Discos do Mês: WORLDMUSIC, ROCK ALTERNATIVO & ÓPERA

AUDIOFONE – Editorial: O RUÍDO QUE NOS CERCA
novembro 12, 2021
PLAYLIST DE NOVEMBRO
novembro 12, 2021

Christian Pruks
christian@clubedoaudio.com.br

Faz muito tempo que eu falo que não sou fã de críticos de música em geral – claro que tem exceções, como tudo. Afirmei isso, outro dia, e olharam para minha cara e falaram: “mas você é um crítico de música!”. Respondi: “de jeito nenhum!”. Não tenho estofo para tal, e nem pretensões de sê-lo.

O melhor que eu posso fazer é usar e abusar de bom gosto, conhecimento e determinação em procurar boa música e boas gravações, e passar a sugeri-las à amigos e leitores, como sempre fiz. Quando você descobre que um restaurante é ruim, você conta pra todo mundo – quando você descobre um disco bom, você também conta pra todo mundo! rs…

Minha ‘generalização’ sobre críticos de música – que eu volto a dizer, não se aplica a todos – vem de uma pretensão de sabedoria de alguns, assim como do desnecessário desfile de conhecimento. Te garanto que já tiveram compositores que leram uma crítica e pensaram, com ironia: “esse cara sabe mais da minha música do que eu”.

Lembrei agora de uma conversa com um músico de uma orquestra, anos atrás, sobre um compositor que queria que as pessoas ouvissem sua obra e sentissem ‘tal e tal coisa’, que compreendessem a obra do jeito que ele, compositor, queria. Eu falei que, se fosse compositor, iria querer que as pessoas sentissem o que quisessem e interpretassem, compreendessem, a música do jeito que quisessem. Ele me disse: “você é muito generoso!”.

Bom, não sei se sou generoso, mas sei que sempre senti o que quis sentir, percebi o que quis perceber, interpretei aquela mensagem musical do jeito que quis, do jeito que me tocou – e não do jeito que o compositor ou artista quis. E muito menos do jeito que um crítico quis que eu sentisse. Como disse o saudoso – e virtuoso – violonista Michael Hedges, sobre uma música dele que era muito usada em casamentos: “essa música é, na verdade, sobre uma viagem que eu fiz para a Filadélfia! rs rs rs…”. Ele não se importava nem um pouco de que tocavam a música dele em casamentos, contanto que as pessoas gostassem da música!

Tem vários outros aspectos sobre a ‘crítica de música’ em geral, muito semelhantes à crítica de filmes – onde tem muito filme universalmente tido como bom, mas que críticos (que deveriam ser entendidos no assunto) falaram besteiras astronômicas sobre – como, por exemplo, dizer que Star Wars: O Império Contra-Ataca é um filme ruim e que George Lucas (criador de Star Wars) não vai chegar a lugar nenhum. É como pedir para um especialista em vias concretadas avaliar uma linda estrada de terra campestre que tem a sombra de pinheiros, cercas de cedrinho e arbustos cheios de flores. Ou seja: o cara não entendeu nada! E ganha pra isso!

Minhas sugestões de música de qualidade para este mês são as seguintes. Primeiro, um disco de worldmusic com jazz com música de câmara, muito bonito e muito bem gravado. Em segundo, um rock alternativo bem elaborado e especial, com sonoridade única. E, para finalizar, uma boa ópera de um dos grandes mestres da música clássica.

Vamos à eles:

David Neerman – Noir Lac (Klarthe Records, 2020)

Este é mais um disco que eu fiquei um bocado de tempo quebrando a cabeça para lembrar de onde eu o conheci – se foi sugestão de amigos, de fóruns de Internet, de redes sociais, de sites de audiófilos… Não sei dizer com certeza, mas uma coisa eu apurei: David Neerman faz parte o quinteto da cantora de jazz sul coreana Youn Sun Nah, a quem admiro bastante. Sei que está na minha biblioteca de streamings, e é um disco muito interessante e bem gravado – com grande ambiência, instrumentos com bons corpos, excelentes intérpretes, e combinações de instrumentos (como grupo) um pouco inusitadas.

