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Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br

Basta um olhar atento à minha discoteca, para se notar minha paixão por obras de piano solo.

Tenho quase a certeza que, no meio daqueles oito mil discos, quase 5% são gravações de piano, dos mais diversos gêneros musicais, sem contar as mesmas obras tocadas por diferentes pianistas – afinal, ainda que exista uma partitura a ser seguida, a execução é o DNA de cada músico.

Minha paixão pelo instrumento é muito antiga e, junto com o cello, são os únicos instrumentos em obras solistas que conseguem minha atenção de maneira integral!

Quando fui morar sozinho, aos 18 anos, me lembro que quase metade dos meus duzentos e poucos LPs eram obras para esses dois instrumentos, e se o violoncelo era reproduzido de maneira satisfatória em meu modesto sistema, os pianos sempre foram um problema, pois muito cedo percebi o quanto ele exige de qualquer sistema de áudio.

Posso afirmar que, muito antes de desenvolver nossa Metodologia, todos os meus setups sempre foram ajustados com este
instrumento. E com certeza foi o instrumento que mais apresentações escutei ao vivo em minha vida.

Felizmente, a indústria fonográfica aprendeu a gravar muito bem o piano, então acredito que se o leitor quiser realmente saber o estágio em que seu sistema está, ele terá excelentes discos de Referência para fazê-lo.

A cada novo disco lançado, André Mehmari sempre compartilha generosamente uma cópia comigo. E a cada novo projeto, observo que seu padrão de qualidade técnica chegou no mesmo nível de sua qualidade artística, principalmente nas gravações de 2018 para cá.

Quando ele me visita, ouvimos cada novo trabalho seu, e faço observações pontuais e ele pacientemente me explica as sutis mudanças feitas em posicionamento dos microfones, novo monitor para comparar com seu monitor de referência, e percebo que ele como engenheiro, agora domina plenamente as qualidades de sua exuberante sala de gravação.

Mas, em seu mais novo trabalho – Notturno 20>21 – ao ouvir integralmente o disco (sem conseguir levantar da cadeira), percebi que a captação estava diferente do disco dedicado ao Noel Rosa, que também tinha uma captação excelente. Ao terminar a audição, enviei uma mensagem a ele, falando dessa minha observação e como este novo disco havia conseguido expressar de maneira íntegra toda sua ‘intencionalidade’ e emoções.

Em que o piano não só se apresenta mais orgânico, mas também com mais corpo e texturas como jamais escutei em outras gravações dele.

Deixo aos críticos de música falarem deste trabalho, pois acho que já usei todo o meu arsenal de adjetivos para expressar minha admiração por este querido amigo.

Aqui nesta seção, em que conto aos leitores fatos significativos de minha existência, quero apenas compartilhar que se você deseja uma gravação de piano solo para avaliar seu sistema e realizar uma radiografia completa do Equilíbrio Tonal, textura, transientes, ambiência , corpo harmônico e organicidade, este disco é a ferramenta ideal, e você ainda degustará de execuções magníficas da Balada Opus 10 nº 4 de Brahms, pequenas peças de Louis Couperin, e interpretações livres de obras de Bach, Purcell e Merulla, além de sete obras de sua autoria.

É um disco que nos dá um pouco de paz e esperança em um momento de tanta dor e incertezas!

O disco já está disponível nas plataformas de streaming, mas minha dica é que você compre esse álbum no site www.andremehmari.com.br, e leve de bônus mais oito Expressos Notturnos – todo este pacote por apenas R$ 30,00.
Tenho certeza, amigo leitor, que este é um presente que lhe atenderá artística e tecnicamente!

OUÇA ANDRÉ MEHMARI – NOTTURNO 20>21, NO TIDAL.

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