Teste 2: SERVIDOR DE MÚSICA INNUOS ZENMINI MK3

Teste 3: CAIXAS ACÚSTICAS WHARFEDALE DIAMOND 12.2
abril 6, 2022
Teste 1: AMPLIFICADORES MONOBLOCO NAGRA HD AMP
abril 6, 2022

Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br

Fazia tempo que desejava fechar essa trilogia de testes dos produtos da Innuos, que começamos com o teste do ZEN (leia na edição 270), fomos para o Statement (leia na edição 274), e faltava o teste do ZENmini Mk3.

Por um bom tempo, desde antes do início da pandemia em 2020, que eu já tinha decidido investir em um servidor de música que pudesse me atender nas escolhas de nossa seção Playlist, ajudando na avaliação das gravações (técnica e artística), sem custar uma exorbitância, já que manter nosso Sistema de Referência atualizado custa muito dinheiro!

Ouvi e testei os produtos da Cambridge, com a ajuda de leitores e amigos, e tive por semanas modelos da NAD, Auralic e Aurender. E depois de todo esse processo, quando o Innuos ZENmini Mk3 chegou, comecei a olhar com bons olhos para ele por vários motivos: tamanho (já que tenho problema de espaço nos meus dois racks), mobilidade (já que necessito mudar os equipamentos de lugar a todo tempo) e, claro, sua performance como servidor de música e seus recursos de streaming – já que além de aceitar Roon Core ou Roon Endpoint, e mais recentemente sua própria plataforma InnuOS, ele armazena música em sua unidade interna , além de transmitir Tidal, Qobuz e Spotify e estações de rádio na Internet.

O modelo enviado para teste veio com 2TB de armazenamento interno. Mais que suficiente, penso eu, para quem deseje armazenar mais de 1000 CDs de sua coleção.

Não ouvi a versão Mk2, mas pelo que pude ler a nova versão tem melhorias significativas como a mudança da placa-mãe, otimização da entrada Ethernet e, agora, uma saída Ethernet que serve de ponte para outro dispositivo de rede, melhorando a integração do sistema. E tem saídas digitais USB e Coaxial, além de manter a saída analógica RCA (caso o usuário não possua um DAC externo). Ou seja, um verdadeiro Servidor de Música, moderno e versátil.

As informações que obtive eram que a CPU do Mk2 era um Intel J1900, e que a nova versão utiliza um Intel N4200, mais rápido e eficiente. Com melhorias também na memória RAM, que dobrou de 2GB para 4GB, algo que antes vinha apenas no modelo ZEN.

Para o teste utilizamos o Mk3 sem a fonte externa, ouvimos também seu DAC interno e, para fechar a nota final, o fizemos com sua fonte externa dedicada – que foi sem dúvida o grande pulo do gato em termos de performance.

Para facilitar a vida do nosso leitor, no final publicamos as notas nas três opções, para que você possa avaliar qual modo de operação lhe atende.

Desde o teste do ZEN que observamos e comentamos o quanto a plataforma de software do Innuos é amigável e fácil de utilizar, até mesmo para os marinheiros de primeira viagem ou os nossos leitores com mais de 60 anos (como eu).

Basta ligar o cabo Ethernet na sua rede, entrar no site da Innuos, digitar “my.innuos” e ele encontrará automaticamente qualquer dispositivo ZEN que esteja na rede. Feito isso, o usuário pode começar a usar o Mk3 e fazer tudo que desejar, como: ripar CDs, fazer backup, definir o modo de operação: Roon Ready, Roon Core, UPnP ou Squeezebox Server, e gerenciar sua biblioteca em sua plataforma escolhida.

Fiz minha avaliação utilizando primeiro o Roon e, a partir do final de 2021, usando a plataforma InnuOS da própria empresa, que achei muito boa – e com a vantagem de economizar 120 dólares por ano deixando de usar o Roon.

