Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br
Desde a edição número um da Audiofone, que escrevemos a respeito dos perigos de se abusar do volume e os danos irreversíveis que este hábito pode causar. E muitos dos nossos novos leitores (na sua maioria jovens com menos de 30 anos), nos questionam semanalmente que seus fones ou dos amigos, não tem a menor graça em escutar música em volumes seguros. A maior reclamação é que, ao manter o volume dentro do recomendado, a música fica sem graça, sem peso, e não dá “tesão”. Entendo perfeitamente o que esses leitores reclamam, pois quando meu filho era adolescente ele abominava (como eu nessa idade) ouvir música em fone, tendo um bom sistema em casa. Aliás, este foi um fato que certamente levou tanto a mim como ele, a não ser grande fã de fones, já que em comparação com sistemas bem ajustados, não tem a menor graça ouvir seus discos em um fone de ouvido. Mas essa é a realidade da esmagadora maioria dos jovens das grandes cidades: o seu celular e um fone, então é preciso que os fabricantes entendam este enorme esforço da Organização Mundial da Saúde (OMS), e disponibilizem fones de custo razoável com um equilíbrio tonal que permita a todos ouvir suas músicas em volumes seguros.
Nesta edição, conseguimos dois fones que são um “exemplo” desta nova tendência. Sendo um fone Hi-End e um Hi-Fi, em que a “audição segura” é sua principal qualidade e benefício. Pena que o fone Hi-fi, com preço mais condizente com a nossa triste realidade financeira, ainda não seja distribuído no Brasil. Para conseguir o fone, nosso colaborador Christian Pruks teve que pesquisar, em diversos fóruns internacionais, fones que tivessem como “premissa” o melhor equilíbrio tonal possível à um custo razoável! Felizmente ele pode ser encontrado em vários sites de venda pela Internet mundial! Já o fone Hi-End, agora já com distribuição oficial, pode ser comprado diretamente online com garantia e assistência técnica.
O que ambos possuem de maior diferencial em relação a concorrência? A possibilidade de se escutar música em volumes muito baixos, sem perder nada e, o mais importante, sem perder o “tesão” ou a “adrenalina” que a música proporciona. E ambos, são muito versáteis para qualquer gênero musical! Quando o consumidor se depara com um fone com essas qualidades, e percebe que sua exposição pode se prolongar por mais horas, sem nenhuma fadiga auditiva, ele imediatamente percebe todos os benefícios e não abre mais mão desses benefícios.
Quando o mercado tiver mais fones com este padrão de qualidade, não tenho dúvida que poderemos “estancar” essa triste estatística de tantos problemas auditivos em pessoas cada vez mais jovens.
É uma notícia para ser comemorada e espalhada aos quatro ventos!