Teste 4: CABO USB ARGENTUM DA VIRTUAL REALITY

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Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br

Com a explosão do streamer, os fabricantes de cabos estão simplesmente sorrindo de orelha a orelha com a venda de cabos USB e Ethernet.

Tenho escutado muitos cabos USB nos últimos 4 anos, e confesso que minha impressão é que existem dois grupos bem definidos: os que transmitem o sinal de maneira correta e muito similares em termos de performance, e alguns poucos que se destacam na multidão.

Desses que se destacam, até eu testar o Argentum da Virtual Reality, passavam de 500 dólares, todos!

Então, foi muito agradável ser mais uma vez surpreendido pelo Ebert Goulart, o projetista da Virtual Reality, com o envio de sua nova linha de Referência, e encontrar essa preciosidade de menos de 500 dólares!

Eu já escrevi que o cabo de caixa Trançado é uma de nossas Referências para testar caixas de até 98 pontos, e continuo achando-o com uma relação custo/performance imbatível, e que coloca a ‘nocaute’ inúmeros cabos de caixas muito mais caros.

Então, pelo menos dessa vez, não fui pego de surpresa quando comecei a ouvir o USB Argentum, e percebi que o voo aqui seria muito mais alto.

Sua construção é impecável, comprovando novamente que Ebert não só entende do que está se propondo a fazer, como tem enorme cuidado na escolha do material e acabamento de seus cabos.

Não corro risco, depois de dois meses com toda a linha Argentum em mãos, em afirmar que a Virtual Reality veio para se fixar no mercado com produtos que irão ‘ombrear’ com marcas internacionais famosas, e conquistar uma fatia considerável desse mercado.

Pois além de sua performance, os valores finais dos seus cabos são condizentes com a nossa realidade.

O USB Argentum, segundo o fabricante, é um par de fio em prata sólido, para possibilitar uma largura de banda de transmissão aumentada, para uma total integridade do sinal digital. Utiliza dielétrico de polietileno expandido que minimiza a capacitância, e garante a estabilidade necessária da impedância para uma transmissão íntegra do sinal.
A blindagem é dupla com malha de cobre, mais filme de alumínio/mylar, para melhor rejeição de interferência EMI/RFI. O par de alimentação em cobre vem com bitola maximizada para melhor disponibilidade de energia por todos os equipamentos que utilizam o USB.

Conectores com contatos banhados a ouro, para uma maior durabilidade e para evitar oxidação, e o corpo dos conectores em alumínio. As opções são de 50 cm, 60 cm, 80 cm, 1 m e 1,5 m. A amostra enviada para teste foi de 1 m, que custa para o consumidor final menos de 1700 reais!

Para o teste, utilizamos o Innuos ZENmini Mk3 com fonte externa, nossa Referência.

O interessado na aquisição desse USB, terá que ter a paciência de esperar o completo amaciamento de 50 horas, para desfrutar de todos os seus inúmeros encantos! Pois quando se coloca zerado, ainda que se perceba inúmeras de suas qualidades, como um equilíbrio tonal estupendo, velocidade, silêncio de fundo, corpo harmônico, dinâmica, ele carece de total profundidade. Parecendo que tudo soa em 2D – algo que, na maioria dos streamers, já é um problema a ser corrigido, e com o Argentum zerado essa limitação é colocada em primeiro plano.

Para quem não acredita em amaciamento, irá cometer enorme injustiça ao devolver o cabo sem esperar que seja amaciado.

Como não é nosso caso, pois sabemos o quanto é importante o amaciamento também de cabos, fomos ouvindo as qualidades e esperando que a profundidade surgisse. E quando surgiu (primeiro apenas nas melhores gravações de música clássica) com quase 40 horas, vimos que era uma questão de mais algumas horas para tudo se encaixar e mostrar o nível desse USB.

Sugiro que os futuros donos desse belo cabo não deixem de acompanhar as evoluções diárias, pois elas são uma prova do quanto o burn-in é importante antes de sairmos julgando componentes.

Pois tirando a falta de profundidade inicial, todo o resto já está em altíssimo nível!

Equilíbrio tonal impecável com graves desde a fundação (primeira oitava) corretos, com a energia, corpo e velocidade, médios detalhados e de uma naturalidade sedutora, e agudos com belíssima extensão e decaimento correto (veja que não disse suave e sim correto, só possível em gravações em que o engenheiro teve o cuidado em captar a ambiência e preservar na mixagem e masterização).

Como eu sei que determinado equipamento possui o decaimento correto?

Ouvindo nossas gravações, pois não usamos na sala do Teatro Alpha nenhum tipo de reverberação digital!

As texturas com um equilíbrio tonal tão correto, são também reproduzidas impecavelmente, possibilitando o acompanhamento de cada linha melódica sem esforço, e observar a qualidade dos instrumentos, a técnica dos músicos e as ‘intencionalidades’ (leia meu Opinião neste mês descrevendo o quesito Textura).

Transientes precisos em ritmo, tempo e andamento, fazendo com que a música sempre pulse e se mostre viva, e não letárgica ou arrastada!

Dinâmica, tanto macro como micro impactantes sem, no entanto, se tornarem pirotecnia (nada de um cofre de uma tonelada caindo no meio de suas pernas, rs)!

O corpo harmônico, uma das limitações ainda presentes no streamer, foi reproduzido como ouvimos em nosso cabo USB de Referência da Kubala Sosna (que custa 10 vezes mais!).

E a materialização física, nas melhores gravações, foi o que o streamer pode fazer no seu melhor neste momento (não nos coloca entre os músicos, mas os materializa à nossa frente).

CONCLUSÃO

Acredito que o novo cabo USB da Virtual Reality será uma nova referência no mercado, pois consegue a façanha de ter preço dos cabos ‘mais realistas’ do mercado, porém com uma performance do nível dos melhores USB top importados.

Um feito que o transforma na melhor opção de cabo USB para sistemas Estado da Arte, nesse momento!

Se você está procurando um cabo USB de alto nível para o seu setup, não ouvir o Virtual Reality Argentum será um erro imperdoável!


PONTOS POSITIVOS

Um USB matador no preço e performance.

PONTOS NEGATIVOS

Absolutamente nenhum.


CABO USB ARGENTUM DA VIRTUAL REALITY
Equilíbrio Tonal 13,0
Soundstage 13,0
Textura 13,0
Transientes 13,0
Dinâmica 12,0
Corpo Harmônico 12,0
Organicidade 13,0
Musicalidade 14,0
Total 103,0
VOCAL                    
ROCK, POP                    
JAZZ, BLUES                    
MÚSICA DE CÂMARA                    
SINFÔNICA                    
  • 50 cm - R$ 1.082,00
  • 60 cm - R$ 1.202,00
  • 80 cm - R$ 1.442,00
  • 1 m - R$ 1.682,00
  • 1,5 m - R$ 2.282,00
ESTADO DA ARTE SUPERLATIVO



Ebert Carlos
ebertgoulart@icloud.com
(12) 99147.7504

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