried von Strassburg, teve como inspirações a relação do compositor com a poetisa alemã Mathilde Wesendonck e na filosofia do também alemão Arthur Schopenhauer. A história, baseada em lendas celtas, conta o amor adúltero do cavaleiro Tristão pela princesa Isolda, narrativa a qual inspiraria o romance arturiano entre o cavaleiro Lancelot e a Rainha Consorte Guinevere, na história do Rei Artur e os Cavaleiros da Távola Redonda. Tristão e Isolda foi composta em 1857 e 1859, estreando em Munique em junho de 1865 sob a regência de Hans von Bülow.

FAIXA 8 – GIUSEPPE VERDI (1813-1901) – AÍDA – CELESTE AÍDA (1871) – (NAXOS 8.556669, DISCO 1, FAIXA 03)

Ambientada no Egito Antigo, conta a história do comandante militar Radamés, que é obrigado a escolher entre um amor e sua lealdade ao Faraó. Para complicar a história, Amneris, filha do Faraó, é apaixonada por Radamés, mas ele não corresponde aos seus sentimentos. Ismail Pasha, Quediva do Egito, comissionou a Verdi a ópera para estrear em janeiro de 1871, mas a Guerra Franco-Prussiana atrasou sua estreia. Ao contrário da crença popular, Aída não foi escrita nem para a abertura do Canal de Suez e nem para a inauguração da Royal Opera House do Cairo – esta última foi inaugurada com a ópera Rigoletto, também de Verdi. Aída tem o libreto escrito por Antonio Ghislanzoni, baseado em um cenário que pode ser atribuído ou ao egiptologista francês Auguste Mariette ou ao libretista italiano Temistocle Solera. A primeira apresentação de Aída foi na então recém-inaugurada Royal Opera House do Cairo, no Egito, em 24 de dezembro de 1871, sob a regência do compositor e contrabaixista italiano virtuoso Giovanni Bottesini.

FAIXA 9 – RICHARD WAGNER (1813-1883) – O CREPÚSCULO DOS DEUSES – ATO III, CENA 2: MARCHA FÚNEBRE DE SIEGFRIED (1874) – (NAXOS 8.660179-82, DISCO 4, FAIXA 9)

Última das quatro óperas do Ciclo do Anel, tem em seu título uma tradução da palavra Ragnarök, da mitologia escandinava, que se refere à profecia de uma guerra entre vários seres e deuses, cujo resultado final é o mundo ser queimado, imerso em água e, finalmente, ser renovado.

A última cena do último ato, com o fogo consumindo o cenário e a água do Rio Reno inundando-o na sequência, é considerada a mais difícil direção de cena da história da ópera. Composta entre 1869 e 1874, a ópera O Crepúsculo dos Deuses estreou em 17 de agosto de 1876, na Ópera do Festival de Bayreuth, como parte da primeira performance completa do Ciclo do Anel dos Nibelungos.

FAIXA 10 – RICHARD WAGNER (1813-1883) – PARSIFAL – ATO III: MÚSICA DA SEXTA-FEIRA SANTA (1882) – (NAXOS 8.572768, DISCO 1, FAIXA 7)

O mago negro Klingsor feriu Amfortas, Rei do Graal, com a lança que perfurou Cristo, e toda vez que Amfortas olha para o Graal, sente sua ferida arder. O único que poderia salvá-lo seria um ‘inocente casto’ – que é o significado da palavra ‘Parsifal’. A ópera Parsifal é baseada na obra medieval Parzival, de Wolfram von Eschenbach, um poema épico arturiano do século XIII sobre o cavaleiro Percival e sua busca pelo Santo Graal. Estreou na Ópera do Festival de Bayreuth, na Alemanha, em julho de 1882.

FAIXA 11 – GIUSEPPE VERDI (1813-1901) – FALSTAFF – ATO I: FALSTAFF! OLA! (1893) – (NAXOS 8.660050-51, DISCO 1, FAIXA 1)

Obra ambientada em Windsor, na Inglaterra, no reino de Henrique IV, onde Sir John Falstaff é um nobre falido, decadente, feio e gordo, que corteja Alice, uma mulher casada com o ciumento Ford. Última ópera de Verdi, é uma comédia lírica adaptada da obra As Alegres Comadres de Windsor, de William Shakespeare, pelo libretista italiano Arrigo Boito, estreando com grande sucesso em 9 de fevereiro de 1893 no La Scala de Milão, com o barítono francês Victor Maurel no papel de Falstaff.



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