Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br
Peço desculpas aos nossos leitores mais antigos, que nos acompanham há tantos anos e conhecem toda a nossa trajetória, mas vou mais uma vez ter que abordar o velho e cansativo tema da Objetividade x Subjetividade.
Pois ainda hoje, após 25 anos, tem alguns ‘desafetos solitários’ que nos fazem acusações completamente despropositadas e, pior, nunca apresentam nenhuma prova. É sempre aquela velha fórmula, ‘um revendedor me disse’, ou um consumidor comparou o produto testado por nós com um lacrado, e o de teste estava ‘turbinado’, etc, etc.
E sempre me pergunto, me colocando no lugar de uma pessoa que escuta estas acusações tão graves, como pode ouvir, sem questionar o acusador a mostrar as provas! Pois reitero que qualquer publicação que tenha como linha editorial este tipo de conduta, deveria ser execrada do mercado.
Então, em respeito a você, nosso novo leitor, quando se deparar com este tipo de argumento, cobre do denunciante que apresente as provas ou se cale definitivamente e vá simplesmente fazer algo de útil à sua triste existência.
A mais nova tentativa de ataque, nos acusa de sermos contra os testes objetivos e a ciência. Temos uma linha editorial que, por anos, fez uso de testes objetivos para avaliação de caixas acústicas, e basta uma visita ao nosso site para constatar dezenas de artigos técnicos sobre as mais amplas áreas relativas ao áudio.
Tratamos de assuntos pertinentes, como a musicoterapia, neurociência, problemas de vibração, tratamento elétrico, acústico, avanços e descobertas de novas técnicas de abordagem na maneira psicoacústica de escutar, e ainda assim somos acusados de negar os avanços científicos?
Outra das mais absurdas acusações é de que muitos dos produtos os quais apresentamos os testes, sequer vieram para nós. Como isso seria possível? Recebemos semanalmente pessoas em nossa Sala de Referência, que são testemunhas oculares de produtos em teste, em amaciamento, e por anos fizemos os testes abertos. Em que tanto o importador e o fabricante eram convidados, como nossos leitores. Com direito a depoimento escrito de todos!
Mais recentemente (até antes da pandemia começar), gravávamos um dos testes na nossa sala e colocávamos a disposição dos nossos leitores.
Ou seja, todas essas acusações levianas não se sustentam. Creiam, a mim não incomodam, pois já convivo com elas há 30 anos (na Audio News também haviam críticas virulentas à minha forma de avaliar os produtos em teste). Mas quando nosso leitor pede para nos posicionarmos, nos cobrando uma resposta eu não posso deixar de fazê-lo, em respeito a todos vocês.
Mas convenhamos, não pode ser normal não terem nenhuma prova e ainda assim continuarem ano após ano escrevendo calúnias, em vez de esquecerem que a revista e o Fernando Andrette existem e irem fazer alguma coisa útil na vida, não é verdade?
Pois uma coisa é você fazer jornalismo investigativo de verdade, e desmantelar algo que precisa ser escancarado e extinto, e outra muito diferente é insinuar acontecimentos gravíssimos e jamais apresentar uma única prova.
Se sou o consumidor que comprou um produto em uma revenda, que foi enviado para teste, e descubro que ele foi adulterado, eu simplesmente faria um vídeo denunciando e colocaria a boca no trombone. Não iria procurar algum ‘desafeto’ da publicação acusada e entregar essa informação tão grave e pedir privacidade. Isso não faz sentido algum, pois induzir o consumidor a erro premeditado é crime!
Então o denunciante e o que acolhe e espalha a denúncia, têm a obrigação moral de provar o delito! Mas o que vejo em relação a todas essas levianas acusações, é que nunca ninguém quer aparecer e mostrar a prova do crime que ‘cometemos’.
E você escuta essa história uma vez, duas vezes, três vezes e releva.
Aí escrevo um artigo como este, pedindo que sejam mais objetivos e apresentem o que escrevem e falam, e o que ecoa?
O silêncio absoluto, como se não fosse com eles.
Aí param por um tempo, pois sabem que ficaram expostos demais, e não tem como se defenderem, até se sentirem motivados a voltar à carga.
Então você, amigo leitor, que nos conheceu recentemente e ainda não tem uma opinião formada a nosso respeito, quando ler qualquer dessas denúncias estapafúrdias, faça um favor, cobre do autor as provas, questione e exija que ele saia de cima do muro.
Pois assim finalmente esses ataques terão um fim.
Sou de uma geração que jamais perdi meu tempo com nada que não fosse do meu interesse. Não assisto canais abertos de TV faz 22 anos. Outro dia me enviaram uma mensagem falando de um apresentador de TV que tinha sido homofóbico em sua fala e eu nunca ouvi falar deste apresentador, não tendo a menor ideia de quem seja!
Não vou nesta altura da vida dar conselho a ninguém, pois estou velho para isso, mas se cada um de nós deletasse de suas vidas o que não gosta ou não interessa, não estaríamos vivendo uma tensão tão aguda, e muito mais perigosa até que a Guerra Fria!
Eu acredito em pontes e não em muros. Se pelo menos todos os nossos desafetos educadamente tivessem a humildade de nos conhecer, eu os receberia de braços abertos e explicaria pacientemente tudo que fazemos, como fazemos e por que fazemos desta maneira.
Talvez conseguisse até ‘dissolver’ essa virulência, transformando-a em respeito mútuo e uma saudável convivência.
Pois se tem algo que aprendi é que, se queres ter uma vida digna e plena, não radicalizes nunca!