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Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br

Não me lembro de uma mesma edição com três testes de equipamentos de nível tão superlativo! É realmente raro chegar tantos produtos de alto nível simultaneamente, o que demonstra que estamos vendo uma luz no final do túnel depois de uma crise econômica tão aguda e persistente. Como no Brasil sempre vivemos de ‘bolhas’ que nunca se sustentam por pelo menos uma década (não ao ponto de mudarmos definitivamente de patamar no nível econômico e social), temos que esperar 2020 para ver se é uma tendência de fato, ou apenas mais um mero sinal de fumaça. Mas, voltando ao presente (pois futurologia é departamento de videntes e economistas), estas últimas três edições do ano estão forradas de grandes surpresas e certamente darão um alento – pelo menos aos olhos e a nossa imaginação – de que o mercado hi-end no mundo continua firme e competitivo, desde os produtos de entrada, aos do alto do pódio. Em um esforço de otimismo e perseverança, os importadores estão investindo e buscando se posicionar para uma possível retomada econômica para os próximos dois anos. E sabemos que quem estiver pronto para quando a ‘engrenagem’ reagir, terá maiores chances de aumentar sua participação em um mercado tão competitivo.

Nesta edição, os três produtos testados realmente têm uma história muito interessante por trás de seu desenvolvimento. A Wilson Audio Sasha DAW é uma homenagem do filho ao pai, David Wilson, fundador da empresa e principal projetista, que faleceu no final de 2018. Uma homenagem carregada de um forte teor emocional e tecnológico. O amplificador integrado da Hegel, o top de linha H590, mostra todo o esforço desta empresa norueguesa em galgar mais um degrau e se estabelecer com uma excelente opção no patamar dos integrados Estado da Arte. E a cápsula Soundsmith Hyperion 2, de Peter Ledermann, traduz em forma de produto a trajetória de um homem que dedicou toda a sua vida à retificar cápsulas famosas e decidiu desenvolver seus próprios produtos. Eu sempre narro que atrás de grandes produtos hi-end existe o sonho e o desejo de um projetista em apresentar suas ideias e conhecimentos. E que o talento e a necessidade desses homens de pensar ‘fora da caixa’ do que é ‘correto’, é que de tempos em tempos reescrevem a história da audiofilia. São produtos que, depois de lançados, transcendem o objetivo inicial de serem ‘diferentes’ e passam a fazer parte da evolução do hi-end. Os três certamente farão parte deste restrito grupo de produtos que se tornam ‘divisores de águas’. Não tenho dúvida que qualquer um deles será, daqui em diante, objeto de desejo de muitos de vocês leitores. E os que conseguirem concretizar este upgrade, certamente darão esta etapa (da busca de melhorias no setup) por encerrada.

Também nesta edição, continuo na seção opinião a dar meus ‘pitacos’ a respeito de como ampliar a percepção auditiva, deixando de lado a ‘teoria’ e colocando em prática tudo que a neurociência descobriu a respeito de nosso cérebro e como usar este conhecimento a nosso favor. Assistam ao vídeo que coloquei para ilustrar a seção, com um fone de ouvido, e vejam como cada guitarra possui sua assinatura sônica e, se quiser fazer o teste da qualidade do equilíbrio tonal de seu sistema e dos amigos, veja os exemplos de CDs que indico. São três gravações de piano solo ‘matadoras’, que desnudam sem artifícios se o equilíbrio tonal está correto ou não. Jamais subestime a capacidade do leitor de querer saber, disse meu pai, quando ainda esboçava a linha editorial da revista em 1995. Esta é a nossa missão. Enquanto tiver força, determinação e paixão.

Espero que vocês apreciem e nos contem suas observações, críticas e dicas, para atendermos a todos vocês antigos e novos leitores!

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