Teste 4: CABO DE FORÇA APEX DA DYNAMIQUE AUDIO

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Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br

E, finalmente, com o cabo de força Apex, fecho este ciclo de testes dos novos produtos da Dynamique Audio.

Foi uma experiência fascinante conhecer esse fabricante de cabos e, mais incrível ainda, foi poder descobrir que existe um projetista de áudio que pensa fora das normas vigentes, que regem a ‘cartilha’ de como cabos hi-end devem ser fabricados e como devem soar.

Essa, na minha opinião, foi a parte mais interessante, depois de testar os cabos intermediários o Halo 2, os top Zenith 2, e os de nível superlativo Apex.

Diria que muito mais que um fã e usuário dos Apex, me tornei um admirador de seu projetista, pela ousadia e capacidade de colocar suas ideias em prática de maneira tão consistente.

Em 30 anos como revisor crítico de áudio, jamais ouvi e testei cabos que buscassem de forma tão veemente soarem neutros como esses cabos da Dynamique. E minha admiração só foi se multiplicando à medida que constatei que, nos cabos mais sofisticados da Dynamique, a busca pela neutralidade tornou-se exemplo a ser seguido – se algum dia outros fabricantes de cabos quiserem trilhar essa nova e tão fecunda estrada.

Tenho dúvidas se outros o farão, pois esse grau de neutralidade encontrado na linha Zenith 2 e Apex, são incompatíveis com uma larga parcela de eletrônicos. E, claro, com uma enorme legião de audiófilos que ainda buscam um som ‘azeitado’!

Diria que essa neutralidade só será muito bem vinda aos que tem como sua única referência instrumentos reais não-amplificados. E que buscam dar aos seus setups hi-end essa mesma assinatura sônica, e não abrem mão de que também sua eletrônica, suas fontes e suas caixas sejam o mais neutras possível!

Por isso que minha admiração pelo Daniel Hassany só aumenta cada vez que ele nos envia um novo produto.
Já escrevi no teste do mês passado, do cabo AES/EBU Apex, o quanto esperei pacientemente por ouvir um setup completo Apex no nosso Sistema de Referência. Foram dois anos de espera. E posso afirmar que, por mais que tenha ‘vislumbrado’ o efeito que um setup de cabos todo Apex faria pelo nosso sistema, errei em ter a dimensão exata do que ocorreria.

Eu sugiro que os que não leram o teste publicado na edição de novembro do cabo digital Apex, o façam, pois nele eu passei boa parte do teste descrevendo o que entendo por neutralidade, e os benefícios que um cabo genuinamente neutro pode fazer por um sistema que também prima por esse tão importante atributo sonoro.

Então, neste teste, me debruçarei mais em descrever as qualidades da neutralidade do Apex de força do que repetir a longa introdução feita no teste do AES/EBU.

Mas não posso, antes de descrever as informações técnicas do cabo, não falar dos erros que muitos revisores cometem ao descrever observações auditivas como neutras. Um excelente exemplo li recentemente em uma mídia de língua inglesa muito conceituada, em que o revisor descreve o produto em teste da seguinte maneira: “Diria que sua assinatura sônica esteja mais para o campo do quente, sem, no entanto, perder o lado analítico que tanto desejo, deixando-o mais neutro”. ‘Quente’ suponho que seja o termo mais comumente usados para descrever algo ‘musical’ ou agradável aos nossos ouvidos. E o ‘analítico’, seja descrever uma apresentação mais fria ou menos convidativa.

No entanto, o produto que se encontra entre essas duas possibilidades, não pode ser classificado como neutro. Pois neutralidade significa justamente não ter nenhuma característica sônica que se imponha.

Eu descrevi esse erro com inúmeros exemplos no teste do Apex digital, então não irei voltar a explicar minuciosamente aqui as confusões tão frequentes no uso indevido desse termo por revisores, mas preciso que o amigo leitor entenda definitivamente que o termo neutro, usado para descrever os cabos da Dynamique, nada tem a ver com o termo empregado frequentemente em inúmeros testes mundiais. OK?

O cabo Apex de força, segundo o fabricante, possui todos os pontos fortes do modelo Celestial 2, incorporando a mesma mistura de metais nobres utilizados na linha Apex interconexão.

Composto por 14 condutores de prata sólidos 5N, de bitola variável, que incluem quatro condutores multinúcleos (para um equilíbrio tonal ainda mais correto). Três condutores de 5.3 mm, são galvanizados em ródio e isolados em um super dielétrico PTFE Teflon espaçado a ar, e configurados em uma geometria helicoidal empregando a tecnologia de filtro de ressonância. As terminações incluem conectores de revestimento de metal premium, com contatos de cobre banhados a ouro.