O álbum é fruto da iniciativa, composição e arranjo do vibrafonista de jazz e de worldmusic David Neerman – cujas façanhas incluem a participação em dois discos, chamados: Pink Floyd in Jazz, e Led Zeppelin in Jazz – os quais eu, infelizmente, ainda não ouvi. Mas que me deixaram curioso, deixaram!

Voltando ao álbum, Noir Lac traz Neerman no vibrafone, o percussionista malinês Lansiné Kouyaté tocando marimba e balafon (um precursor africano do vibrafone), vocalistas solo (Catherine Simonpietri e Krystle Warren) e o grupo vocal Ensemble Sequenza 9.3.

David Neerman

Para quem é esse disco? Bom, todos que gostam de música de câmara, de pequenos conjuntos de jazz, de conjuntos vocais, de percussão como vibrafone e marimba, de gravações de alta qualidade e grande ambiência, e de discos de música mais introspectiva.

A gravação foi muito bem captada, com grande ambiência e belo timbre, em 2018 na Abbaye de Noirlac (Abadia de Noirlac, do século 12), que fica na cidade de Bruère-Allichamps, no Vale do Loire, na França. A acústica viva da abadia certamente é a responsável pela ambiência geral e pela sonoridade das várias vozes. O nome da abadia também originou o nome do disco que, de maneira desdobrada – Noir Lac – significa Lago Negro. A gravadora francesa responsável, Klarthe Records, demonstra grande preocupação com a sonoridade de seus discos, e é especializada em jazz e clássicos, com ênfase em conjuntos de música de câmara.

Destaques ficam por conta de Us and Them (que é um cover da canção do grupo de rock progressivo inglês Pink Floyd), e A House With No Mirror. Excelentes!

Pode ser encontrado em: CD / Serviços de Streaming selecionados. O streaming está realmente muito bom, pois o disco é muito bem gravado e houve uma preocupação na masterização para os serviços de streaming – e o CD deve ser ainda melhor! Como é uma boa gravação de um conteúdo acústico, um vinil viria muito a calhar. Quem sabe, na próxima encarnação…

Ouça um trecho da faixa “Us and Them” no YouTube.
Morphine – Cure For Pain (Rykodisc, 1993)

Morphine fez um sucesso decente no Brasil, em circuitos alternativos, tanto que lançaram o disco de vinil (e CD), em 1993 ou 94, pela Natasha Records – selo, aliás, que foi criado por Caetano Veloso e sua mulher, Paula Lavigne. A pergunta óbvia é: o som do Morphine tem alguma coisa a ver com Caetano Veloso? Absolutamente nada. Nada mesmo. O selo tem desde artistas nacionais, como Adriana Calcanhoto e Daúde, até trilha sonora da Pequena Sereia e de Alladin, até rock alternativo como Morphine (dois de seus títulos).

Um dos meus amigos mais antigos é um ‘baixista de banheiro’. Não existe o ‘cantor de banheiro’, aquele que só solta a voz quando está no chuveiro, e que fora dele fica travado? Pois é! Eu acredito que esse meu amigo tem um bom amplificador de contrabaixo embaixo de uma pilha de revistas no banheiro da casa dele… Enfim, ele é absolutamente obcecado por tudo que tenha a ver com baixo, e um dia me sugeriu ouvir uma banda de rock alternativo que é centrada em um baixo elétrico que foi modificado para duas cordas – e é uma banda que não tem guitarrista! E que tem um saxofonista! Ou seja, um Power Trio: bateria, baixo ‘fora do padrão’ e um sax. E a voz intensa e ligeiramente cavernosa de Mark Sandman (que também toca o baixo).

Morphine é uma das bandas de som mais ‘único’ que eu já conheci – definido por eles mesmos como “low-rock”. Além de Sandman fazer miséria no baixo com apenas duas cordas, é uma banda de rock despojado, com uma levada blues, elementos de jazz, com som paradoxalmente bastante elaborado, atmosférico, sofisticado, com letras irônicas e críticas. E o disco Cure for Pain é sua obra-prima.

