Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br
Para quem nos lê mensalmente, esse alerta da OMS (Organização Mundial da Saúde), não é nenhuma novidade. Felizmente, frente a esse número tão impressionante e assustador, as grandes mídias finalmente deram o destaque devido ao problema. Desde o primeiro número da Audiofone, assumimos nosso compromisso de alertar mensalmente (seja em editorial ou em anúncio institucional), os perigos que os jovens passam, ao se expor por longas horas em volumes altos, de perderem a audição rapidamente. O problema é que, ao contrário de outras comorbidades físicas, a perda de audição é silenciosa – e quando os primeiros sintomas aparecem (zumbidos que podem ser por alguns instantes ou permanente, dependendo da gravidade), a perda já se tornou irreversível! À medida em que as audições são feitas acima de 85 dB, diariamente, a primeira consequência será o lesionamento das células ciliadas, que são nossos receptores auditivos, levando, à medida que insistimos em manter esse volume (85 dB), a termos uma lesão que irá de leve à profunda em um curto espaço de tempo. Então, a primeira medida sensata e eficaz a ser tomada é nunca ouvir por mais de duas horas, sem descanso de pelo menos uma hora, e em volume médio entre 60 dB e 76 dB de pico. Pois submeter a audição a volumes de 85 dB, que é o nível de ruído de fábricas com maquinário pesado (em que pela lei trabalhista exige-se o uso de protetor auricular), é fatalmente danificar a audição de maneira definitiva! E, segundo os especialistas, o único tratamento que existe para a perda de audição, uma vez que as células ciliadas foram lesionadas, será o uso de um aparelho auditivo. É assustador imaginar uma geração inteira com deficiência auditiva com apenas 30 anos de idade, e o quanto esse problema pode influenciar essa geração profissionalmente e em suas relações interpessoais. E, o mais grave, é que existem fones ‘corretos’ para se evitar esse risco. E nosso compromisso sempre será apenas avaliar produtos que cumpram com esse objetivo: o melhor equilíbrio tonal possível, para que o ouvinte possa ouvir sua música com qualidade nos volumes seguros.
Neste mês testamos o novo modelo de fone intra-auricular da Yamaha, TW E7B, que por serem colocados diretamente no canal do ouvido, precisam de cuidados redobrados, tanto no período de uso, como no monitoramento rigoroso do volume. Aceitamos
testá-lo para ver se ele atendia a todos os quesitos de nossa Metodologia. E, para nossa surpresa, ele se saiu muito bem!
Não faça parte dessa triste estimativa divulgada pela OMS. Escolha um fone em que seu sistema auditivo se mantenha protegido. Escolhendo o fone correto, você terá a música como sua companhia por toda a vida!