O acabamento é primoroso, como todo Apex, e como todo cabo dessa linha, perfeitamente maleável e nada de pesar um ‘saco de cimento’ como inúmeros cabos de força existentes no mercado, que são capazes de levantar powers e integrados Classe D.

O Daniel pede um amaciamento de no mínimo 100 horas, mas eu achei alterações significativas tanto no equilíbrio tonal, como no seu foco e recorte, até as 250 horas. Depois de 200 horas, serão variações muito pontuais, mas elas estarão presentes principalmente na apresentação dos planos, foco, recorte e ambiência.

Para o teste utilizamos o cabo de força nos seguintes equipamentos: na régua da Sunrise Lab, que alimenta todo o sistema, na fonte PSU Nagra que alimenta o pré Classic e o TUBE DAC, no DAC Rossini (leia Teste 1 na edição de novembro), nos Transportes Nagra e dCS Rossini, e no pré de phono Gold Note PH-1000.

Os outros cabos de força foram os Transparent PowerLink MM2, Transparent G6 Reference XL e Opus, e Sunrise Lab Quintessence Aniversário.

O set de cabos foi todo Apex do digital ao cabo de caixa.

Foi essencial passear com o Apex de força para ver com ele, alimentando cada um dos equipamentos, o que poderíamos observar. E para teste AxB, nomeamos os Geração 6 da Transparent, para observar o que mudava na assinatura sônica de cada um dos produtos.

Para os objetivistas, que não creio que se interessem por um teste de cabo de força, já que para eles não podem existir diferenças audíveis, o que descreverei certamente será ‘processado’ como puro devaneio sonoro.

Para os que estão familiarizados com cabos de força e suas diferenças audíveis, será bem interessante acompanhar esse teste.

Eu nomeei cinco gravações que conheço bem, e que são usadas para fechar notas de nossos quesitos e são bem encardidas em termos de equilíbrio tonal, textura, transientes, corpo harmônico, timbre, musicalidade e neutralidade. São elas:

OUÇA Miroslav Vitous – Universal Syncopations, NO TIDAL.

Miroslav Vitous – Universal Syncopations, com a participação do saxofonista Jan Garbarek, do pianista Chick Corea, do guitarrista John McLaughlin e do baterista Jack DeJohnette. Gravação primorosa do selo ECM.

Wynton Marsalis Quartet – The Magic Hour, em que utilizo sempre as faixas 2 e 7, destruidoras de reputação de sistemas hi-end.

OUÇA Paganini – La Campanella, NO TIDAL.

Paganini – La Campanella – Le Streghe e La Cenerentola And Tancredi Variations, com o violinista Philippe Quint e o pianista Dmitriy Cogan, do selo Naxos, que exigem o maior grau de equilíbrio tonal do setup. Minhas preferidas para avaliação de equilíbrio tonal, textura, foco, recorte e neutralidade são as faixas 4 e 7. Sendo a 7 outra destruidora de sistemas que não tenham exímia neutralidade e equilíbrio tonal.

OUÇA Cinema Serenade, NO TIDAL.

O belíssimo Cinema Serenade com o violinista Itzhak Perlman e regência de John Williams, com a Orquestra Sinfônica de Pittsburgh. Desse disco as duas faixas que mais utilizo são: a 2 e a 6. Sendo a 6 excelente para avaliação de todos os quesitos da nossa Metodologia.

OUÇA James Carter – In Cartesian Fashion, NO TIDAL.

E, finalmente, para fechar o teste do cabo de força Apex, nomeei o ‘implode quarteirão’: James Carter – In Cartesian Fashion. Aqui é até difícil nomear uma ou duas faixas, pois todo o disco é uma hecatombe sonora, que em sistemas sem o nível artístico e técnico da gravação irão sucumbir em segundos. Escolhi as faixas 4 e 5 para uma avaliação criteriosa de transientes, dinâmica, textura e musicalidade.

Quando escrevi, há muitos anos, a resenha desse disco, recebi críticas ferozes de leitores dizendo se tratar de um ‘lixo sonoro’, incapaz de ser audível em um sistema hi-end! Foram dezenas de leitores inconformados com a indicação, um até exigiu que se restituísse o dinheiro investido! Ossos do ofício… Se eu sair contando todas que já ouvi, sobre nossas gravações e discos como esse do James Carter, daria tranquilamente uns cinco Espaço Aberto!

Vamos lá, às observações do cabo Apex de força, começando pelo Miroslav Vitous. Tenho amigos e colaboradores que preferem comer jiló com casca semi-cozido a ouvir o saxofonista Jan Garbarek tocando sax soprano, rs! Adoro a faixa nove – Brazil Waves. Mas tenho que concordar que se o equilíbrio tonal do setup não for preciso, o som do sax será inaudível na oitava mais alta. Muitos audiófilos, ao ouvirem este disco, jogam a culpa na gravação e no próprio Garbarek.

