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janeiro 3, 2023
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TOCA-DISCOS THORENS TD 1610

Fernando Andrette

Tive por mais de 20 anos toca-discos da Thorens, e o interessante que foram apenas três modelos: o TD 160, o TD 124 e o TD 125 MkII – esse último comprado na Raul Duarte ainda na Rua Sete de Abril com o Cassiano, o pai das ‘meninas’ da Raul Duarte como as três são conhecidas.

E o mais impressionante é que ambos ainda estão em uso com seus novos donos! Thorens, assim como Garrard e SME, foram feitos para durar por um século se bem cuidados!

Fundada em 1883 na Suíça, ela sempre esteve ligada ao áudio (com a produção de gaitas, caixas de música e tocadores de cilindro do tipo Edison), ainda que no início também fabricasse pêndulos para relógios de parede e isqueiros.

Com o advento do CD-Player a Thorens (como todos os fabricantes de toca-discos), teve seu momento de estagnação – e quase falência na virada do século – mas entrou novamente em evidência em 2018, quando Gunter Kurten comprou a empresa e impôs uma nova diretriz à marca.

O currículo de Kurten é bem consistente: foi CEO da ELAC, e antes foi gerente da Denon, e passou por grandes empresas do setor como LG, Sharp e Sony. O objetivo de Kurten é ‘rejuvenescer’ a marca para atender a esse novo mercado analógico.

Visitei o site da empresa e vi que atualmente existem 17 produtos sendo comercializados sob a marca Thorens!
Esse novo modelo tem duas opções: 1600 (manual) e o 1610 (semiautomático). São idênticos no design, com a diferença que no 1610 o braço levanta ao término do disco.

Ao desembalar o 1610, imediatamente veio à memória o TD 160 que, no entanto, era mais pesado e um pouco maior que a nova versão. Meu TD 160 veio com o braço da Thorens, com headshell destacável, mas em termos de braço e tapete de borracha denso, são bastante semelhantes.

Mas a nova suspensão e amortecimento de três pontos é totalmente distinta do TD 160. Pois em vez das três molas helicoidais, agora a base é apoiada no rodapé, fazendo com que o sub-chassi não fique pendurado, estando livre das oscilações laterais existentes em todos os antigos Thorens. A grande sacada foi a colocação de um cabo de aço ligando os três pontos, que interrompe a oscilação lateral. E foi introduzida uma placa lateral de reforço para garantir a rigidez do sub chassis.

Os dois modelos são fornecidos com o novo braço de 9 polegadas, o TP92. Como o modelo 1610 é semiautomático, existe um motor para o levantamento do braço ao término do disco. Felizmente esse motor é bastante silencioso. Mas os audiófilos acostumados com alavancas na lateral dos braços para baixar e subir, estranharão momentaneamente ter que apertar um botão à frente do braço para fazer esse movimento. Na luz verde o braço está erguido, na luz vermelha, em contato com o disco.

A esquerda se encontra os três botões: de velocidade e stop. O TD 1610 tem saída RCA e balanceada, entrada para fonte para alimentação do motor, e ajuste fino de velocidade para 33 e 45 RPM. Ele não veio com cápsula, então utilizamos a ZYX Ultimate Bloom 3 (leia teste na edição 274).

Mais uma vez contamos com a ajuda inestimável do colaborador André Maltese, para a instalação da cápsula e ajuste fino do toca-discos.

Aqui faço uma pausa para dar uma informação ‘essencial’ aos futuros compradores deste toca-discos: só desça o braço sobre o disco quando o motor estiver com a velocidade plenamente estabilizada, pois ao acionar o motor, a base do braço – que é independente do restante do toca disco – vibra enquanto a rotação se estabiliza, e se você descer o braço no disco antes da estabilização, essa vibração pode danificar a agulha e o disco. Então, nada de pressa – se você quer imediatismo esse não é o TD indicado. Aqui será preciso fazer todo ritual de ligar o toca-discos, e ir selecionar os discos que serão apreciados. Quando o prato estiver com a rotação estabilizada e não houver nenhum movimento na base do braço, você poderá colocar o disco finalmente. Escolha a faixa, aperte o botão do elevador (que deve estar verde), e o braço descerá suavemente sobre o LP (e o botão do elevador ficará vermelho).