A ausência da guitarra nessa banda, inclusive, ocasionou um dos episódios mais insólitos da minha vida de amante de música. Um amigo viu o CD em cima da mesa e perguntou se era bom – respondi que sim, que era ótimo e ele levou para ouvir. Acontece que esse amigo é um guitarrista bom, e é o fã número 1 de Jimi Hendrix na Via Láctea. No dia seguinte, ele jogou o CD na minha mesa e disse “como você me indica um disco que não tem guitarra?!?”. Eu fiquei tão chocado com a limitação daquilo, com o desconhecimento, com o bairrismo, com a falta de compreensão, que fiquei olhando de boca aberta, sem saber o que responder. Acho inconcebível não só o preconceito, como a limitação musical. Doloroso, isso…

Até porque, o som do Morphine é excelente, quase lírico em alguns momentos, muito climático, energético de vez em quando, denso.

bsorvedor e quase psicodélico em algumas faixas. São três instrumentistas dedicados a fazer um bom som, bem capazes em seus instrumentos, e com grande entrosamento. E com o amalucado baixo de duas cordas, muitas vezes tocado com um slide na mão esquerda, que fica soando como uma guitarra havaiana algumas oitavas abaixo. Morphine é um banda que era capaz de fazer excelentes shows tanto em grandes estádios como no canto de qualquer pub.

Para quem é esse disco? Para todos os fãs de blues e rock, principalmente o alternativo e o indie do começo – o da década de 90 –
rock do circuito universitário americano, divulgado boca-a-boca, com platéia cativa. Cure for Pain é um disco para baixar a agulha, servir-se da bebida que o agradar, pistaches e castanhas de caju, e ouvir inteiro, de lado a lado.

Morphine

A morfina, do nome, é provavelmente o mais forte dos medicamentos para dor – da família dos opiáceos extraídos da papoula – altamente viciante, usado apenas para dores extremas, em hospitais, sob absoluto controle. O nome do disco, Cure for Pain (Cura para a Dor), é totalmente apropriado, então. A banda juntou cinco álbuns em sua carreira, sendo este o segundo, e fez um bom público no circuito alternativo, um sucesso decente, boas críticas, mas pouca exposição no rádio e na mídia especializada, exceto algumas aparições na MTV. Tiveram ótima exposição, entretanto, em vários países europeus.

Morphine começou sua curta vida em Cambridge, Massachusetts, no nordeste dos EUA, em 1990, com o ex-guitarrista Mark Sandman no baixo, Dana Colley no sax tenor e barítono, e Jerome Deupree na bateria – que logo foi substituído por Billy Conway, que ficou até o final da banda, em 1999. Infelizmente, em 3 de julho de 1999, Mark Sandman desmaiou no palco de um show no Festival Nel Nome del Rock, em Palestrina, na Itália, falecendo aos 46 anos de um ataque cardíaco prematuro, e cortando a carreira e a existência do Morphine pela raiz.

Curiosamente, em 1994, na turnê de lançamento de Cure for Pain, a banda esteve no Brasil (show que eu perdi, por puro desconhecimento). Descobriu-se que Mark Sandman já havia morado por um ano no Rio de Janeiro – e falava um português compreensível – além do fato do nome da banda ter sido influenciado mais por Morfeu, deus grego dos sonhos, do que pelo medicamento para a dor. Ao ser perguntado, por um jornalista, sobre qual seria o músico com o qual eles gostariam de tocar, Sandman respondeu: “Gostaríamos de trabalhar com Prince. Ele é uma pessoa de difícil contato. Agora ele nem tem nome, está usando um símbolo como nome e vai ser mais difícil ainda falar com ele. Prince é muito ocupado, mas nós também somos”, ironizou.

Destaque para as faixas Buena, e In Spite of Me – de um disco excelente, de uma banda que faz falta.