Até terem a oportunidade de escutar essa faixa em um sistema que tenha o equilíbrio tonal correto. Aí tudo muda de figura.

Outros que gostam do disco e do artista, tentam compensar a extensão e o timbre do sax soprano, ‘aveludando’ o instrumento, seja com cabos, ou com válvula na eletrônica. Esquecendo que, ao fazer uso desse truque, estão na verdade alterando o equilíbrio tonal da gravação.

Pois bem, ouvir essa faixa 9, sem o Apex na régua, ou na fonte Nagra PSU que alimenta o Pré Classic e o TUBE DAC, tínhamos o equilíbrio correto, porém sem a riqueza e detalhes do invólucro harmônico, que enriquece a apresentação da textura do instrumento e, o mais interessante: a folga na extensão no decaimento das altas, que propicia um enorme conforto auditivo.

E sabe como se consegue isso amigo leitor? Com a neutralidade. Sem maior neutralidade, essas qualidades tão sutis não estão audíveis. Foram gravadas, captadas, não se perderam na mixagem, muito menos na masterização, porém se estiverem apenas dependentes do correto equilíbrio tonal, não serão expostas.

Somente a Neutralidade nos permite ‘recompor’ detalhes tão importantes para desfrutarmos de todas as qualidades da gravação e, o mais importante: da intencionalidade existente desde a concepção do arranjo, da execução e da gravação!

Aí, novamente, levanto a questão tão importante: podemos chamar de alta fidelidade sistemas que não nos mostram na totalidade o que foi executado? Podemos colocar no mesmo patamar, sistemas que soam corretos, mas não nos passam o grau de intencionalidade presente na obra?

O segundo exemplo, a faixa 8 de The Magic Hour do quarteto do trompetista Wynton Marsalis, é fatal para sistemas ‘pretensiosamente’ de referência sem na verdade o serem. Pois trata-se de uma gravação e de uma obra de enorme complexidade, tanto de arranjo, como de execução. E se o sistema não estiver à altura, a música se apresenta confusa, desinteressante, e com o piano (em seu momento solo) e com o trompete do Marsalis (na oitava mais alta), duros, brilhantes e agressivos.

Esse é outro disco como o do James Carter, que frequentemente é criticado por uma legião de audiófilos. Gosto muito, na faixa 8, de mostrar o solo de piano a todos que acham que a gravação é ruim e que a mão direita soa com som de piano de vidro!
Porque isso não é verdade. Nem o piano e muito menos o trompete soam agressivos. A diferença, quando escutamos essa faixa no Apex de força, está novamente na folga existente na macrodinâmica e no grau de extensão nas duas pontas, que associado à sua neutralidade, novamente nos permite apreciar a beleza da textura do quarteto e toda a complexidade do arranjo e o quanto exige do grupo em termos de interpretação e execução.

E quando extraímos o Apex de força é que notamos que a gravação se torna menos impactante e realista! Diria a todos que possam fazer o investimento em um set de cabo de força Apex, só o façam se tiverem plena certeza, pois voltar atrás é realmente impossível. Pois em cada faixa que você escutou com ele, irá faltar justamente seu maior trunfo – a neutralidade.

Outro disco que soa decepcionante em muitos sistemas top é o do Paganini, principalmente a faixa 7, dos 24 Caprichos. Sabe como a maioria dos audiófilos faz para poder escutar essa obra? Fica com o controle remoto, monitorando o volume. Se você faz uso desse expediente, sabe o quanto isso é frustrante, pois é a prova cabal que o sistema não possui folga suficiente para a variação dinâmica. E quando finalmente você escuta essa faixa em um sistema que reproduz toda a faixa dinâmica sem problema, é simplesmente a glória, não é verdade?

Muitos podem estar se perguntando, mas são apenas dois instrumentos acústicos, um violino e um piano. Pode ser tão dramática assim a variação dinâmica?

Ouça meu amigo, ouça!

O que o Apex de força nos proporcionou foi mais importante que a folga já existente no sistema, para ouvir esse disco com tanto prazer. Ele no sistema nos deixou ouvir a beleza das texturas tanto do violino, como do piano, fazendo com que a gravação, que já é primorosa, ganhasse requinte de realismo absoluto!

Se você deduzir que isso tem a ver com o grau de neutralidade do cabo, tenha absoluta certeza que sua resposta está corretíssima!

E chegamos ao tão difamado James Carter, e as duas faixas que podem azedar a vida de qualquer audiófilo que julgue que, em termos de equilíbrio tonal, chegou ao topo da montanha!

Ao ouvir esse disco, certamente você perceberá que as nuvens estão impedindo de você ver realmente o topo da montanha.