Sua assinatura sônica me lembrou muito o Thorens top de linha, o 550 (agora infelizmente descontinuado – leia edição 260), que adoramos pelo seu grau de relaxamento e musicalidade.

E foi uma surpresa gratificante ver que o braço TP92 é muito eficiente e correto em sua leitura. Visualmente parece um tubo muito ‘simplista e frágil’, mas, ao contrário, é bem construído, em alumínio multicamadas para melhor amortecimento interno. Externamente ele possui um anel fixo adicionado estrategicamente no meio do braço para diminuir qualquer tipo de vibração externa. O tubo possui uma extensão para a montagem da cápsula com um contato mecânico bem seguro.

O Maltese não teve dificuldade nenhuma em instalar a cápsula, ajustar o peso, anti-skating e o VTA. Mas não se iludam em achar que pode se fazer este ajuste sem as ferramentas adequadas e corretas. Pois como todo bom toca-discos, a performance dependerá do ajuste correto do braço e a instalação do toca-discos sobre um rack adequado.

A fonte externa é de excelente qualidade em termos de acabamento e funcionalidade. E a Thorens envia junto com o toca-discos um ajuste estrobo de velocidade, tanto para 33 quanto para 45RPM, extremamente essencial.

Para o teste utilizamos os prés de phono PH-1000 da Gold Note, e Sunrise Lab Mk2. Os integrados foram: Krell K-300i (leia teste na edição 286) e o Sunrise Lab V8 Anniversary (leia Teste 1 na edição 287). Caixas: Wharfedale Denton 85th Anniversary (leia Teste 3 na edição 287), JBL L100 Classic (leia teste na edição 285), Monitor Audio Gold 300 (leia teste na edição 290) e Estelon X Diamond Mk2. Cabos de interconexão Sunrise Lab Quintessence Anniversary (XLR e RCA).

Como a cápsula ZYX já estava completamente amaciada, deixamos apenas 20 horas ouvindo diversos LPs, para amaciar o cabo do braço. Muitos leitores esquecem que o cabo do braço de toca-discos também necessita de amaciamento.

Como escrevi, o conforto auditivo já nos primeiros discos foi muito semelhante ao que ouvimos no TD 550, mas com o braço SME Series V – o que é um enorme elogio ao TD 1610. Pois o que separa os toca-discos de entrada dos intermediários e dos de referência, é o grau de descongestionamento e inteligibilidade que cada um oferece. E muitos ainda acreditam que essa responsabilidade (de maior inteligibilidade), seja apenas da cápsula e do pré de phono. Grande erro, meu amigo, se você também pensa assim – pois no analógico tudo está ainda mais interligado do que em um setup digital.

Por isso que é uma arte seu ajuste e descobrir como extrair o máximo de potencial de cada toca-discos.

O Thorens TD 1601 se encontra na fronteira entre os bons toca-discos e os de referência, e se o ajuste fino do braço e a escolha da cápsula for correta, ele poderá ser um toca-discos ainda mais próximo dos de referência. Ou seja, ele tem sim ‘garrafas para vender’, desde que tudo seja criteriosamente bem escolhido.

Por isso escolhi a ZYX de entrada, pois é uma cápsula que conheço bem e sei que poderia dar um equilíbrio interessante entre o conforto auditivo inerente aos novos TDs da Thorens e uma ‘energia e vitalidade’ tão inerente à ZYX Bloom 3. Esse casamento permitiu extrair de gravações mais complexas, todas nuances existentes, sem comprometer a inteligibilidade do todo. E em gravações tecnicamente mais pobres, ouvir esses LPs sem perder o interesse ou tornar as audições ‘burocráticas’.

Essa é a ‘arte na escolha’ de cápsulas e braços: entender o que irá somar e o que irá subtrair. Mas não pensem que essa escolha se dá de forma tão racional ou objetiva, pois é preciso conhecer a assinatura sônica do que temos em mão para definir escolhas. O que estou tentando dizer é que valerá a pena, com todo toca-discos de melhor qualidade, que se pesquise antes de sair definindo a cápsula ideal para aquele analógico.

