Opinião: BRAÇOS DE TOCA-DISCOS – HERÓIS OU VILÕES?

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outubro 16, 2020
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Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br

Escrever um opinião falando de cápsulas acessíveis há quem deseja se aventurar no universo analógico, e não fazer um outro artigo falando da importância dos braços, é como colocar na mesa os ingredientes para se fazer um prato sofisticado sem passar a receita.

Braço e cápsula são como Batman & Robin no mundo dos super-heróis, Tom & Jerry nos desenhos animados, ou Romeu & Julieta entre as sobremesas mais apreciadas na culinária mineira.

Então, para aqueles que não leram a matéria opinião do mês passado, mas mostraram interesse em ler esta, um lembrete: esqueçam por favor aquelas “vitrolas” vendidas na Amazon por R$ 999, feitas de plástico, com cápsula de cerâmica , que podem ser bonitas como decoração retrô, mas não servem para tocar discos. Por dois motivos: estragam os LPs e o som é abaixo de qualquer crítica.

Os braços, também chamados em inglês de “tonearms”, são tão fundamentais quanto as cápsulas. Então, sua escolha requer conhecimento e, acima de tudo, bom senso, pois o casamento entre a cápsula e o braço irá determinar o nível de performance que seu setup analógico poderá atingir – claro que teremos que levar em consideração a qualidade do material da base do toca-discos, precisão do motor e a qualidade do pré de phono, mas como diria o esquartejador: “Vamos por partes”!

O braço tem um papel chave, pois é ele que irá, acoplado à cápsula, determinar a rigidez com que esta é fixada, sua precisão, e ao mesmo tempo fazer a isolação das vibrações que o atrito da agulha no sulco do disco ocasiona. É um trabalho árduo e bem complexo, acreditem.

Há muito tempo já se sabe que uma boa cápsula, quando instalada em um bom braço, pode superar a performance de uma excelente cápsula em um braço apenas razoável. Isso não é bruxaria, é fato constatado em testes objetivos e subjetivos. Então, o casamento entre essa “dupla dinâmica” definirá o estágio final que seu setup analógico pode alcançar.

As novas gerações que se aventuram a conhecer o “som do vinil”, são bombardeadas por tanta informação desencontrada e errada, que conseguir chegar à outra margem é um desafio e tanto. Fala-se tanta bobagem e se proclama tantas falsas “verdades”, que o sujeito acaba desistindo de se aventurar por essas matas.

Se você tem espírito aventureiro e gosta de desafios, algumas dicas que podem fazê-lo desviar de muitos obstáculos: só invista em um bom toca-discos e cápsula se sua coleção tiver mais de 200 LPs bem conservados. Se for apenas um interesse passageiro, ou pelo fato de você ter herdado a coleção de um tio ou avô que estava mofando na garagem ou no porão, avalie com critério se essa coleção ainda está em bom estado, ou se apenas tem um apelo sentimental. Caso os discos possam ser “resgatados” após uma excelente lavagem, e não estejam riscados à ponto de pularem ou danificarem a agulha, aí sim você pode seguir em frente.

Agora, sair do zero tendo que comprar LPs de 180 gramas ao valor do dólar, e ainda investir na construção de todo um setup analógico, esqueça! Pois irá gastar muito e ainda assim ter um resultado bastante questionável. Valerá muito mais a pena investir em um upgrade no seu sistema melhorando o DAC, ou as caixas, cabeação, elétrica e acústica.

Mas, suponhamos que você esteja com todas essas condições favoráveis: herdou 300 LPs em bom estado e discos que você sempre desejou ouvir novamente, e veio de lambuja um surrado toca-discos junto, aí meu amigo acho que o universo está querendo lhe dizer alguma coisa. Então, mãos à obra!

Primeiro passo: lavar todos os discos e separar os que estão em melhor estado de conservação dos que estão mais danificados.

Segundo passo: avaliar o nível de performance do toca-discos herdado e se ele está em bom funcionamento. Caso seja um toca-discos com problemas, ou mediano em termos de performance, esqueça! Venda-o e compre um toca-discos moderno e de melhor qualidade.

