Discos do Mês: JAZZ, TRILHA SONORA & FOLK

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Opinião: PLAYLISTS EM TEMPOS DE QUARENTENA
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Christian Pruks
christian@clubedoaudio.com.br

Continuamos, este mês, a resgatar discos que ficaram ‘perdidos no tempo’ ou mesmo nas entranhas do sofá, ou nas prateleiras obscuras de sebos ainda mais obscuros.

Alguns audiófilos e melômanos mais experimentados, claro, vão dizer: “mas eu nunca parei de ouvir esses discos!”. Bom, eu também não… Mas uma coisa eu sempre me lembro de décadas trabalhando com áudio: sugestões bem embasadas de discos bem gravados e bem tocados, são coisas que audiófilos de qualquer idade estão sempre vorazes atrás. E muitos acabam deixando certos discos para trás, ou foram conhecer o jazz mais tardiamente, ou mesmo certos artistas lhes escaparam por dentre dos dedos, ao longo dos anos.

Portanto, alguns poucos gostarão de relembrar, ir até as caixas de papelão empoeiradas do quartinho do fundo ou da garagem e pescar tais discos para ouvir de novo, outros irão desdenhar e dizer “bah!”, e outros irão se maravilhar por conhecer o trabalho de músicos que não conheciam, ou discos que não conheciam. E, para aqueles que irão fazer bonecos de vodu comigo – por falta do que fazer na quarentena – por favor costurem a boca que eu ando comendo muito em casa sem fazer nada.

Nosso intrépido, audaz e serelepe editor, Fernando Andrette, cuja cabeceira é do tamanho da mesa da sala de jantar, tamanha a quantidade de “discos de cabeceira” que ele tem, ávido por mais música ele está se deliciando com a gigante discoteca disponível nos atuais sites de streaming. E, mesmo grande conhecedor, que é, de uma série enorme de gêneros musicais e um número ainda maior de discos, está sempre aberto à sugestões – e eu mesmo ‘escorrego’ algumas por debaixo da porta, de vez em quando. Talvez ele relembre, e pegue na prateleira algum desses discos aqui expostos, para uma audição saudosista. Ou mesmo, procure-os em seu streamer e veja como eles soam no Sistema de Referência atual da revista! Garanto que os três surpreenderão sonicamente, à todos.

Portanto, vamos ao que interessa. No episódio de hoje temos: um jazz tradicional maravilhoso do início da década 60, uma bela trilha sonora da década de 80 e, por fim, um folk-rock que está nas prateleiras dos favoritos da audiofilia mundial desde 1988.

Vamos à eles:

Ella Fitzgerald Sing Songs From “Let No Man Write My Epitaph” (Verve, 1960)

Apesar da trilha sonora desta edição, apontada no título da matéria, ser a do filme “Paris, Texas”, este disco da Ella Fitzgerald é, tecnicamente, também uma trilha sonora.

Falar sobre Ella Fitzgerald, um dos medalhões do jazz, é dificil. Se eu falar besteira, é capaz de alguém deixar ameaças dentro da minha caixa de correio…rs.

Eu sou um bocado eclético em meu gosto musical, mas eu considero que a melhor cantora da história, a maior voz feminina, é a de Ella Fitzgerald. E, antes que me perguntem, a melhor e maior voz masculina de todos os tempos é Frank Sinatra – na minha opinião, claro. Eu vim ao jazz um pouco tarde na vida. Minha infância foi com música clássica, minha primeira adolescência com Beatles, e daí para adiante, fui e sou eclético. Encontrei o jazz com Chick Corea, gravações do selo ECM, quem diria…. Mas, Ella sempre foi especial e única para mim.

Em 1960, o estúdio Columbia Pictures fez um filme – um drama sobre crime – chamado Let No Man Write My Epitaph (“Algemas Partidas”, no Brasil), com as atrizes Shelley Winters e Jean Seberg, e uma participação da própria Ella Fitzgerald. O filme contava com uma trilha sonora instrumental de George Dunning e uma série de grandes canções de vários autores, interpretadas por Ella com Paul Smith ao piano. A parte das canções perfaz o álbum aqui em
questão.