E o braço do TD 1610, com a ZYX Bloom 3 foi um casamento perfeito, para quem deseja uma sonoridade rica, precisa, natural e confortável! São produtos mais que compatíveis, pois se completam, e essa soma faz com que não fiquem arestas ou pontas (ao qual chamamos de elos fracos).

Com esse setup pudemos ouvir obras sinfônicas, big bands, rock, pop, blues, MPB, sem perda de interesse ou encanto. E se não é esse o maior objetivo de se ter um setup analógico, não sei qual seria.

Agora, não esperem deste toca-discos impetuosidade ou precisão cirúrgica, pois essa não é e nunca foi a proposta de nenhum Thorens. O que eles sempre reivindicaram para a marca, foi audições confortáveis e que o ouvinte possa degustar dessas audições relaxadamente, sem pressa e com aquela vontade de reviver esses momentos.

Para audições mais críticas, impetuosas, sugiro o leitor ouvir outros toca discos mais modernos, sem o uso de molas. Opções não faltam, acredite!

Mas não pensem que o TD 1610 com a cápsula ZYX soou letárgico ou displicente. Pelo contrário, soou sempre com vivacidade, mas aquela vivacidade de pessoas que estão passeando, descansando, e não a trabalho, com hora e agenda lotada. Entendem aonde estou querendo chegar? Óbvio que um Rega Planar terá maior marcação de tempo e andamento, como se estivéssemos assistindo a um desfile militar – mas o Rega não terá nenhuma condescendência que o TD 1610 tem, por exemplo, com uma gravação tecnicamente ruim.

Sempre as escolhas meu caro – elas determinarão o rumo da prosa!

CONCLUSÃO

A quem se destina o TD 1610? Fiz essa pergunta a cada novo LP que escutei, e me admirava com a sua sonoridade sedutora e descompromissada, com detalhes e mais detalhes.

Acho que é para todos com uma longa bagagem em analógico (independentemente da idade, por favor), e que estão cansados de levantar e sentar na busca do LP que soe decentemente em seu toca-discos. Todos já passamos por isso, de ter um setup analógico que só dá prazer em tocar os discos muito bem gravados de 180 gramas e, de preferência, japoneses.

Se você quer reconquistar toda sua coleção de LPs, o TD 1610, é a ponte para esse recomeço. Ele irá restituir lembranças daquelas audições em grupo, que fazíamos quando éramos mais jovens e tudo que queríamos era reunir os amigos e ouvir nossos LPs em silêncio, sem ponto ideal de audição, ou o que quer que fosse deste ritual audiófilo que nos tirou do coletivo e nos submeteu ao isolamento.

No Thorens TD 1610 uma coisa é certa, a garantia de que a música soará convidativa sempre!

Se o seu desejo é trazer esses dias de volta a sua vida, não perca tempo e ouça o TD 1610 com a ZYX Bloom 3.

Nota: 90,0
AVMAG #287
KW HiFi

fernando@kwhifi.com.br
(11) 95442.0855 / (48) 3236.3385
R$ 27.400

TOCA-DISCOS SME SYNERGY

Fernando Andrette

Estamos acostumados a ver toca-discos de entrada ou intermediários, Plug & Play. Até para mim é uma novidade um toca-discos Estado da Arte utilizando esse conceito, e de maneira tão magistral!

Se me dissessem um ano antes do lançamento do Synergy pela SME (um dos mais tradicionais fabricantes de toca-discos) que seus engenheiros estavam imbuídos em ‘presentear’ o mercado com um toca-discos pronto para uso, eu duvidaria de que fosse verdade. Para o leitor não familiarizado com essa reputada marca Inglesa, basta dizer que seus produtos depois de lançados, permanecem por décadas em fabricação, sem sofrer nenhuma mudança drástica.
Seu braço SME V está no mercado desde meados dos anos 80, assim como seus renomados toca-discos SME 10 e SME 20.

O Synergy segue essa mesma filosofia, de ser feito para durar por uma eternidade, porém seu conceito além de ‘moderno’ visa atender ao audiófilo que deseja o toca-discos definitivo, em que ele não tenha mais que se preocupar com upgrades futuros, na cápsula, braço, cabos e no pré de phono! Se você está nessa categoria de audiófilos, que deseja a solução definitiva analógica, se ajeite em sua cadeira, pois esse teste tem muito a lhe dizer.