Terceiro passo: defina criteriosamente o quanto você deseja gastar, e lembre-se: a capacidade de extrair o melhor de cada gravação está na escolha correta do melhor braço e cápsula que seu orçamento puder adquirir.

Não existe milagre. Um braço mediano não irá tocar todo seu potencial com uma cápsula mais cara.

Se existe um componente de um sistema de áudio que o elo fraco é mais “escancarado” este é o analógico. Aqui tudo precisa estar milimetricamente ajustado e coerente, para que você, ao descer o braço no disco, possa experimentar o “efeito analógico” tão falado em verso e prosa pelos sessentões, e que para as novas gerações parece algo puramente saudosista e sem o menor sentido.

Sempre escuto dos mais jovens que eles até apreciam e percebem diferenças auditivas ao ouvir LPs comparados com o digital. Mas não suportam os “cliques & plocs” existentes nesta mídia, levando-os a desistir de continuar ouvindo. É perfeitamente natural essa observação vinda de uma geração que nasceu escutando digital – uma mídia onde o que mais sobressai é justamente o silêncio de fundo. Então a eles parece inconcebível que a música tenha ruído de fundo. Ainda que, em vários outros aspectos, o analógico se sobressaia, como no tamanho real dos instrumentos (corpo harmônico), na qualidade dos timbres (muito mais natural) e na qualidade das texturas (com uma gama de paletas infinitamente maior).

No Nível 4 do nosso Curso de Percepção Auditiva, dedicado ao tema (analógico e digital), ao chamar a atenção apresentando os mesmos discos nas duas mídias é que a “ficha cai” e os participantes notam sem esforço algum as diferenças tão evidentes. E muitos esquecem dos cliques & plocs, e se concentram em observar as diferenças e passam a entender e apreciar melhor o analógico. Como sempre digo, não há como entrar em um ambiente desconhecido sem saber o que estamos procurando ou qual o propósito de estar ali.

O que é preciso para se embrenhar por este caminho chamado analógico é que, ao contrário de um setup digital em que tudo já está previamente estabelecido e só precisamos sentar e apreciar nossa aquisição, o analógico necessita de escolhas perfeitas e coerentes, ajustes perfeitos, conservação frequente da mídia e manutenção e troca das agulhas das cápsulas em média a cada 1000 horas de uso.

Se todos esses requisitos forem cumpridos, o que você terá de resultado certamente o surpreenderá!

Existem braços de todos os materiais imagináveis, tamanhos e topologias. Temos braços de alumínio, fibra de carbono, metais exóticos, madeiras especiais – e tamanhos diferentes como 9 polegadas (os mais comuns), 9.5, 10, 10.5 e 12 polegadas. Temos projetos de alguns fabricantes que desenvolveram seus braços tangenciais (para uma leitura do sulco do disco mais precisa). E cada um defende seu “peixe”, buscando mostrar que o trilhamento do seu braço é mais preciso.

O leigo ficará absolutamente perdido com tantas opções, e se não tiver “nervos de aço” irá desistir na primeira leitura ou conversa com alguém que realmente entende do assunto. Então, mais uma dica: ouça muitos sistemas analógicos antes de sair gastando seu suado dinheiro. Veja se realmente vale a pena para você todo o investimento e tempo na busca deste sonho. Pois sem encontrar um setup analógico que lhe encante, não vale a pena correr atrás de uma “quimera”.

Agora, se achar o “canto da sereia”, certifique-se que o setup que você escutou está dentro do seu orçamento. Pois do que adianta você ouvir um set analógico tocando magistralmente se este custa a sua casa, seu fígado e a poupança de sua velhice somados?

Então, uma das dúvidas mais recorrentes que escuto e respondo semanalmente: “consigo montar um bom sistema analógico gastando quanto?”. Pode colocar no mínimo 10 mil reais, para se montar um sistema analógico de alto nível. Claro que você pode até gastar a metade deste valor e ter um setup analógico, mas tenha a certeza que este sistema não permitirá nenhum tipo de upgrade consistente sem você ter que se desfazer do toca-discos inteiro e adquirir outro.

