MUSICIAN – Discografia: O PRELÚDIO DE UMA NOVA ERA (I) – VOL. 12

ESPAÇO ABERTO: Memórias degustativas e auditivas
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MUSICIAN – Bibliografia II: O PRELÚDIO DE UMA NOVA ERA (I)
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Christian Pruks
christian@clubedoaudio.com.br

Os movimentos do Impressionismo e Simbolismo, principalmente franceses, da música erudita na virada e no começo do século XX, produziram algumas das peças mais bonitas e complexas da história da música, e montar este CD foi um trabalho dos mais prazerosos, já que a maioria das pessoas na redação aprecia profundamente a música de Debussy, Ravel e Satie – e eu tenho as obras de Respighi entre as minhas preferidas. É um CD para se ouvir repetidamente, de olhos fechados, imerso na música, cada vez mais percebendo novas nuances e detalhes. Boas audições!

FAIXA 1 – ERIK SATIE (1866-1925) – TRÊS GNOSSIENNES – LENT (1893) – (NAXOS 8.550305, FAIXA 2)
Satie costumava apropriar-se de termos para nomear sua música, como os usados na arquitetura, por exemplo. No caso das Gnossiennes, Satie literalmente inventou o termo que, aparentemente, é derivado de Gnosticismo, um movimento religioso e filosófico do qual fazia parte. Todas as Três Gnossiennes foram compostas na década de 1890 e são, juntamente com suas Sarabandes e Gymnopédies, consideradas danças. A primeira publicação das Três Gnossiennes juntas foi em 1913, onde Satie dedicou a primeira ao célebre crítico francês
Alexis Roland-Manuel.

FAIXA 2 – CLAUDE DEBUSSY (1862-1918) – PRELUDE A L’APRES-MIDI D’UN FAUNE (1894) – (NAXOS 8.570759, FAIXA 1)
O Prelúdio ao Entardecer de um Fauno é um poema sinfônico inspirado pela obra do poeta simbolista francês Stéphane Mallarmé e que, depois, originou o balé Entardecer de um Fauno, coreografado pelo russo Vaslav Nijinsky. Debussy deu à obra a designação de prelúdio porque a intenção dele era de escrever uma suíte em três movimentos, mas os outros dois nunca foram compostos. Considerado como o despertar da música moderna, sua primeira apresentação foi em Paris, em 22 de dezembro de 1894, regida pelo suíço Gustave Doret.

FAIXA 3 – ERIK SATIE (1866-1925) – TRÊS GYMNOPÉDIES – Nº 1: LENT ET DOULOUREUX (ORQ. DE DEBUSSY) (1896) – (NAXOS 8.556688, FAIXA 21)
Três peças curtas para piano solo, cuja forma procurava fugir da tradição clássica, foram inicialmente compostas em 1888. Porém, em 1896, Satie estava com problemas de popularidade e de dinheiro, então seu amigo Claude Debussy orquestrou a primeira – aqui apresentada – e a terceira Gymnopédie para ajudar a divulgar e popularizar sua obra. Esta obra tem uma relação estreita com Les Antiques, do poeta J. P. Contamine de Latour, que chegou a ser publicada acompanhando a primeira Gymnopédie, e faz o uso da palavra gymnopaedia, cujo significado exótico e um tanto intangível chega a ter relações com dança, nudez e guerra.

FAIXA 4 – MAURICE RAVEL (1875-1937) – JEUX D’EAU (1901) – (NAXOS 8.556789, FAIXA 7)
Inspirada pelo som da água nas fontes, cascatas e riachos, Ravel dedicou Jeux D’Eau ao compositor francês Gabriel Fauré que, na época da composição, era seu mestre. A primeira apresentação pública da obra foi em 1902, com o pianista espanhol Ricardo Viñes, membro do grupo Les Apaches e amigo de Ravel que, inclusive, ao longo dos anos, estreou várias obras do compositor.

FAIXA 5 – CLAUDE DEBUSSY (1862-1918) – LA MER – Nº 3: DIALOGUE DU VENT ET DE LA MER (1905) – (NAXOS 8.570759, FAIXA 4)
Com o subtítulo de Três Poemas Sinfônicos, Debussy começou a composição de La Mer (O Mar, em francês) em 1903, e finalizou-a em 1905, quando esteve hospedado no Grand Hotel Eastbourne na costa do Canal da Mancha, no sudeste da Inglaterra. La Mer é considerada a obra-prima do compositor, revolucionando tanto forma quanto harmonia e estrutura. A obra estreou em Paris, em 1905, durante a série anual dos Concertos Lamoureux, sob a regência de Camille Chevillard, não sendo inicialmente muito bem recebida devido à sua novidade.

FAIXA 6 – CLAUDE DEBUSSY (1862-1918) – SUÍTE BERGAMASQUE: III. CLAIR DE LUNE (1905) – (NAXOS 8.570993, FAIXA 2)
Na década de 1890, quando Debussy já havia desenvolvido sua própria linguagem musical, ele começou a composição da Suíte Bergamasque – a qual ele finalizaria e publicaria apenas em 1905. É uma visão do rococó pelo cinismo moderno, sendo que seu terceiro movimento é uma das mais conhecidas peças do compositor: Clair de Lune, inspirada no poema de mesmo nome do poeta simbolista francês Paul Verlaine.