A SME é justamente conhecida, e ganhou a fama merecida de ter uma qualidade de engenharia a ser copiada (ou pelo menos invejada), de precisão e durabilidade. A obsessão aos mínimos detalhes de construção e de soluções práticas, é elevada à enésima potência.

O Synergy por ser uma opção completa, teve que contar com a colaboração de parceiros experientes e com os mesmos objetivos da SME: oferecer a melhor resolução possível, tanto em termos de praticidade e compatibilidade como de performance.

Então a SME se juntou a Crystal Cable para solicitar o desenvolvimento do cabo de braço para o SME IV, solicitou várias opções de cápsulas a Ortofon até, depois de inúmeras audições, escolher o modelo MC Windfeld Ti. E, para o desenvolvimento de um pré de phono que fica internamente instalado na base do Synergy, o parceiro escolhido foi a Nagra, que também dispensa apresentações, sendo justamente conhecida pelo seu alto grau de confiabilidade, durabilidade e performance!

Se você nunca viu ou instalou um toca-discos Estado da Arte, irá se assustar com seus mais de 25 Kg, então o primeiro cuidado que indico é que peça ajuda para retirá-lo da embalagem. Segunda dica essencial: veja se seu rack sustenta um toca-discos ‘peso pesado’.

Como a cápsula já vem instalada no braço, e os pés de ajuste de altura, contra peso e anti-skating ajustados, o trabalho será apenas ler o manual e ver se no transporte nada foi danificado. Para esse trabalho de revisão e ajuste final, mais uma vez nosso fiel escudeiro André Maltese realizou o trabalho pesado e prazeroso de, depois de tudo revisado, sentar e fazer a primeira impressão conosco.

Acho que os menos experientes podem ter um pouco de dificuldade apenas na hora de ligar as fontes, pois são duas: a do motor do SME e a do pré de phono Nagra, que está instalado na base do Synergy.

E pode-se ter alguma dúvida em relação aos dois parafusos de aterramento dourados existentes na base do toca-discos, mas tudo está bem explicado no manual.

Os cuidados essenciais são: destravar o toca-discos, retirando as tiras que travam o chassi, colocar o lubrificante que vem em uma seringa já na medida certa para ser utilizada no rolamento (o manual explica detalhadamente o procedimento a ser feito para colocar o lubrificante), aí é colocar o prato, a correia, fazer uma reavaliação de peso, altura e anti skating, ligar o cabo de braço a entrada do pré de phono, ligar o cabo da Crystal Cable RCA de 1m no seu pré de linha ou amplificador integrado, plugar o cabo da fonte no chassi do Synergy para alimentar o motor do SME, o plug da fonte do pré da Nagra também no chassi do toca-discos, ligar os fios de aterramento, sentar e ouvir seu primeiro disco.

Eu não tinha, à disposição no teste de um segundo cabo de braço, para desplugar o pré de phono da Nagra internos e ouvir o Synergy no nosso PH-1000 para comparar os prés de phono. Então toda a avaliação feita foi do pacote – e que pacote, meu amigo!

Gosto de observar atentamente os três primeiros discos que ouço no primeiro contato com o toca-discos em teste, pois raramente essa primeira impressão será drasticamente alterada após o amaciamento. E posso garantir que a primeira impressão foi das melhores.

Pois o ‘pacote’ se mostrou coerente, coeso e cativante (quando em minhas anotações pessoais coloco esses três C, sei que será um teste imensamente prazeroso).

A sensação mais relevante ao ouvir o Synergy – o tempo todo em nosso Sistema de Referência e com as caixas Harbeth SHL5plus XD (leia Teste 2 na edição 291), JBL L100 Classic e Estelon X Diamond MkII, é que buscar limitações no Synergy é procurar ‘pelo em ovo’.

Pois fica evidente que os engenheiros da SME fizeram esse trabalho ‘sujo’ de lapidar arestas e oferecer um sistema extremamente correto. Passando a evidente impressão que o todo foi maior que a soma das partes.

Pois ainda que eu entenda que o novo cabo de braço do SME IV tenha sido um consistente upgrade, o casamento dele com essa nova fiação e a cápsula Ortofon, e com o pré da Nagra, colocam esse Plug & Play em um patamar que complica para muitos setups analógicos em que o audiófilo se ‘esmerou’ para extrair o máximo. Às vezes custando muito mais que esse pacote completo.