Lembre-se do que falei lá em cima: uma boa cápsula em um bom braço irá tocar melhor que uma excelente cápsula em um braço mediano. Este é o “gargalo”, o tão temível elo fraco. E toca-discos de 2000 reais estão repletos de elos fracos.

Começando Pelo Braço!

SME SERIES V

Não tem “almoço grátis”, nunca. Se você acredita que possa burlar essa máxima, você também acredita em Coelhinho da Páscoa, duendes e unicórnios! Então, caso você escolha um toca-discos bom e bem barato, saiba que quando vier o desejo de um upgrade, este “bem barato” precisará ser trocado inteiro.

E não dê uma de esperto achando que aquela cápsula com uma agulha elíptica em substituição a que veio com o toca-discos irá melhorar a performance de maneira significativa. Pois você estará trocando seis por meia dúzia, ou como diria meu pai: “Igual cachorro correndo atrás do rabo”!

Então, voltando ao valor acima mencionado, os 10 mil reais deverão ser gastos da seguinte maneira: 70% na compra do toca-discos e cápsula, e 30% na compra do pré de phono – caso seu amplificador não tenha este recurso. Agora se ele já tiver uma bom pré de phono, melhor ainda: os 10 mil reais poderão ser totalmente investidos no toca-discos & cápsula (a melhor situação possível).

Com este valor se você for um cara paciente e nada impulsivo, poderá realizar excelentes compras. Não descarte jamais os seminovos, pois às vezes achamos verdadeiras “pérolas”.

REGA RB 2000

Procure, entre os toca-discos novos, ouvir diferentes marcas e com braços e cápsulas diferentes, para você ter uma ideia clara da assinatura sônica de cada setup. Você irá se surpreender como toca-discos com a mesma cápsula, mas braços de construções distintas, podem soar tão diferentes (estou falando de toca-discos perfeitamente ajustados e com um pré de phono à altura deles).

Uma dica: para saber se um braço está devidamente ajustado, peça para ouvir as duas últimas faixas do disco. Se você sentir alguma leve distorção no canal esquerdo (ou diferenças de qualidade sonora entre as primeiras e as últimas faixas de um mesmo disco), saiba que o braço não está bem ajustado. Isso ocorre pela força tangencial exercer enorme força no braço, e provavelmente o anti skating estar mal ajustado. Mas também pode ser problema da própria concepção do braço (o que é bem mais grave).

Outra característica de um braço limitado ou mal ajustado, é a falta de foco e recorte na apresentação estéreo. Se você sentir que instrumentos solistas ou vozes não estiverem bem focados, e “andem” entre as caixas com algumas gravações, não compre.

Outra dúvida constante dos audiófilos mais experientes, depois de muitos anos de upgrades em seu sistema analógico, é se vale a pena investir em um braço de 12 polegadas em comparação com um de 9, 9.5 ou 10 polegadas. Esta é uma discussão que já deu pano para fazer todas as batinas dos bispos residentes no vaticano. A minha resposta é idêntica à do meu pai: depende. Depende do nível do setup analógico e a certeza de que o braço de 12 polegadas seja em tudo melhor que o atual, e com um grau de compatibilidade com várias cápsulas tão bom ou melhor.

ORIGIN LIVE ENTERPRISE

Eu sou fã de braços de 12 polegadas, e posso dizer que sempre os achei com muito mais vantagens que os braços de 9, no aspecto de leitura dos discos. O motivo disso é simples: maior precisão no ângulo de rastreamento por todo o disco, e a distorção de rastreamento é reduzida, tornando a apresentação da música mais inteligível (principalmente na micro dinâmica). Os graves nos bons braços de 12 polegadas tendem a encorpar e ganhar mais fundamental, e o equilíbrio tonal se torna muito mais correto e agradável.

Os que defendem os braços de 9 polegadas concordam com essas melhorias, mas contra atacam afirmando que há uma ligeira perda na velocidade e no ataque dos transientes.
Minha experiência me diz que essa questão de velocidade depende do braço de 12, sua construção e principalmente o casamento e compatibilidade com a cápsula e o pré de phono.