Gravado no estúdio United Western Recorders, na Sunset Boulevard, em Los Angeles, Let No Man Write My Epitaph é simplesmente Paul Smith no piano e Ella Fitzgerald nos vocais, no que eu considero o auge de sua carreira – na minha opinião, a melhor época para sua voz e sua técnica, que é o período onde ela estava saindo da Decca e começando em 1956 na célebre Verve Records, que é um dos três ou quatro bastiões do jazz entre o meio da década de 50 e o fim da de 60 – gravadora criada, aliás, por seu empresário Norman Granz. O fato de pegar uma boa parte do auge da voz de Ella e combinar com grande qualidade de gravação – que era uma das preocupações da Verve, criando até fama por causa disso – é que faz esse período ser tão especial.

Para se ter uma idéia – principalmente para quem está conhecendo Ella FItzgerald agora – alguns dos melhores discos dela foram feitos nesse período, discos que vale a pena conhecer e adicionar à coleção pessoal, como os álbuns onde ela canta o repertório de Cole Porter, e o de Gershwin, e o de Duke Ellington, ou as parcerias com Louis Armstrong, com Joe Pass, com Count Basie. Todos discos fenomenais musicalmente e excelentes gravações.

Ella Fitzgerald no Filme

A carreira de Ella é, entretanto, extensa. Em 1935 passou a fazer parte da big band de Chick Webb, que faleceu em 1939, deixando-a à cargo do que passou a se chamar Ella and Her Famous Orchestra.

De 1942 até a fundação da Verve, Ella permaneceu na Decca Records, onde viu a era do Swing acabar e o Bebop começar, trazendo alterações de estilo e técnica para a cantora. Em 1963, Granz vendeu a Verve para a MGM, mas acabou fundando uma nova gravadora, a Pablo, alguns anos depois – selo pelo qual Ella gravou mais de 20 discos, sendo o último em 1991. Durante esse período da Pablo, a cantora começou a mostrar declínio na qualidade de sua voz e em sua capacidade técnica, além de vários problemas de saúde. Em 15 de junho de 1996, após vários anos de problemas decorrentes da diabete, Ella Fitzgerald veio a falecer, em decorrência de um derrame, aos 79 anos.

Nascido na Califórnia em 1922, o pianista Paul Smith, especializado em jazz bebop, é quem faz o acompanhamento de Ella em Let No Man Write My Epitaph. Smith foi um pianista bastante ativo em bares de jazz da Califórnia até a década de 80, tendo acompanhado Ella em várias gravações desde 1956 até 1978, além de ter tocado com luminares como Dizzy Gillespie, Anita O’Day, Stan Kenton, Mel Tormé, Herb Alpert, Chet Baker, Bing Crosby, Buddy Rich e Bill Withers.

Atenção especial às faixas I Cried For You e One For My Baby (and One More for the Road).

Pode ser encontrado em: CD / SACD / LP / Sites de Streaming selecionados. Saiu também como The Intimate Ella em CD em 1989, depois com o nome original em 2014 como CD/SACD.

Ry Cooder – Trilha Sonora de “Paris, Texas” (Warner, 1985)

Ry Cooder é um guitarrista de blues, compositor e arranjador americano, em cujo currículo está o fenomenal trabalho feito de recuperação do pessoal do Buena Vista Social Club, de Cuba, que juntava alguns dos melhores instrumentistas da ilha que começaram a inserir elementos do jazz dentro da música tradicional cubana, indo contra as regras do regime de Fidel, que proibia essa influência americana.