O cuidado na construção desse setup fechado foi tão impressionante, que nem o Clamp consegui achar solução melhor que a da própria SME.

A maior mudança auditiva ocorreu após 50 horas de uso, com a apresentação de melhor corpo na região grave e uma extensão ainda mais correta nas altas frequências. Como eu não conheço essa cápsula da Ortofon, não sei dizer se foi ela que estabilizou ou foi todo o conjunto (cápsula, pré de phono e cabo Crystal).

O que percebi é que depois de 50 horas, não ocorreu mais nenhuma mudança.

Seu equilíbrio tonal é excelente, tanto em termos de precisão como de refinamento. Graves com enorme precisão, energia, deslocamento de ar e corpo. A região média possui o equilíbrio exato entre transparência e conforto auditivo, e os agudos soam abertos, com excelente extensão e decaimento.

O soundstage tem a maior qualidade que um setup de alto nível pode oferecer: uma imagem nos três planos soberba! Ouvir música clássica em um setup deste nível é simplesmente justificar cada centavo investido! Os planos, com seu foco e recorte, são impecáveis, possibilitando o acompanhamento de cada solista com aquele silêncio circundante sem borramento ou perda de informação.

As texturas são ricas, e o grau de intencionalidade perfeito para quem deseja ‘compreender’ a ideia por detrás do discurso musical.

A macrodinâmica é capaz em obras como a Sinfonia Fantástica de Berlioz, a Sagração da Primavera de Stravinsky, ou Quadros em Exposição de Mussorgsky, pregarem bom sustos e um largo sorriso no rosto! E a micro é impecável em termos de transparência não excessiva (quando esse acontecimento o distrai ou o faz perder o todo).

Os transientes nunca foram problema para um bom setup analógico, mas quando ouvimos em um sistema com esse grau de comprometimento e acerto, é que entendemos o nível de precisão no tempo e ritmo que podemos alcançar. Ouvi algumas gravações de caixa de bateria com a esteira fechada, que involuntariamente nos volumes corretos me fez piscar. O prazer em acompanhar transientes precisos é indescritível em sistemas desse nível!

O corpo harmônico, que é uma das mais belas qualidades do analógico desde os anos 50 com a evolução dos microfones e prés de microfones, e continua sendo a maior pedra no sapato do digital, o Synergy o coloca na fronteira entre os setups analógicos corretos e os perfeitos! É possível ver o tamanho exato captado em uma boa gravação de um contrabaixo acústico, uma harpa, ou um piano solo. Tão bem feito que nosso cérebro se rende instantaneamente!
E com todo esse arsenal de qualidades, como não enganar nosso cérebro com a materialização física dos músicos a nossa frente? Impossível não acreditar que fomos transportados para a sala de gravação!

CONCLUSÃO

Eu sempre sou muito reticente com o leitor que me escreve dizendo que irá se aventurar em um sistema hi-end analógico, começando do zero! Eu tento demovê-lo sempre falando das desvantagens o alto custo no setup, e na compra da mídia física, que está altamente inflacionada.

Mas para toda regra existem exceções, e depois de conhecer o SME Synergy, se algum leitor com melhores posses insistir na odisseia, não terei como demovê-lo.

Pois se ele tiver bala para um Synergy, e estiver disposto a comprar coleções vendidas por ‘viúvas’ desejando se desfazer dos LPs dos ex-maridos, eis uma possibilidade muito tentadora e viável para se iniciar no universo analógico.
Esse último mês de novembro fui solicitado para avaliar duas coleções de analógicos excelentes, em que o comprador levaria quase 4000 LPs em excelente estado por apenas 25 reais os discos importados e 12 reais os nacionais! Mas era preciso comprar em ambos os casos toda coleção!

Nessas condições, meu amigo, e esse Plug & Play de alto nível, é entrar no analógico com o pé direito seguramente.
Seu grau de prazer auditivo é pleno, e você jamais sentirá a menor necessidade de realizar nenhum upgrade nesse pacote!

Altamente recomendado, e certamente será Produto do Ano, com méritos!

Nota: 103,0
AVMAG #291
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