Outra questão levantada pelos que defendem os braços de 9 polegadas, é que os braços de 12 por ter um comprimento de tubo maior, criam mais ressonância adicional, o que adultera o som. Faz todo o sentido essa afirmação – porém repito: existem braços e braços. Pois em um braço de 12 polegadas bem construído, a melhora do rastreamento pode superar em muito o efeito de ressonâncias – para não falar naqueles cujo bom projeto que já lida corretamente com essas ressonâncias.

O resultado auditivo quando o braço de 12 polegadas é bem feito, é uma melhora no equilíbrio tonal, proporcionando uma audição mais confortável e com zero de fadiga auditiva!
O que precisamos sempre levar em conta é: não existem fórmulas prontas ou verdades infinitas. Todos que estão começando esse desafio deveriam ser perdoados se imaginam que os braços podem ser diferentes apenas no uso dos materiais, conceito e design. São muito mais que isso: soam diferentes, brutalmente diferentes!

VPI JMW-10 3DR

E essa história não começou neste século, meu amigo. Ela remonta do tempo em que as únicas mídias que tínhamos à nossa disposição eram o vinil, o gravador de rolo, e a fita K7.
Meu pai sempre contava aos seus clientes um teste feito em uma revista inglesa, nos anos 70, em que uma cápsula de apenas 20 libras (se não me engano era uma AT-95SE da Audio Technica) soou em um teste auditivo com mais de 50 participantes, muito superior à uma cápsula de 500 libras! Dois do mesmo toca-discos, ambos ligados ao mesmo pré de phono e ao mesmo sistema. A diferença estava no braço de ambos toca-discos! O da cápsula de 20 libras era muito superior ao braço em que estava a cápsula de 500 libras!

Braço e cápsula não podem ser dissociadas jamais. Pois um depende completamente do outro.

Uma cápsula está constantemente medindo as ondulações e ranhuras do disco, bem abaixo de 1/1000 de milímetro. Se a superfície em que a cápsula está acoplada for instável, e se mover, a cápsula e a agulha serão drasticamente comprometidas.

Uma cápsula é capaz de amplificar as vibrações até 8000 vezes, e um bom braço precisa reduzir o máximo possível essas vibrações mecânicas. Ainda que não possamos ver essas vibrações, elas estão lá o tempo todo.

O tubo do braço definirá a performance final do que você está ouvindo, independente da cápsula e do resto do sistema. Se você bate em um tubo de metal oco, você o escutará ressoando, embora não haja movimento algum do tubo.

À medida que a agulha percorre os sulcos do disco, as acelerações e força dinâmica que a agulha experimenta são calculadas em até 8 toneladas por polegada quadrada, e a ponta da agulha se move para frente e para trás até 30 mil vezes por segundo! Consegue imaginar o grau de esforço neste atrito mecânico meu amigo?

O tubo de todo braço, independente do material utilizado, está sujeito a uma série contínua de ondas de choque, criando ondulações estruturais que afetam a estabilidade da cápsula e a posição correta da agulha para o rastreamento dos sulcos.

Todos os braços se movem, flexionam, ondulam, ressoam com o atrito físico da agulha com o disco (dos excepcionais aos piores). Esses movimentos são extremamente complexos e caóticos, e comprometem extremamente a leitura e inteligibilidade. Quando o tubo do braço não é bem construído, o som pode parecer monótono, confuso e sem vida.

Outros materiais utilizados nos tubos podem deixar o som áspero, com uma certa falta de inteligibilidade em todas as regiões. Como todo nicho de mercado que trabalha com tecnologia de ponta, existem diversas escolas e formas de atacar o problema das vibrações.

ORTOFON AS-309S

A maioria dos fabricantes de braços (principalmente os mais antigos), dizem que a melhor forma de driblar este enorme problema é absorver com materiais específicos a maior parte desta vibração. O problema é que cada cápsula e agulha terá um comportamento distinto neste quesito, o que resulta que, dependendo do grau de absorção do braço, este casamento pode ser catastrófico em termos sonoros! Braços pesadamente amortecidos podem até medir em laboratório muito bem, mas soarem secos e totalmente frios.

Geralmente esses braços também tendem a ceifar o decaimento das notas, deixando em um primeiro momento o som mais transparente, porém em algum momento podem causar fadiga auditiva (principalmente nas gravações tecnicamente ruins).