Copiar os CDs foi tão fácil como nos modelos já testados – são apenas alguns segundos e tudo está pronto. Conheço leitores que abriram mão de seus velhos CD-Players ou Transportes, e usam o ZENmini como única fonte para leitura de suas mídias físicas ripadas.

Por curiosidade, também fiz essa experiência, mas o comparativo foi totalmente injusto, já que nosso transporte Nagra custa um caminhão de dinheiro a mais que o Innuos. Mas para quem não tem outra opção, é muito válido sim. O que as pessoas precisam lembrar é que a qualidade do transporte a ser usado é essencial para que o DAC possa fazer o seu melhor.

E o que gostei no Mk3 é que ele tem um cuidado no fornecimento do sinal ao DAC, e isso ficou claro e ‘audível’ através dos meses, e de sua utilização de todas as maneiras possíveis (streamer e discos ripados).

Para o teste utilizamos os seguintes DACs: TUBE DAC da Nagra e MSB Reference, além do DAC interno do integrado da Mark
Levinson No.5802 (leia teste na edição 282), e do Arcam SA30 (teste na edição de maio 2022). Cabos USB: Kubala Sosna Revelation, Sunrise Lab Quintessence Aniversário, e Oyaide Continental 5S V2 (leia teste edição 276). Cabos de força: Oyaide Tunami GPX-R V2 (leia teste edição 279), Sunrise Lab Quintessence Aniversário, e Transparent PowerLink MM2.

Esse foi um teste que foi sendo escrito por etapas, pois tivemos a oportunidade de realizá-lo sem pressa nenhuma, por um ano! Quisera que pudéssemos desfrutar de um período tão alargado com todos os produtos enviados para teste, sem atropelos, cronogramas apertados, preocupação em devolver o produto que já está vendido, ou necessita ir para alguma apresentação em uma revenda ou demonstração na casa de um cliente.

O leitor que imagina que nosso dia a dia é um céu de brigadeiro, não tem ideia do que é correr contra o tempo, torcendo para o amaciamento ser o mais rápido possível, pois cada dia a mais de queima, é um dia a menos de audição.

Então, o ZENmini Mk3 entra para o hall dos poucos produtos que tivemos à disposição por doze meses!

Como ele veio lacrado (e também sua fonte externa), fizemos uma primeira audição sem a fonte externa, com gravações de minha playlist pessoal, e colocamos ambos para amaciar por 100 horas. Quando voltaram para a sala de teste, iniciamos as audições sem a fonte externa e alternando o uso do DAC interno e as opções de DACs externos que tínhamos à disposição.

Com o DAC interno, o Mk3 (permita-me abreviar) me lembrou muito os DACs de entrada existentes no mercado, de até 500 dólares. Tão em moda e cultuados por diversos fóruns que só levam em consideração medições e a audição parece ser um mero detalhe.

Pelo DAC interno, tanto nos discos ripados como no streamer, o soundstage é quase que bidimensional, com pouca profundidade e largura, o corpo dos instrumentos menores e mais pobres, o equilíbrio tonal ainda que correto, sofre com pouca extensão nas duas pontas e a macrodinâmica também é limitada. Aqui, com a fonte externa, ocorreram significativas melhorias em todos os quesitos, menos na profundidade e largura da imagem sonora. Ou seja: usar o DAC interno do Innuos é uma situação de emergência, pois se o usuário o fizer por definitivo, estará sub utilizando o enorme potencial do produto!

E, ainda sem a fonte externa, com um DAC de alta qualidade via USB, a mudança é gigantesca! Planos são apresentados com enorme foco e recorte, largura do palco e um maior respiro entre os instrumentos e os solistas, extensão nas duas pontas, corpo mais correto, e os degraus do pianíssimo para o fortíssimo nas variações dinâmicas são muito mais detalhados. Agora é possível uma audição e avaliação das gravações mais segura e precisa, tanto tecnicamente como artisticamente, pois as interpretações, afinações e execuções já fazem parte do acontecimento musical. Deixamos de ter música ambiente, para presenciarmos música ‘presente’ à nossa frente!