Ryland Peter Cooder nasceu na Califórnia em 1947, e toca guitarra desde os 3 anos de idade – já vi muitos grandes instrumentistas começarem tão cedo, e o instrumento e a linguagem musical se tornam tão fluentes neles quanto sua própria língua. É ranqueado, pela revista Rolling Stone como o oitavo entre os 100 Maiores Guitarristas de Todos os Tempos, e pela fabricante de guitarras Gibson está na posição 32. Entre os músicos e grupos famosos com quem tocou, estão John Lee Hooker, Captain Beefheart, Gordon Lightfoot, Ali Farka Touré, Eric Clapton, The Rolling Stones (nos álbuns Let it Bleed e Sticky Fingers), Van Morrison, Neil Young, Randy Newman, Linda Ronstadt, The Chieftains, The Doobie Brothers, Gordon Lightfoot, Nancy Sinatra, e vários outros. Além da guitarra elétrica e acústica, Cooder também toca banjo e guitarra slide – sua especialidade.

Em 1970, Cooder tocou guitarra slide na trilha sonora do célebre e estranho filme Performance, que tinha a participação de Mick Jagger como ator. Durante essa década de 70, ele acabou se dedicando mais à uma série de discos solo, onde buscava novos arranjos e instrumentações para músicas tradicionais de blues, gospel, country, calypso, vaudeville, ragtime, folk, tex-mex, R&B, música havaiana e até rock! Aliás, seu disco solo Bop Till You Drop, de 1979, tem a distinção se ser o primeiro disco de música pop do mundo a ser gravado totalmente em digital, usando o primeiro gravador digital da 3M – e foi um disco que deu à Cooder seu maior hit: uma versão cover de Little Sister, de Elvis Presley, em estilo R&B.

As décadas de 80 e 90 tiveram de Cooder uma dedicação à trilhas sonoras, tendo ele trabalhado em filmes conhecidos, como Ruas de Fogo (1984), o Último Matador (1996) com Bruce Willis, Segredos do Poder (1998) com John Travolta, e parte da trilha de Encruzilhada (1986) onde há uma disputa entre o Bem e o Mal, em um duelo entre guitarristas, com o guitarrista americano Steve Vai fazendo o diabo, e o ator Ralph Macchio representando o “Bem”. As partes de guitarra de blues do personagem de Macchio são todas tocadas por Ry Cooder.

Nessa dedicação à trilhas sonoras, não pode faltar a de Paris, Texas (1984), dirigida pelo alemão Win Wenders, que é o motivo deste artigo.

Wenders fez um trabalho tão bom ao capturar a ambientação do deserto para o filme, usando um par de microfones e um gravador de rolo Nagra, que Cooder analisou e descobriu qual era a nota musical dos ventos – Mi bemol – e compôs tudo no tom Mi bemol.

Segundo Cooder, a faixa título, que abre o disco – com o nome Paris, Texas – foi baseada na música Dark Was the Night (Cold Was the Ground), do bluesman Blind Willie Johnson, que ele descreveu como a peça musical mais transcendente e com mais alma de toda a música americana.

Uma curiosidade é que o roqueiro Dave Grohl, que foi baterista do Nirvana e é membro do Foo Fighters, declarou que a trilha de Paris, Texas é um de seus álbuns favoritos de todos os tempos.

Ry Cooder

Dois trabalhos de Ry Cooder que irão aparecer na memória de alguns audiófilos são, primeiro, o disco Talking Timbuktu, que ele fez em parceria com o multi-instrumentista africano Ali Farka Touré – que já foi publicado aqui nesta coluna. O segundo já faz parte da discoteca de alguns audiófilos escolados, considerado um disco de testes por muitos, e uma gravação soberba por muitos conhecedores: A Meeting by the River, de 1993, um duo de Cooder com o músico clássico hindu V.M. Bhatt, que é um virtuoso de um tipo de guitarra de 20 cordas chamado Mohan Veena, inventada pelo próprio Bhatt – esse disco conta com a participação do filho de Ry, Joachim Cooder, na percussão.

Uma curiosidade que levantei nas minhas pesquisas sobre Cooder é que, quando ele e Win Wenders foram à Cuba para resgatar a música cubana influenciada pelo jazz, em Buena Vista Social Club, em 1997 – e trazer disso um belíssimo CD e um brilhante documentário – ao voltar os EUA, Cooder foi multado em US$25.000, por ter violado o Embargo dos EUA contra Cuba.