FAIXA 7 – MAURICE RAVEL (1875-1937) – RAPSODIE ESPAGNOLE: FERIA (1908) – (NAXOS 8.556673, FAIXA 7)
Um dos primeiros grandes trabalhos orquestrais de Ravel – aqui representado pelo seu quarto movimento – reflete a influência da música espanhola na obra do compositor, vinda de sua mãe, que era de origem basca. Inicialmente uma peça para dois pianos, Ravel demorou quase um ano para orquestrá-la em sua forma final. A obra estreou com a Orquestra Colonne, sob a regência de seu fundador Édouard Colonne, no Teatro Chatelet em março de 1908, recebendo elogios do compositor espanhol Manuel De Falla.

FAIXA 8 – MAURICE RAVEL (1875-1937) – DAPHNIS ET CHLOE, SUÍTE Nº 2: I. LEVER DU JOUR (1912) – (NAXOS 8.556789, FAIXA 12)
Originariamente um balé, e descrito por Ravel como uma ‘sinfonia coreográfica’, foi adaptado do texto de mesmo nome do novelista da Grécia Antiga Longus, sendo uma encomenda do empresário Sergei Dighilev e estrelado pelo bailarino russo Nijinsky. Sua estreia foi no Teatro Chatelet de Paris, com a companhia Ballets Russes em junho de 1912, sob a regência de Pierre Monteux, com Nijinsky e Tamara Karsavina nos papéis do título. Com quase uma hora de duração, é a obra mais longa de Ravel.

FAIXA 9 – ERIK SATIE (1866-1925) – PARADE – ACROBATES – FINAL – SUÍTE AU PRELUDE DU RIDEAU ROUGE (1917) – (NAXOS 8.554279, FAIXA 3)
Com texto do escritor, poeta, dramaturgo e depois cineasta francês Jean Cocteau, Satie compôs a música original para o balé Parade, produzido entre 1916 e 1917. O balé foi descrito como um ‘tipo de surrealismo’, três anos antes do início do movimento cultural e artístico chamado de Surrealismo. O balé foi estreado pela companhia Ballets Russes, de Sergei Diaghilev, em maio de 1917, no Teatro Chatelet de Paris, com coreografia de Léonide Massine, cenários e figurinos do artista Pablo Picasso, e a orquestra dirigida pelo célebre maestro suíço Ernest Ansermet.

FAIXA 10 – OTTORINO RESPIGHI (1879-1936) – ÁRIAS E DANÇAS ANTIGAS, SUÍTE Nº 2 – IV. BERGAMASCA: ALLEGRO (1923) – (NAXOS 8.553546, FAIXA 8)
Além de compositor e intérprete, Respighi era também um musicólogo estudioso da música italiana dos séculos XVI, XVII e XVIII, chegando a publicar edições da música de compositores como Vivaldi, Marcello e Monteverdi. Esse trabalho acabou por influenciar a composição das três suítes de Árias e Danças Antigas. Composta em 1923, seis anos depois da primeira suíte, a segunda suíte foi baseada em peças de compositores da Renascença como Fabrizio Caroso e Jean-Baptiste Besard, entre outros.

FAIXA 11 – OTTORINO RESPIGHI (1879-1936) – OS PINHEIROS DE ROMA – PINHEIROS PRÓXIMOS A UMA CATACUMBA (1924) – (NAXOS 8.550539, FAIXA 10)
Os Pinheiros de Roma é o segundo dos poemas tonais ou sinfônicos da trilogia romana de Respighi, com quatro movimentos cada um, descrevendo pinheiros em várias partes de Roma e em diferentes horas do dia. Estreou no Teatro Augusteo de Roma, em dezembro de 1924, sob a direção do maestro italiano Bernardino Molinari. Dois anos depois, Arturo Toscanini, popularizador das obras de Respighi, inaugurou a obra frente à Filarmônica de Nova York.

FAIXA 12 – OTTORINO RESPIGHI (1879-1936) – AS FESTAS DE ROMA – FESTIVAIS DA COLHEITA EM OUTUBRO (1926) – (NAXOS 8.550539, FAIXA 3)
Terceiro e último dos poemas sinfônicos da trilogia romana, com cada um de seus movimentos descrevendo uma cena de celebração na Roma Antiga, e o terceiro movimento representando a colheita e a caça. Da trilogia, é a obra mais longa e exigente, sendo a menos apresentada e, portanto, a menos conhecida das três. Estreou com a Orquestra Filarmônica de Nova York, em 1929, no Carnegie Hall, sob a regência do célebre Arturo Toscanini.



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Ouça um minuto de cada faixa do CD história da música – O PRELÚDIO DE UMA NOVA ERA (I) – VOL. 12:

Faixa 01
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