Opinião: COMO SE MEDE O SUCESSO DE UM WORKSHOP HI-END SHOW?

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Fernando Andrette
fernando@clubedoaudio.com.br

Certamente existem variáveis métricas para se definir o sucesso de um evento.

Porém, o que importa é que independente da escolha de parâmetro, o nosso segundo Workshop Hi-End Show atingiu todos os seus objetivos.

Seja pelo número de participantes, número de novos expositores, apresentação de dezenas de lançamentos e, o mais importante: uma maior conscientização tanto do público, quanto dos expositores do quanto esse novo formato é essencial para que esse mercado volte a se solidificar e crescer nos próximos anos.

Para muito além dos números consistentes de visitantes, o que a mim mais interessa é saber que, mesmo depois de um hiato de uma década entre o último Hi-End Show e o primeiro Workshop realizado no ano passado, mantivemos uma legião de leitores que nos acompanha por mais de vinte anos, e que se junta a jovens leitores, esposas e filhos.
Todos ávidos em participar, conhecer e se encantar com o que puderam ouvir, e trocar impressões com amigos de longa data e novos amigos que ali se conheceram.

Depois de apresentar em nossa sala, ano passado, sistemas de 90 a 98 pontos (na nossa Metodologia), assim que o evento acabou, já tinha em mente que este ano a sequência óbvia seria mostrar ao nosso leitor sistemas Estado da Arte, acima de 100 pontos, para que muitos pudessem ter, pela primeira vez em sua jornada audiófila, uma ideia precisa de como esses sistemas devem na prática soar.

Algo que muitos apenas podiam imaginar como seria, ao lerem os testes desses produtos Estado da Arte na revista.
Nosso principal desafio, no entanto, não foi apenas montar esses setups acima de 100 pontos, mas fazê-los soar em uma sala que era um verdadeiro ‘corredor’, com apenas 6.40m de largura, por 29 m de comprimento e um teto de 2.90m.
E ainda por cima colocando 60 pessoas sentadas na sala!

Para esse desafio, contei com a ajuda inestimável do Christian Pruks, um verdadeiro ‘encantador de caixas acústicas’ no ajuste das mesmas e claro, com a ajuda inestimável do Guilherme Petrochi da Hi-Fi Experience para fazer todas as medições e montar todas as peças acústicas necessárias. Como defletores, absorvedores e armadilhas de grave!

Foi um belo trabalho em equipe, que também contou com a ajuda inestimável de meu filho, para a troca de sistemas a cada nova apresentação.

Quando, finalmente, na quinta-feira, colocamos os setups para tocar, soubemos que os sistemas cumpririam com o nosso propósito de apresentar o que produtos Estado da Arte podem proporcionar quando corretamente ajustados e sinérgicos.

E na introdução de cada sistema, pude lembrá-los de que nos critérios de nossa Metodologia, um setup de mais de 100 pontos não possui mais arestas ou pontas soltas, nos tirando o peso das costas de observar se ainda existem ‘defeitos’ em algum dos oito quesitos de nossa Metodologia.

Libertando-nos para exercer nosso direito de escolha pessoal, para definir a assinatura sônica que desejamos ao nosso sistema. E, com isso, pude pela primeira vez mostrar a todos como cada um dos sistemas demonstrados possuem uma assinatura sônica pessoal.

Permitindo que cada um escolha o que mais lhe atende e satisfaz.

Foi gratificante ver o nível de participação de todos, e o quanto seus semblantes e suas perguntas foram pertinentes e esclarecedores para o coletivo.

Quando mapeei a linha editorial que tinha em mente para a revista, a linha mestre central deste projeto foi: ‘não subestime a capacidade do leitor de querer aprender’.

E ao ver o grau de integração de todos e a satisfação expressa em palavras e em agradecimento, sinto-me com a sensação de dever cumprido ao longo dessas três décadas.

Sei que para boa parte de nossos leitores, ter a oportunidade de ouvir sistemas Estado da Arte, é um acontecimento. Portanto, é preciso cada vez mais propiciar não só essas apresentações, como simultaneamente lembrá-los o que difere um bom sistema de 90 pontos de um de mais de 100 pontos na nossa Metodologia.

E fazer isso de maneira consistente, e todos entenderem e poderem abstrair essa memória auditiva para se tornar referencial para o resto de sua jornada audiófila, é a certeza de estarmos cumprindo com nosso maior objetivo: ser uma bússola a todos que desejam orientação.

Esse segundo Workshop comprovou que estamos fazendo bem feito o nosso papel!

Agora é respirar fundo, e iniciar os preparativos para o nosso terceiro Workshop, que se realizará no mesmo local, em 24, 25 e 26 de abril de 2026!

Espero todos vocês lá novamente, e acreditem: minha cabeça já está elucubrando qual será o tema do nosso próximo Workshop!

Um excelente ano de upgrades e ajustes finos satisfatórios!

Os que participaram dos dois Workshops, certamente sabem o que precisam levar em conta para atingir seus objetivos!

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