Dos anos 2000 em diante, Cooder se viu em participações e projetos próprios que iam desde um discos inspirados nos rachas de carros de rua na Califórnia dos anos 60, passando por música gospel ligada à movimentos para o direitos civis, até um álbum em apoio ao partido democrata e à candidatura de Barack Obama nas eleições de 2012.

Outra curiosidade sobre Ry Cooder que descobri foi que, logo antes do célebre Monterey Pop Festival, em 1967, Cooder estava tocando na banda do maluco Captain Beefheart – também conhecido como Don Van Vliet. Diz-se que, no meio de um show, Van Vliet paralisou-se, arrumou a gravata, andou até a beira do palco e pulou no colo do empresário Bob Krasnow. E depois declarou que viu na platéia uma garota se transformar em um peixe, com bolhas saindo da boca. Desnecessário dizer que Cooder desistiu aí de trabalhar no Captain Beefheart.

A trilha de Paris, Texas, é extremamente bem gravada, com a guitarra slide de Cooder soando enorme e com uma ambiência magnífica. Serve tanto para testar e demonstrar sistemas, quanto para pura apreciação do trabalho instrumental de um brilhante bluesman.

Destaque para as faixas Paris Texas e Nothing Out There, particularmente interessantes.
Pode ser encontrado em: CD / LP / Sites de Streaming selecionados.

Cowboy Junkies – The Trinity Session (RCA, 1988)

OK. Esse é um disco bastante presente nas prateleiras dos audiófilos, tanto em CD como em vinil – ambos muito bem gravados. Até o vinil nacional tem um som realmente muito bom, o que é algo um pouco raro.

Aqui na revista, anos atrás, foi publicado um artigo sobre o The Trinity Session, explorando em profundidade aspectos técnicos de sua gravação. Mas o artigo foi anos atrás e, como bem falou o Fernando, temos toda uma nova geração de audiófilos, tanto novos de idade quanto novos no hobby. E como é um disco que eu gosto – e que eu ainda não tinha ouvido no meu atual sistema – resolvi que era bem interessante sugeri-lo aqui.

A banda canadense Cowboy Junkies tem um som todo pessoal,mas muito bem feito – que fugia um pouco do mainstream da época, final da década de 80. Diz-se que eles que originaram o gênero alt-country (alternative country), mais lento e atmosférico, trazendo elementos de pop e de rock alternativo, muito influenciado pelo folk e folk-rock.

Os Cowboy Junkies são uma banda familiar, em sua maioria – adicionados do baixista Alan Anton, amigo do guitarrista. Formada em Toronto, no Canadá, a banda traz os irmãos Michael Timmins na guitarra, Peter Timmins na bateria, e a bela voz de Margo Timmins. Continuamente ativa até 2018 (lançamento de seu mais recente disco), The Trinity Session é apenas o segundo álbum da banda, gravado em 1988, e que foi essencial para alavancar o sucesso deles, sendo que até hoje permanece em várias listas de melhores álbuns dos anos 80, melhores álbuns canadenses, e está também na lista de ‘1001 Álbuns Que Você Deve Ouvir Antes de Morrer’. Ou seja, seu pedigree musical é, até hoje, plenamente estabelecido.

Qual é a relevância audiófila desse disco, então? Essa é a pergunta mais pertinente de todas.

O produtor do disco, o engenheiro canadense Peter J. Moore, e a própria banda, disseram estar à época saturados com a sonoridade eletrônica, hiper produzida e seca do pop e do rock dos anos 80 – faltava à música humanidade! Moore se espelhou então nas gravações da década de 50, com poucos microfones, às vezes apenas um par – como as da cantora de jazz Billie Holiday – gravações que ele considerava “soarem de verdade”. E, pensando bem, Moore havia descoberto o que muitos audiófilos também já descobriram, sobre gravações mais naturais, mais puras, menos processadas.

