Vinil do Mês: SARAH VAUGHAN: DUKE ELLINGTON SONG BOOK TWO (PABLO TODAY, 1980)

Influência Vintage: AMPLIFICADOR INTEGRADO MARANTZ MODEL 1030
outubro 6, 2023
Playlist: MINGUS, MINGUS, MINGUS
outubro 6, 2023

Christian Pruks
christian@clubedoaudio.com.br

Todo mês um LP com boa música & gravação

Gênero: Jazz

Formatos Interessantes: Vinil Importado

Um dos selos de gravação de jazz que eu considero ter não só uma fenomenal qualidade de som, mas também uma seleção artística de primeira, é o Pablo Records – fundado em 1973 por Norman Granz. A maioria dos discos da Pablo Records que eu peguei na mão até hoje, eram ótimos – é muito difícil de errar com Pablo. Em 1987, Granz vendeu a Pablo para a Fantasy Records – e, hoje, a mesma faz parte do Concord Music Group.

Granz, também, teve a peculiaridade de, além de produtor de gravações e de concertos de jazz, ter sido o fundador da famosíssima Verve Records em 1956 – que depois vendeu para a MGM em 1960. Acho que as principais gravadoras do jazz do final da década de 50 até início da década de 80, são a Verve, Blue Note, Impulse e Pablo – além de vários outros selos menores mas não menos relevantes.

Contracapa

Bom, Sarah Vaughan quase dispensa apresentações! Das cantoras de jazz antigas, ela é uma das minhas três preferidas, depois de Ella Fitzgerald e Billie Holiday.

Existe, claro, o disco Song Book One – sendo que o que eu indico aqui, o volume dois, não é exatamente uma questão dele ser melhor ou pior, mas simplesmente porque não tenho uma cópia do Song Book One, não sei por qual motivo.
O Duke Ellington Song Book Two foi lançado em 1980, pela série Pablo Today – como dá para ver na capa a 4 km de distância – que inclui vários lançamentos gravados entre 1979 e 1984 (de artistas como Joe Pass, Ella, Count Basie, Dizzy Gillespie, Clark Terry, Ray Brown, JJ Johnson e muitos outros).

São, como o nome já diz, trabalhos de autoria do mestre, compositor, arranjador e líder de big-band Duke Ellington. O gênero de jazz big-band faz este trabalho ser extremamente palatável e, ao mesmo tempo, muito elaborado pela qualidade da interpretação e dos arranjos.

O disco traz um time de músicos invejável, que inclui: Lloyd Glenn, Jimmy Rowles e Mike Wofford ao piano. Joe Pass, Bucky Pizzarelli, e Pee Wee Crayton nas guitarras. Waymon Reed no flugelhorn e trompete. Charles Randell, Grady Tate e Roy McCurdy na bateria. Eddie “Cleanhead” Vinson no sax alto. Bill Walker e Andy Simkins no contrabaixo. E Frank Wess na flauta.

Selo do disco

Com uma voz grave, e técnica e feeling de primeira categoria, Sarah Lois Vaughan, nascida em 1924 em Nova Jersey, era considerada a diva do bebop, tendo vivido até 1990 com uma discografia invejável de mais de 60 títulos, com o melhor repertório e os melhores músicos.

Para quem é esse disco? Para todos os fãs de jazz tradicional, de big-bands, de cantoras de jazz. E, claro, de excelentes gravações do gênero!

Duke Ellington Song Book Two foi lançado em vinil nacional – que não é dos piores. Mas, a ideia é pegar uma prensagem americana da época, algo que não é muito difícil de achar no mercado de usados brasileiro. A prensagem alemã não deve ficar nem um pouco atrás – e a prensagem japonesa é, sempre, o tesouro máximo! A última prensagem em vinil que eu consegui descobrir, foi feita na década de 80, então não há prensagens modernas em 180 gramas – e nem precisa.

Boa música a todos!

Ouça um trecho de “I Ain’t Got Nothin’ but the Blues”, no YouTube.

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