Vinil do mês: LAURIE ANDERSON – HOME OF THE BRAVE (WARNER, 1986)

Influência vintage: CAIXAS ACÚSTICAS BBC LS3/5A
março 6, 2022
PLAYLIST DE MARÇO
março 6, 2022

Christian Pruks
christian@clubedoaudio.com.br

Todo mês um LP com boa música & excelente gravação.

Gêneros: Rock / Eletrônico / Avantgarde / Experimental / Trilha Sonora.

Formatos: Vinil Nacional / Importado.

Já fazia algum tempo que eu estava pensando em fazer uma coluna mensal indicando um bom disco de vinil, um bom LP, que os fãs de música e colecionadores pudessem garimpar, e adicionar à suas coleções – ainda mais depois de passar um bom tempo indicando álbuns de todos os formatos na coluna Discos do Mês.

Por ‘bom LP’, leia-se: música de boa qualidade, interessante, bem-feita, bem bolada – e também que você pusesse o vinil pra tocar e ficasse impressionado com a qualidade sonora do mesmo. E, sim, meus amigos, existem um bocado de LPs nacionais, prensados aqui na terrinha brasileira, que têm uma incrível qualidade sonora, portanto as indicações serão tanto de nacionais quanto de importados.

Nesta primeira edição indico um disco fácil de achar, por preços que beiram o elementar – facilmente abaixo de R$50 – e que também é um disco interessante, acima da média em matéria de criatividade, concepção e execução, que é Home of the Brave, da artista multimídia avantgarde americana Laurie Anderson, seu terceiro disco dentre sete álbuns de estúdio. O disco é uma espécie de trilha sonora para o filme/concerto Home of the Brave: A Film by Laurie Anderson, produzido a partir de performances gravadas no Park Theater, em Union City, New Jersey, no mesmo ano – e que foi exibido nos cinemas americanos.

Nascida em 1947, nos EUA, Laura Phillips Anderson aprendeu violino desde a infância, e depois passou a incorporar artes visuais em suas apresentações e conceitos de discos, como iluminação, esculturas, mímica, projeções de slides e filmes etc., juntando o teatro, a dança, o ritual, literatura, e a música. Laurie foi casada com o músico Lou Reed, líder da banda de rock The Velvet Underground, até o falecimento dele em 2013.

Para quem é esse disco? Bom, para os fãs de pop/rock, com um quê de experimental e complexo, principalmente eletrônico em sua concepção, mas com um grande time de músicos de primeira linha, como o guitarrista Adrian Belew (do grupo de rock progressivo King Crimson), o percussionista de progressivo eletrônico e experimental David Van Tieghem (Brian Eno, Talking Heads, Pink Floyd, Mike Oldfield), o guitarrista e produtor Nile Rodgers da banda Chic, o guitarrista e baixista de jazz Bill Laswell – e mais uma equipe de 9 vocalistas, 4 tecladistas, 3 percussionistas e 2 saxofonistas. Nada mal para um disco que, à primeira olhada, pode parecer para muitos ‘apenas mais um disco de pop eletrônico’.

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