Para esse disco, e as faixas 4 e 5, soarem em todo seu esplendor, todos os quesitos da Metodologia precisarão estar em perfeito alinhamento e, para sentir aquele gosto do ‘perfeito’ alinhamento, será preciso uma pitada de neutralidade, para que finalmente possamos compreender que a técnica de embocadura e técnica de respiração de James Carter é única! Você pode ser um fã de inúmeros outros virtuoses do saxofone, que felizmente são muitos, mas o que o James Carter extrai principalmente do sax barítono é excepcional!

Esse disco saiu em 2003, e o ouço com enorme frequência e ainda me pergunto, em várias passagens, onde ele tomou fôlego para alongar tanto cada nota. O cabo Apex me deu algumas respostas e pontuou como nenhum outro cabo o quanto é exuberante sua respiração!

As pessoas que já ouviram nosso Sistema de Referência sempre me questionam o volume em que escuto as gravações. E por mais que eu diga que ouço no volume em que foram gravadas cada música, muitos ficam na dúvida se estou ou não falando a verdade.

O que os faz não acreditarem na minha palavra, está justamente no silêncio do piso de ruído da sala (menor que 30 dB), na acústica da mesma com um decaimento longo para uma orquestra sinfônica poder soar, e o mais importante respirar na sala e, principalmente na folga que o sistema tem.

Pois bem, para provar que não estou mentindo, explico que quando a música exigir, na resposta macrodinâmica, o deslocamento de ar será integralmente sentido em todo o corpo, sem no entanto a gravação endurecer ou pular para a frente das caixas e soar bidimensional. E não tem faixa mais exemplar que a 6 do disco do violinista Itzhak Perlman com a regência de John Williams.

Pois no crescendo da orquestra para o fortíssimo dos tímpanos, seu corpo é sacudido por um redemoinho de deslocamento de ar, como na sala de espetáculo (quem já foi a Sala São Paulo, por exemplo, entenderá perfeitamente minha descrição).

Aí meus convidados acreditam no que disse de sempre estarmos escutando o volume de cada gravação. Mas como o sistema não fica com a ‘faca nos dentes’ onde não há necessidade, a folga e o conforto auditivo para quem nunca apreciou a reprodução eletrônica com esse grau de equilíbrio fica na dúvida.

O Apex nessa faixa foi além de todas as audições que já tinha feito. Permitindo um grau de inteligibilidade dos naipes de metais e madeiras que nunca havia escutado!

CONCLUSÃO

Não sei quando poderei fazer esse investimento, pois estamos falando de 16 mil dólares, para adquirir apenas dois cabos de força Apex. Mas se existe um upgrade que se tornou obrigatório em nosso Sistema de Referência, antes de comprar a fonte externa do pré de phono da Gold Note (que era minha próxima meta), será colocar dois Apex de força nesse sistema. Um na régua (esse urgente e mais que obrigatório) e um segundo na fonte PSU da Nagra.

Comecei até a elucubrar mudar a disposição dos equipamentos, para ver se o Daniel faz dois cabos Apex de apenas meio metro cada um, para poder acelerar esse upgrade. Pois retirar o cabo de força Apex do sistema, foi uma das maiores tristezas que já experimentei nos 26 anos da revista!

Acho que seria inútil dizer ou escrever algo mais sobre a importância da neutralidade em um sistema que já está com todos os cabos Apex, exceto o de força.

Espero ter condições de em breve realizar esse essencial upgrade!


PONTOS POSITIVOS

Em um setup de cabos todo Apex, não ter o de força é inadmissível.

PONTOS NEGATIVOS

Preço.


ESPECIFICAÇÕES

Condutores• Prata pura sólida (5N)
• Prata pura sólida com banho de ródio (5N)
• Prata pura sólida com banho de ouro (5N)
Bitola• 2x 16 AWG prata pura
• 2x 19/3 AWG Prata com banho de ródio
• 2x 20/3 AWG Prata com banho de ouro
• 1x 16 AWG cobre OFC (7N) com banho de prata (terra)
IsolaçãoPTFE Teflon, super espaçado com ar
ConstruçãoArray helicoidal, bitola distribuída
Blindagem1x filtro de ressonância por canal
TerminaçõesIEC de ouro com envólucro de metal da Dynamique
CABO DE FORÇA APEX DA DYNAMIQUE AUDIO
Equilíbrio Tonal 15,0
Soundstage 15,0
Textura 15,0
Transientes 14,0
Dinâmica 14,0
Corpo Harmônico 13,0
Organicidade 14,0
Musicalidade 13,0
Total 115,0
VOCAL
ROCK, POP
JAZZ, BLUES
MÚSICA DE CÂMARA
SINFÔNICA
ESTADO DA ARTE SUPERLATIVO



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