AUDIOFONE – Editorial: A INSOLUCIONÁVEL POLUIÇÃO SONORA

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Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br

Está cada vez mais dramático conviver com a poluição nas grandes cidades no mundo, tornando-se um dos problemas crônicos de saúde mental e física. O que agrava a cada ano a situação, é que os espaços dedicados a residências e estabelecimentos comerciais estão cada vez mais aglomerados, tornando a fiscalização de respeito ao silêncio noturno cada vez mais precária. Em todas as capitais brasileiras, o efetivo de fiscais para coibir e multar excessos é tão defasado, que o número de reclamações diárias excede a capacidade de verificação e atuação. Fazendo com que os estabelecimentos que burlam as leis, sequer se preocupem de serem multados. No Brasil há uma lei federal que estabelece os limites de barulhos aceitáveis, sendo que durante o dia os sons não ultrapassem 70 dB das (7h às 19h), 60 dB no período vespertino (19h às 22h), e 50 dB no período noturno (22h às 5h). Agora me diga: que cidade com mais de 50 mil habitantes segue essas normas atualmente? E a recomendação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é ainda mais rigorosa, e estabelece limites sonoros para áreas habitadas que devem ser de 40 dB para quartos de dormir e bibliotecas, em todo o período noturno. Um estudo feito nas dez maiores capitais brasileiras, mostrou que as normas não são respeitadas em nenhum horário, com o agravante de que em muitos horários o índice de ruído ultrapassa 90 dB! E mesmo o período noturno, dependendo da região, pode chegar a 100 dB de poluição sonora, com eventos recorrentes nas ruas com bares, e locais de shows ao ar livre. Estudos recentes da OMS comprovam que uma pessoa incomodada com o barulho, tem um desequilíbrio imediato no organismo, desencadeando uma série de alterações orgânicas que podem gerar pressão alta, insônia, alterações digestivas, problemas cardiovasculares, ansiedade, estresse crônico, distúrbios de aprendizagem e até mesmo um infarto! Sem falar que a exposição constante a 90 dB de ruído constante levará esse indivíduo a perda severa de audição em poucos anos! O que é mais grave é que o ser humano tenta se adaptar o mais rápido possível às situações adversas, buscando soluções que muitas vezes só agravam mais o problema.

Um jovem exposto a essas condições o que ele fará? Certamente utilizará por períodos mais prolongados seu fone de ouvido. E para ‘concorrer’ com a poluição sonora externa, fará uso de volumes cada vez mais perigosos.

Meu amigo, se você já vive essa realidade, essa não é a medida corretiva a ser tomada. Só existem duas maneiras de conviver com essa questão: melhorar o isolamento acústico, ao menos do quarto, colocando janelas anti ruído, ou infelizmente mudando de local!

Todo o resto será absolutamente inócuo!

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