A idéia de gravar com um só microfone estéreo – mesmo antes de Moore ter se ligado às gravações da década de 50 – vêm desde a época que ele era apresentador de um programa de rádio sobre rock punk em Toronto na década de 70, quando era obrigatório que 40% do conteúdo apresentado fosse de bandas canadenses. Ele, então, passou a gravar as bandas que tocavam ao vivo nos clubes punks da cidade, gravando com um microfone binaural – a conhecida cabeça da Sennheiser. Moore, que sempre foi mais audiófilo do que não, fundou depois uma gravadora para registrar a cena punk canadense, sempre com o uso de setup de microfones minimalista com ênfase na imagem estéreo e, depois, acabou por passar a gravar outros gêneros musicais também.

Quando a banda e Moore se conheceram, ele já estava gravando em digital com conversor Sony PCM-F1, usando prés de microfone feitos por ele, e um par de microfones ribbon Fostex ligados em esquema Blumlein (um posicionamento de um par de microfones para captura de uma imagem estéreo).

Para The Trinity Session, diz-se que ele havia escolhido usar um gravador DAT – o Digital Audio Tape – que, à época tinha sua comercialização suspensa pela RIAA (Recording Industry Association of America) porque achavam que ia facilitar a pirataria, já que qualquer um podia fazer gravações digitais, em casa, de um CD, mantendo a mesma qualidade sonora. Moore, porém, contradizendo o que diz o folclore sobre a gravação do The Trinity Session, praticamente não utilizou o DAT, preferindo usar um sistema parecido com o Sony PCM-F1 que ele usava – ou seja, armazenamento em fita de vídeo Sony Betamax, mas usando um conversor analógico digital Nakamichi DPM100 no lugar do Sony PCM-F1. O fato é que o DPM100 é um PCM-F1 modificado pela Nakamichi para as especificações deles – e Moore, que construía muito de seu próprio equipamento, acabou por modificar ele mais ainda.

Quanto aos microfones, Moore acabou por substituir o par Blumlein de ribbons Fostex por um Calrec Soundfield – um microfone com quatro cápsulas e seu próprio processador/mixer, que permitia gravar uma imagem estéreo com duas cápsulas, e mixar na imagem o que era captado pelas duas outras cápsulas. Assim nasceu o Trinity Session, onde a bateria, baixo, guitarra e outros instrumentos ficaram em volta do microfone, no centro de um ambiente de acústica luxuriante e viva, da Igreja da Santíssima Trindade (Holy Trinity Church) em Toronto.

Cowboy Junkies na sessão de gravação do Disco

Completava o quadro de instrumentistas em volta do microfone a bela voz de Margo Timmins, que não poderia competir acusticamente em potência e clareza com os outros instrumentos. A solução, segundo Moore, foi a de por ela cantando em um microfone a 10 metros de distância da banda – e tal microfone, alimentando um amplificador, foi ligado à uma caixa acústica Klipsch Heresy, a qual foi posta no círculo do resto da banda, em volta do microfone. A “sessão” de gravação na igreja durou, no total, um dia e duas horas – sendo essas últimas um retorno no dia seguinte para a gravação de uma faixa que faltou, a qual foi feita em apenas um ‘take’.

Com os níveis das quatro cápsulas ajustados em tempo real, e registrados direto em digital, The Trinity Session é gravado originalmente em 16-bit/44 kHz, com todos os ruídos de fundo da igreja e das próprias ruas no entorno, provendo uma experiência sonora e musical interessantíssima, soando magnífico em CD, Vinil (existem numerosas prensagens nacionais e estrangeiras diferentes no mercado) ou mesmo em streaming.

Para obter a autorização para utilizar a igreja para a gravação, em vez de dizerem que são os Cowboy Junkies (os ‘cowboys drogados’), a banda deu como nome “Timmins Family Singers” – inocente o suficiente para poder usar uma igreja anglicana de 1847!

Além da gravação ser especial e trazer uma sensação enorme de realismo, de ‘estar lá’, de organicidade, The Trinity Session traz também bela música que agradará a melômanos tanto gregos quanto troianos.

Destaque especial para as faixas Misguided Angel, 200 More Miles, e Walking After Midnight, dentre várias outras.

Pode ser encontrado em: CD / LP / Sites de Streaming selecionados.

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