Fico sempre me perguntando a razão das pessoas não conseguirem ser objetivas em suas descrições de sistemas e componentes de áudio. Se, nos ‘finalmentes’, o que importa é o que seu cérebro percebe e o quanto o ouvinte se envolve com o que escuta. Até minha filha, quando tinha sete anos de idade e ficava no chão da sala desenhando ou fazendo piquenique com suas bonecas, percebia quando a música para ela estava mais presente ou menos. Nas suas observações infantis, ela apenas dizia com um belo sorriso no rosto: “Papai, essa cantora veio nos visitar”, ou “Que lindo esse piano”. Me fazendo retroceder à sua idade, quando meu pai me pedia para ouvir suas alterações nos aparelhos em conserto.

Minhas observações eram semelhantes à delas, pois o que eu conseguia ouvir era se parecia mais com o que escutava no sistema que tínhamos em casa, ou menos. Se as vozes soavam como eu as ouvia nas conversas entre os adultos, ou na casa de um primo meu que aos sábados tinha um Sarau de Chorinho – e que eu implorava para o meu pai não ter compromisso naquele dia. Essas foram minhas referências iniciais, que marcaram minha percepção auditiva de maneira tão intensa como a impressão digital.

Então, quando começo a escutar um equipamento antes mesmo de iniciar os testes, quero conhecer esse produto, descobrir seu DNA sonoro, conviver com ele sem elucubrar ou julgar seu desempenho. E para isso deixo que meu cérebro interprete se a música soa como algo que está ali sem me chamar muito a atenção ou, ao contrário, me faz querer parar tudo que estou fazendo e prestar atenção.

Não pense, ouça!

Esse é o mais genuíno desejo que tenho que ocorra com você, amigo leitor!

E quando começamos a ouvir o Mk3 acoplado via cabo USB ao TUBE DAC, a música se fez presente. Estava na hora de iniciarmos a parte final do teste, e acoplar a fonte externa definitivamente, e vermos o tamanho do ‘sumo’ que poderíamos extrair dali.

A primeira boa notícia: o cabo de força não precisa ser excepcional e muito menos caro. Extraímos um belo resultado com o cabo de força Oyaide, muito compatível com o preço do Innuos. E se existiram diferenças entre os cabos, essas diferenças foram muito mais sutis do que poderíamos imaginar.

Segunda grande notícia: os três cabos USB utilizados tiveram excelente resultado, mostrando o grau de compatibilidade do Mk3 com cabos tão distintos de preço e assinatura sônica.

Mas as boas notícias não terminam aqui. Pois nos oito quesitos da Metodologia, seu grau de coerência foi muito alto.

O que significa isso exatamente? Que o ZENmini é um produto de alto nível e que pode ser perfeitamente o servidor de música de sistemas que estão no início da categoria Estado da Arte. O que o torna um verdadeiro Melhor Compra em termos de custo/performance.

Seu equilíbrio tonal, com a fonte externa e um DAC de alto nível externo, muda de patamar. Com graves corretos, presentes,
encorpados, com energia, corpo e velocidade. A região média se torna muito detalhada, natural, correta e com excelente corpo. E os agudos surpreendem pela extensão, limpeza, decaimento suave, corpo e precisão.

O soundstage, como em todo streamer (continuo achando que o problema não seja do servidor ou streamer e sim das plataformas), ainda não tem a profundidade que necessita para nosso cérebro dizer “isso sim é uma imagem 3D!”, mas em termos de servidor de música em gravações de alto nível, ele realmente nos convence da materialização da música à nossa frente! Logo, a dedução que faço é que a questão do soundstage no streamer é um problema das plataformas. Alguns estão dizendo que o resultado não tem perdas, mas não é bem assim. Apesar de, teoricamente, o conteúdo passado pelos artistas às plataformas de streaming permanecer inalterado pelas mesmas (e isso é assunto para uma discussão mais longa), o Codec, o software utilizado por cada plataforma para transmitir e reproduzir os arquivos armazenados nela, varia bastante em qualidade – e é daí que saem a maioria das diferenças sonora entre as várias plataformas de streaming mais utilizadas no mercado.

