AUDIOFONE – Editorial: UM TRATAMENTO PROMISSOR PARA A RESTAURAÇÃO DA AUDIÇÃO

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Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br

Ainda que seja um primeiro passo, o que descobriram cientistas da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, pode ser a chave para prevenir a perda de audição causada por ruído intermitente, muitas vezes também chamado de zumbido. E o tratamento promissor para reverter esse problema que aflige mais de dois milhões de pessoas, por incrível que possa parecer, é o Zinco! De acordo com os cientistas, a perda auditiva ocorre por danos celulares do ouvido interno que estão relacionados ao excesso de zinco flutuante. Sabe-se desde a década de sessenta ser o zinco um mineral essencial para o funcionamento das células auditivas. Porém, quando somos expostos a altos volumes e ruídos, o sistema auditivo produz, em algumas pessoas, excesso de zinco e essa defesa funciona como uma esponja molecular protetora, que tenta reter o excesso de zinco e impede que a audição seja prejudicada. Com essa nova informação em mãos, foram realizados testes que mostraram a eficácia do zinco tanto na restauração celular antes da exposição a altos volumes, como também sua proteção contra danos futuros. Para chegar aos resultados da eficácia do zinco, os pesquisadores estudaram as células do ouvido interno de ratos, e perceberam que após a exposição por algumas horas a volumes e ruídos altos, o nível de zinco no ouvido interno aumentou consideravelmente.

O problema é que esse excesso de zinco, que ao mesmo tempo que protege durante a exposição a volumes excessivos, depois de um tempo gera zumbido permanente no sistema auditivo. Foi então que se iniciou estudos para descobrir um medicamento que controle o zinco extra criado no ouvido no momento de exposição a ruídos, que depois contribua para proteger a audição de danos permanentes. Ou seja, o que os cientistas estudam agora é manter o zinco em níveis ‘equilibrados’ com o desenvolvimento de um medicamento minimamente invasivo e eficaz para prevenir futuras perdas auditivas, permitindo o aumento do Zinco quando necessário, e depois retornando aos níveis normais, para evitar sequelas. Quando aprendemos na escola que a única diferença entre o remédio e o veneno é a dose correta, parece que temos aqui um exemplo clássico dessa verdade. O zinco parece ser tanto o remédio protetor, ao sermos expostos a volumes excessivos, e simultaneamente ser o causador do zumbido pós audições perigosas!
Que esse estudo avance e tenhamos boas notícias em breve.

Enquanto isso, a única maneira de preservar sua audição, meu amigo, é ouvir sua música em volumes seguros sempre!

Pois é preferível prevenir do que remediar, correto?

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