Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br
Quando minha filha me questionou se isso era verdade, eu mesmo achei por demais exagerada essa informação. Porém, lá fui eu pesquisar e saber de fato o que havia ocorrido com as pessoas que passaram a relatar que, ao raspar a cabeça, tinham uma deformidade ou um canal na base do crânio, onde a fita ou arco dos fones se apoiam. Bizarro, mas verídico! Está realmente ocorrendo com pessoas que ficam por inúmeras horas com seus fones. Felizmente, os especialistas explicam que na maioria dos casos essa pressão na derme (pele acima do crânio), composta de fibras de colágeno, elastina e gel coloidal, pode ao ser pressionada ou prensada por muitas horas e por meses, sofrer deformação – porém não é algo que seja permanente ou irreversível. Só será preocupante se a alteração não voltar à normalidade depois de um mês corrigido o uso por longas horas. E caso isso aconteça, é possível ter ocorrido uma fibrose, um tipo de cicatrização interna abaixo da pele, com um endurecimento no local – sendo essa uma situação que precisa ser avaliada por um dermatologista. Na verdade, minha preocupação maior não é com a deformação na derme do crânio, e sim com a audição desse indivíduo que fica de fone de ouvido por mais de 8 horas ao dia!
Como ele preserva sua audição?
Usa fones com um bom equilíbrio tonal? Segue a regra de ouro de volumes seguros? Escolhe fones mais leves e com melhor ergonomia e conforto?
Os profissionais que estão reclamando dessa deformação, são todos formadores de opinião, então seus exemplos certamente são seguidos por inúmeros jovens. Se a deformação na cabeça é uma questão apenas estética e temporária, a perda auditiva não é. Ela é permanente e irreversível! Pense muito bem nessa questão, amigo leitor, na hora de escolher seu novo fone de ouvido!