Então é muito comum que braços em testes de acelerômetro (que mede a quantidade de movimento do braço e as vibrações) sejam muito bons e, no entanto, em testes de audição não tenham um bom desempenho.

JELCO TK-950L MKII

E antes que os objetivistas joguem pragas em mim, há uma explicação “objetiva” para esta incoerência de resultados. Um esforço para aumentar a rigidez o caminho é utilizar tubos de maior diâmetro, o que os deixa rígidos e com boa performance em frequências muito baixas, mas sofrerão ondulações e vibrações ainda assim dentro do tubo, que irão se manifestar em regiões mais altas do espectro audível.

Outra questão mensurada é a transmissão de velocidade. Percebeu-se que quanto maior o amortecimento, mais lenta é a recuperação do “arranca e para” (transientes). Essas observações, feitas ao longo dos últimos 30 anos, levaram a uma outra corrente de pensamento: a de que o ideal para absorver energia é o material ter que vibrar. O problema é que esta nova abordagem possui também seus contratempos.

Afinal, se o material for mais mole, como uma espuma, ele perderá rigidez e trará outras consequências ao conjunto cápsula/braço, além da perda de transientes. E se for muito duro, ele reflete mais energia, o que consequentemente gera mais vibração.

Atualmente essa nova “escola” tem nas mãos diversos novos materiais, e cada fabricante de braço busca uma solução melhor para tão tortuoso problema. Os materiais mais utilizados na construção de braços são: titânio, cerâmica, alumínio, grafeno, fibra de carbono, materiais compostos, etc.

Se já não fosse um baita problema contornar movimento, energia e vibração, um braço tem um outro sério problema: contrapeso. À medida que a agulha percorre o disco, ela sofre ondas de choque que caminham pelo braço. E parte dessas vibrações são emitidas para o contrapeso, que fica na extremidade oposta do braço, e voltam de novo para o tubo do braço, podendo ir de novo para a cápsula, em um tsunami sem fim. Isso é catastrófico para o resultado sonoro.

O fato deste movimento de vibrações voltarem do contrapeso para o braço é devido sua massa móvel ser maior. O contrapeso é excitado em diversas ressonâncias pelo movimento do braço. E para contornar este grave problema, o contrapeso nos melhores braços precisa ser desacoplado, sem deixarem de fazer suas específicas e essenciais funções de manter o peso de rastreamento da agulha correto.

Nos braços mais modernos e sofisticados, a solução encontrada é fazer com que a extremidade do braço em que o contrapeso se encontra, atue como um amortecedor para ondas mecânicas que descem de volta do braço para a cápsula.

Outra abordagem mais recente é a de atacar as vibrações criando braços com uma ressonância e uma integridade estrutural muito baixa dentro do braço – indo ao contrário da “velha escola” (a mais seguida) que diz que a única maneira de minimizar a vibração incontornável é combinar a massa efetiva do braço com a compliância da agulha.

Outros problemas inerentes à uma boa performance de um braço consistem na escolha dos rolamentos para que o braço – devidamente ajustado – flutue sobre o disco, a qualidade da cabeação interna do braço que precisa ser de boa qualidade (ao menos cobre OFC), e a qualidade do headshell (seja ele fixo ou destacável): a parte no extremo do braço onde a cápsula é fixada.

BERGMAN ODIN

Se o leitor seguir essas orientações aqui passadas, e souber ser paciente antes de definir a compra, ouvindo, pesquisando e planejando se o toca-discos permite upgrades de braços e cápsulas, a chance de erro cairá drasticamente.

Este é o maior desafio que qualquer audiófilo pode enfrentar. Se feito corretamente, o prazer de escutar seus LPs será indescritível!

Vale a pena tanto esforço? Se feito passo a passo, e com a ajuda de quem realmente entende do riscado, certamente sim!

1 Comments

  1. gerson santos de souza disse:

    o problema todo se resume na impossibilidade de saber onde pesquisar, ouvir, planejar se o td admite upgrade e ouvir. Não sei em S Paulo, mas no Rio não existem lojas para fazer, digamos, esta confraternização.

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