Pode ser encontrado em: CD / Vinil / Serviços de streaming selecionados. O vinil saiu em 1993/94 no Brasil, e tem um som meio apagado nos agudos, mas não totalmente ruim de ouvir. Na década de 2010, ele foi relançado em vinil de 180 gramas, com um som muito superior – mas também mais difícil de achar, e caro. O CD é bem decente, e o que está nos serviço de streaming, também.

Ouça um trecho da faixa “Buena” no YouTube.
Mozart – Le Nozze di Figaro – MusicAeterna – Teodor Currentzis (Sony Classical, 2014)

Eu cresci ouvindo música clássica – mas tive também meus anos ‘formativos’ ouvindo várias formas de rock em ‘oposição’ ao sistema, família, sociedade e bons costumes, rs… Na minha família, a música clássica era onipresente, mas com ênfase no repertório do período do Romantismo, do século 19 até o Romântico Tardio que ainda se manifestava no início do século 20. Ou seja, não se ouvia muito Mozart em casa, pelo menos durante um período inicial. Porém, após 1984, um bocado de obras do mestre imortal austríaco passaram a fazer parte do repertório da família. Por que 1984? Foi o ano em que saiu o filme Amadeus, uma espécie de biografia romantizada da vida do compositor.

Além de ser um dos melhores filmes que eu já vi, independente de qualquer outra coisa, a música é soberba. Aí descobri, com meu pai, que ele não era tão fã de Mozart por causa da maneira como a música dele era usualmente interpretada, de maneira muito quadrada, séria, austera, e simplesmente chata, plana, destituída de emoção. Desculpem aos que acham que emoção é algo destinado apenas ao repertório do Romantismo, que veio no século seguinte à Mozart, mas o filme Amadeus mostrou que um pouquinho de emoção e vivacidade tornaram a apresentação das obras do compositor muito mais leves e de uma beleza inacreditável. Na extensa lista de composições que o notável austríaco proveu ao mundo em sua curta vida, há muita, muita beleza, em numerosos formatos dentro do gênero clássico.

Especificamente dentro do filme, o culpado disso tudo é o – já falecido – maestro inglês Sir Neville Marriner e sua orquestra, a Academy of St Martin in the Fields, de Londres, Inglaterra. Foi aí que meu pai descobriu que dava para se fazer Mozart de uma maneira muito mais bonita, e que haviam outros artistas, além dessa orquestra, fazendo também belíssimas interpretações – como, por exemplo, os concertos para piano de Mozart nas mãos do pianista, também austríaco, Alfred Brendel – obrigatórios!

Considero o filme Amadeus um dos responsáveis por um retorno – um ‘revival’ – ao interesse mais popular pela obra de Mozart, muito por dar uma ‘refrescada’ na maneira como ela é interpretada. E a interpretação que sugiro aqui, da ópera Le Nozze di Figaro, pelo maestro Teodor Currentzis, também é considerada ‘energeticamente’ diferenciada – e até de “experimental” foi chamada por alguns críticos. Veja, ninguém tem certeza de como as obras de Mozart eram interpretadas em sua época, assim como ninguém pode dizer se a beleza, leveza e vivacidade aplicadas por Neville Marriner e a St Martin in the Fields é ‘mais certa’ ou ‘mais errada’. Assim como, no mesmo espírito, a versão de Le Nozze di Figaro pelas mãos e braços de Currentzis e sua orquestra MusicAeterna, deve ser ouvida e apreciada – ou não! – esquecendo o espírito transgressional e amalucado, e fanfarrão, de seu regente. Você decide! Afinal, o que importa sempre é a música e como ela toca cada um de nós.

Le Nozze di Figaro – As Bodas de Fígaro – é uma ópera cômica em quatro atos, composta por Wolfgang Amadeus Mozart, em 1786, baseada em um libreto italiano escrito por Lorenzo Da Ponte (que também escreveu os libretos de várias outras óperas famosas de Mozart). A interpretação desta gravação, de 2014, por Currentzis e sua orquestra MusicAeterna, é gravação do selo Sony Classical.