Já em termos de foco, recorte, ambiência, altura e largura, o Mk3 se mostrou surpreendente, sendo de longe, nesse quesito, o melhor em sua faixa de preço e concorrendo com servidores mais caros!

As texturas, quando ligado a um DAC externo de alto nível, são excelentes, fazendo-nos apreciar as intencionalidades e as paletas de cores e formas, em gravações de bom nível técnico e artístico. Todo leitor que acompanha meus testes, sabe o quanto esse quesito me é essencial, para uma apresentação correta do que julgo ser alta fidelidade. Esse era um quesito que me fazia não querer investir quase nada em um servidor de música.

Pois os que conseguiram me convencer da ‘fidelidade’ na apresentação deste quesito são caros! O ZENmini Mk3, quebrou essa resistência, mostrando ser possível ter prazer em escutar streaming e apreciar este quesito.

Os transientes são precisos, e nos fazem acompanhar com interesse e encanto tempo e ritmo.

Assim como a dinâmica – tanto a micro como a macro – que possuem degraus suficientes para nos deixar impressionados com suas variações e complexidade em temas com enorme variação neste quesito.

Outro ponto que sempre questionei foi em relação ao corpo dos instrumentos, sempre menores que nas mesmas gravações em
mídia física. Ainda que continuem menores, felizmente as proporções estão mais corretas (um contrabaixo não soa mais como um cello, por exemplo). Isso não é o suficiente para enganar seu cérebro (não o meu), mas já deixa a música mais coerente.

A materialização física do acontecimento musical, sem a profundidade necessária e sem o corpo correto, não fará seu cérebro acreditar que os músicos vieram nos fazer uma visita em corpo e alma, mas fica próximo de uma ‘apresentação virtual’, rs! O que já é o suficiente para quem não tem como referência absoluta a música não-amplificada, ao vivo!

CONCLUSÃO

Tenho a impressão que quando as plataformas de música conseguirem oferecer realmente a música como foi gravada, descobriremos que muitos servidores e streamers já estavam aptos a reproduzir com qualidade hi-end, e passaram como vilões erroneamente. Isso já ocorreu com o disco platinado (CD) que, por três décadas, foi considerado o ‘vilão’, e que na verdade não era. Todos os dias recebo relatos de leitores embasbacados com o que conseguem extrair de seus CDs em um sistema de melhor resolução, correção e folga!

Eu mesmo me pego revisitando gravações digitais e me surpreendendo o quanto de informação e beleza estava armazenado naquele disquinho, e nunca havia sido escutado corretamente. Então, com tudo que se aprendeu com clock, jitter, fontes mais bem dimensionadas, relação sinal/ruído, cabos, elétrica, etc, tenho certeza que os fabricantes de bons servidores de música já implantaram.

Falta as plataformas de música fazerem sua parte e entregarem o que prometem.

E o ZENmini Mk3 está preparado, neste momento, como poucos servidores que ouvi e testei na sua faixa de preço.

Se você, como eu, estava à procura de um servidor de música de alto nível com preço acessível, você precisa ouvir o ZENmini Mk3. Pois ele é uma opção consistente em todos os sentidos, e com enorme capacidade de atender até mesmo o audiófilo exigente que abriu mão de mídias físicas para se concentrar apenas em streaming.

Eu fui convencido plenamente – e o que veio para teste passou a ser meu servidor de música escolhido para me ajudar mensalmente a escrever os Playlists do Mês!


