AUDIOFONE – Editorial: A ARTE DE ESCOLHER UM FONE

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Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br

Ainda que a Audiofone já tenha quase um ano de existência, a principal dúvida dos nossos leitores continua sendo a escolha de um fone que atenda suas expectativas e que sejam seguros. Parece que toda a nossa campanha, desde o primeiro número, falando dos perigos de se escutar acima dos volumes aceitáveis, começa a dar resultado. Então continuar falando sobre o tema não só reforça essa premissa tão crucial para a nossa saúde auditiva, como também pode ajudar nossos leitores que estão nesse momento procurando um novo fone a se posicionar e fazer uma escolha baseada em quesitos essenciais.

Neste mês não irei abordar a questão da importância do CD que disponibilizamos a todos para a avaliação sonora de qualquer fone. Abordarei uma tendência de mercado que me parece tão importante quanto avaliar os quesitos de equilíbrio tonal, timbre, textura, transientes etc. Falarei de como ainda é conflitante, para muitas mídias, abordar a questão da falta de graves em inúmeros fones ou como se coloca excesso de graves em muitos dos produtos à disposição do consumidor. Parece que é oito ou oitenta! E o que o consumidor precisa estar consciente é que nenhuma das suas opções está correta em termos de equilíbrio tonal e, portanto, não podem ser considerados fones de qualidade (vejam que não estou falando em qualidade hi-end). O que significa que eles não servem e nem tão pouco podem ser referência para quem deseja preservar sua audição e não causar fadiga auditiva. É preciso entender definitivamente que, falta ou excesso de graves, sempre leva o usuário a “abusar” do volume, o que é temerário tanto à curto como à médio prazo (principalmente os jovens, que costumam abusar do tempo de exposição diário recomendado pela Organização Mundial da Saúde). Uma excelente dica para avaliar se o fone pretendido é correto em termos de equilíbrio tonal é testá-lo com o seu celular sem passar um milímetro do volume de segurança (pontos azuis e nunca entrar nos pontos laranjas). Se faltar grave, e você sentir que precisa subir o volume para tentar obtê-lo, esqueça. E se ao contrário, mesmo em volumes seguros, o que predomina são os graves esqueça também!

Agora a boa notícia: diversos fabricantes de fones de qualidade disponibilizam ótimos fones com excelente equilíbrio tonal, nos quais o usuário ouvirá com enorme prazer suas músicas com margem de segurança, e um equilíbrio tonal que apresenta todas as nuances de todas as frequências captadas, mixadas e masterizadas. É a primeira vez que você irá ver eu escrever que um celular deva ser usado na compra de um bom fone de ouvido. Pois sabemos da limitação do DAC interno de um celular, mas como eles agora por lei são obrigados a advertir quando o consumidor abusa do volume, eles se tornaram um grande aliado na luta contra a surdez por excesso de exposição à volumes altos. Então, embora levar seu telefone para a escolha de um novo fone, mesmo que sua intenção seja usá-lo em um bom DAC com uma bom amplificador de fones de ouvido.

Lembre-se sempre: conservar a audição por toda a vida é o mais importante!

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