Para quem é esse disco? Para todos os fãs de ópera, todos os fãs de Mozart, todos os fãs da lírica música clássica, para todos que não conhecem mas querem conhecer uma música universal e imortal. E é para todos os ardorosos fãs de Mozart que se dispuserem a aceitar uma leitura idiossincrática e, por vezes, experimental, de uma de suas obras – mas, vejam: esse ‘experimentalismo’ está nos detalhes, OK? Ninguém mudou radicalmente a obra, não se preocupem. Não tem nada ‘esquisito’ no palco junto com a orquestra (a não ser o regente…rs).

Teodor Currentzis

Mozart nasceu Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart, em 1756, em Salzburg, na Áustria, cidade que era, então, domínio do Arcebispo de Salzburg. Seu pai, Leopold, foi compositor, professor de música, violinista e chegou a ser Mestre de Capela para o Conde Leopold Anton von Firmian, o Arcebispo. Aos 3 anos de idade, Mozart já assistia o pai dar aulas para sua irmã mais velha e, diz a lenda, aos 4 ou 5 anos, já tinha anotações de composições básicas. Wolfgang já era o gênio da casa, e depois um dos maiores gênios da música, tocando com sua irmã em apresentações de ‘crianças-prodígio’ em vários lugares da Europa, até boa parte de sua adolescência. E logo tornou-se também empregado do Arcebispo. Em 1781, em uma viagem com o Arcebispo à Viena, a ‘cidade musical’, Mozart foi apresentado ao Imperador da Áustria, por quem teve trabalhos comissionados, muito a contragosto de seu patrão.

Em Viena, onde decidiu ficar, Mozart floresceu e estabeleceu-se como compositor freelancer, casou-se, teve seis filhos, iniciou amizades com vários compositores, como Joseph Haydn, e compôs muito. Mas, em 1791, debilitado e febril, Mozart faleceu prematuramente aos 35 anos de idade, de causas que nunca foram esclarecidas.

Nascido Theodoros Kourentzis, em Atenas em 1972, o regente Teodor Currentzis frequentou o Conservatório Nacional de sua cidade a partir dos 12 anos, no estudo do violino. Depois, aos 15, estudou composição e, aos 22, começou os estudos de regência, já no Conservatório de São Petersburgo. Desde então, adotou a Rússia como país. Em 2004 tornou-se regente da SWR Symphony Orchestra Stuttgart, e atualmente é diretor artístico do grupo MusicAeterna, sediado no Teatro de Ópera & Balé de Perm, na Rússia, desde 2011. E é com esse grupo que faz turnês e gravações. Já regeu a Sinfônica de Viena, a Filarmônica de Berlim, Filarmônica de Paris, Baden-Baden Festspielhaus, e La Scala de Milão, entre outras. Ele têm causado um certo impacto no meio mundial da música clássica, chegando ao ponto de ser chamado por uns de ‘punk’ ou de ‘anarquista’, e por outros de ‘guru’. Currentzis faz concertos em galpões na Rússia, de música moderna, no meio da madrugada, e também rege obras como a Nona de Mahler ou Idomeneo de Mozart, com a mesma desenvoltura pessoal.

Sempre polêmico, o ‘regente-rockstar’ adora soltar frases insólitas, como: “Eu vou salvar a música clássica!” e “Você pode chorar sozinho em frente ao seu toca-discos com essa música”. Salvador ou charlatão? Você decide… Eu me foco na música!

O destaque especial deste disco vai para as faixas Atto Secondo: Voi che sapete che cosa è amor, e Atto Quarto: Contessa perdono.

Pode ser encontrado em: CD Triplo / Vinil Quádruplo / Streamings selecionados. Nunca ouvi o CD, e nem sequer vi um desses LPs pela frente – mas bem que gostaria de ter visto! A gravação excelente, moderna, está muito boa, detalhada e dinâmica, nos serviços de streaming.

Ouça um trecho de “Contessa perdono” no YouTube.

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