PONTOS POSITIVOS

Excelente servidor de música com inúmeras opções e alternativas para o usuário.

PONTOS NEGATIVOS

Se você deseja um servidor com tela OLED e design mais sofisticado, ele não irá lhe atender.


ESPECIFICAÇÕES
Saídas digitaisUSB 2.0 (Audio Class 2, DoP, DSD nativo e MQA), coaxial (24 bit/192 KHz), ótica (24 bit/192 KHz)
Saida analógicaRCA
ConexõesEthernet (2x RJ45 – Bridged Gigabit Ethernet), USB (4x USB 3.0)
FormatosCD Red Book (CD, CD-R, CD-RW), áudio armazenado no CD (FLAC e WAV), áudio ripado ou armazenado (WAV, AIFF, FLAC, ALAC, AAC, MP3, MQA)
Definições44.1 kHz, 48 kHz, 88.2 kHz, 96 kHz, 176.4 KHz. 192 kHz, 352.8 KHz, 384 KHz, DSD até DSD128 via DoP, DSD nativo – em 16bit, 24bit, 32bit
Interface webBrowsers para iOS, Android (4.0 ou superior) e browsers para Windows e OSX
App para dispositivo móveliPhone/iPad, Android and Windows 10
Drive de CD/DVDTEAC Slot-loading
Disco rígido1TB/2TB WD Red HDD
CPUIntel Quad Core N4200
Memória RAM4GB DDR3
Conectividade UPnPServidor UPnP/DLNA integrado
Serviços de streaming compatíveisQobuz, Tidal, Radio Paradise, Internet Radio
Compatibilidade RoonRoon Core e Roon Endpoint
Tempo médio para armazenamento de CD5 minutos
CD MetadataFreeDB, MusicBrainz, Discogs, GD3
Sistema de música compatíveisDACs USB (USB Audio Class 2, DSD via protocolo DoP, DSD nativo)
Requisitos de rede• Conexão Internet para acesso a metadata, Internet Radio, serviços de streaming e atualizações de software
• Roteador de rede com pelo menos uma porta Ethernet livre
• Assinatura de um serviço de streaming, como Spotify, Tidal e outros
App recomendado (quando usar conexão USB)iPeng 9 (iOS), OrangeSqueeze (Android), Squeeze Control (Windows 10)
Dimensões (L x A x P)215 x 75 x 245mm
Peso4,5 Kg (sem a fonte externa)
SERVIDOR DE MÚSICA INNUOS ZENMINI MK3 (Streamer / DAC interno / Sem fonte)
Equilíbrio Tonal 10,0
Soundstage 8,0
Textura 9,0
Transientes 10,0
Dinâmica 8,0
Corpo Harmônico 9,0
Organicidade 9,0
Musicalidade 9,0
Total 72,0
VOCAL
ROCK, POP
JAZZ, BLUES
MÚSICA DE CÂMARA
SINFÔNICA
DIAMANTEREFERENCIA
SERVIDOR DE MÚSICA INNUOS ZENMINI MK3 (Streamer / DAC externo / Fonte externa)
Equilíbrio Tonal 11,0
Soundstage 9,0
Textura 10,0
Transientes 11,0
Dinâmica 11,0
Corpo Harmônico 10,0
Organicidade 11,0
Musicalidade 11,0
Total 84,0
SERVIDOR DE MÚSICA INNUOS ZENMINI MK3 (Streamer / DAC externo / Fonte externa)
Equilíbrio Tonal 11,0
Soundstage 9,0
Textura 10,0
Transientes 11,0
Dinâmica 11,0
Corpo Harmônico 10,0
Organicidade 11,0
Musicalidade 11,0
Total 84,0
VOCAL
ROCK, POP
JAZZ, BLUES
MÚSICA DE CÂMARA
SINFÔNICA
ESTADODAARTE



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ZENmini: R$ 16.476
Fonte: R$ 9.408

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